6. La Bastille

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Harry estava visivelmente mais feliz. Todos os seus colegas da cozinha notaram o comportamento alegre do ômega e isso se dava devido aos beijos que trocara com Louis, mas se recusava a dizer aquilo para os outros. Via o nobre passear pelo palácio e nos jantares, trocavam olhares provocantes e sorrisos, no entanto permaneceram distantes.

Louis estava aprendendo a lidar com um sentimento estranho e desconhecido que não sabia exatamente o que era ou como colocaria em palavras, se é que um dia teria a oportunidade e coragem de se expressar de maneira tão íntima. Ele estava evitando o contato com o belo ômega porque sabia que não conseguiria se controlar.

Além disso, estava tendo alguns problemas com seus amantes. Fernand, Leon e Tristan haviam notado que ele não estava disposto a fazer sexo e cobravam dele algo que Louis não podia dar no momento. Ele não queria levar um deles para a cama e correr o risco de gemer o nome de Harry porque sabia como os seus ômegas eram ciumentos. Fariam de tudo para descobrir quem era o tal de Harry e não o deixariam em paz.

Ele respirou fundo e saiu de seus aposentos, ainda com sono, mas feliz. Havia beijado Styles há dois dias e estava louco para provar seus lábios novamente. Aquele era o momento oportuno, o café da manhã estava sendo servido e provavelmente o rapaz estava em algum corredor carregando bandejas. Podia simplesmente puxá-lo para uma das passagens secretas e beijá-lo ardentemente.

Louis procurou o ômega encantador, mas não o encontrou. Desceu para a cozinha na esperança de vê-lo, Harry simplesmente não estava lá. Foi para os estábulos, pois sabia que Niall Horan estaria cuidando dos cavalos ou fazendo algo parecido. Respirou aliviado quando o viu colocando um pouco de feno para uma égua branca e se aproximou.

- Ei, Horan! - chamou e o beta o olhou. Niall usava calças compridas amarradas em seu quadril com uma corda fina, uma camisa de botões sem mangas que expunha seus braços fortes. O alfa torceu o nariz por ele ser amigo de Harry e se surpreendeu com aquele sentimento de possessividade.

Ele pensou em si mesmo, seu corpo magro e braços um tanto musculosos, mas não como os de Horan. Louis era forte como todos os alfas, mas não tinha tanta massa muscular quanto o beta cavalariço. E se Harry estiver apaixonado pelo seu amigo Niall?, pensou.

- Monsieur Louis. - o empregado sorriu e passou um pano na testa suada, arrepiando seus cabelos castanhos. - Em que posso ajudá-lo?

- Viu Harry hoje?

- Sim, ao nascer do dia. Por quê?

- Sabe onde ele está?

- Ele não está na cozinha? - franziu o cenho e Louis negou. - Então não sei onde Harry pode estar, monsieur.

- Sabe se ele foi a algum lugar?

- Não sei para onde ele iria, não é dia dele visitar os pais em Paris. Certamente Gemma deve saber, é a irmã dele. - sorriu.

- E onde eu posso encontrá-la?

- Hoje... hm, hoje é dia de lavar os lençóis, então provavelmente está na lavanderia. - disse. - É um pouco mais ao fundo. - saiu do estábulo na companhia do nobre e indicou duas portas de madeira mais adiante. - É ali.

Louis agradeceu e caminhou até o local indicado, respirando fundo antes de entrar na lavanderia grande, cheia de tanques de pedra e bacias de metal cheias de lençóis úmidos, além de tábuas para esfregar a roupa de cama. Diversos ômegas e betas trabalhavam ali enquanto cantavam uma canção camponesa. Todos se viraram quando viram o nobre e fizeram uma breve reverência ao duque de Giverny.

- Olá. - ele cumprimentou a todos com um sorriso. - Gostaria de falar com Gemma Styles, ela está aqui?

- Sou eu. - uma jovem ômega de cabelos castanhos saiu do tanque no qual lavava algumas fronhas e se aproximou de Louis. Ele reparou em como ela era parecida com Harry, apesar de ser claramente mais velha e mal-humorada. Usava um longo vestido azul-escuro com detalhes em branco. - O que quer comigo?

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