E vamos de att dupla!!!
Essa é a minha retribuição por todo o apoio que estão me dando nessa etapa, mais uma vez, muito obrigada! 💛
Boa leitura! ❤️
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Agosto havia chegado e com ele o fim do período de tensão e de medo que tinha se instalado na França. Todos, ou pelo menos a maioria, saíam de suas casas sem temerem por suas vidas, grande parte dos comerciantes voltaram com as vendas e tudo estava indo na medida do possível. No entanto, era um país em revolução e qualquer coisa era motivo para deixar os ânimos acirrados.
Harry saiu do palácio algumas vezes para participar de reuniões, mas os guardas começaram a desconfiar de suas saídas e preferiu dar uma pausa. Apesar de ter ficado aterrorizado quando tomaram a Bastilha, chocado com as mortes e toda a violência, ele permanecia firme apoiando a Revolução.
Ao longo das semanas de agosto, ele trocou muitos beijos e momentos quentes com Louis, principalmente nas passagens do palácio, mas não passaram dos limites. Ainda não havia tido contato pele com pele, Harry não tocou a genitália do nobre e nem Tomlinson a sua. Permaneciam apenas nos beijos e mãos bobas.
Além disso, Harry reparou que o duque de Giverny andava mais afastado de seus amantes e não sabia o motivo. Leon, Tristan e Fernand continuavam unidos, mas Louis não se aproximava deles com intenções sexuais. Styles achava indiscreto perguntar, mas não ia negar que o pensamento de que Tomlinson tinha se afastado dos amantes por ele passava em sua mente.
Achava que era besteira, um alfa como Louis jamais se interessaria por um ômega como ele ao ponto de largar três rapazes nobres e bem resolvidos. Para Harry, aquilo parecia impossível, parecia errado. Tomlinson era rico, educado e elegante, não tinha razões para querer um jovem pobre, criado e que se vestia em farrapos. Não eram compatíveis na visão de Styles e o único destino em que os dois terminavam juntos era o concubinato.
Ele não falava muito, mas ouvia demais e sabia de tudo que acontecia dentro das paredes de Versalhes. Ele sabia que a rainha, Maria Antonieta e amiga próxima de Louis, estava tentando arranjar um casamento para o nobre e não era raro ômegas jovens e solteiros chegarem ao palácio para serem apresentados ao alfa.
Harry odiava aquilo e queria arrancar os cabelos de todos que se ofereciam para Tomlinson, mas se continha porque os rapazes não tinham culpa. Eram mandados por seus pais em busca de um bom casamento e sua função era atrair Louis para suas garras. Sabia que o duque de Giverny, com seus vinte e cinco anos, não era mais um poço de juventude e para os padrões da época, estava demorando para se casar e muitos viam aquilo com maus olhos.
Infelizmente mais cedo ou mais tarde Harry veria Louis com um ômega que não era ele, tendo um filho e seguindo sua vida adiante enquanto Styles permanecia na cozinha gélida de Versalhes sob as ordens de um cozinheiro irritante. O alfa tinha status, dinheiro e poder, era um dos mais cobiçados da corte francesa e Harry não era páreo para competir com os outros ômegas.
Entristecido, ele continuou a cortar a cebola para o almoço, em cubos, do jeito que estava sendo instruído. Styles respirou fundo, pensando no nobre, confuso com seus sentimentos. Ele nunca havia se apaixonado por alguém e não tinha certeza do que sentia em relação a Louis, tudo era muito novo para ambos e ele tinha medo. Medo de se machucar.
Despejou a cebola em um prato e apanhou um tomate, cortando na mesma tábua. A cozinha cheirava a tempero e ingredientes variados, algumas especiarias vindo diretamente das Índias Orientais. Ele respirou fundo, o aroma de carne sendo cozida e de pães sendo assados no forno tomando conta de seu ser, além de uma leve fragrância alcoólica devido ao vinho misturado ao molho.
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Vive la Vie | Larry Stylinson
Fanfiction1789. A França está prestes a explodir em uma Revolução sangrenta. De um lado, burgueses e sans-culottes revoltados com a monarquia absolutista. Do outro, o rei e a nobreza tentando manter suas cabeças. Em meio ao caos, Harry, um ômega san-culotte...