Cap. 38 - Filha.

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BOA NOITR  e PERDÃO pelo atraso, pessoas.

Só tive condições de aparecer agora, mas... espero que não me matem por isso.

Aqui está o capítulo

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L A U R E N

Antes de ser mãe, eu achava que conseguiria resolver muita coisa na conversa, com paciência e sem precisar me alterar ou levantar o tom da minha voz.

Aí eu virei mãe...

Catherine havia atravessado alguns limites hoje. Desobediência, teimosia e uma pitada inadmissível de rebeldia. Quatro anos e a pequena se mostrou bem forte impondo seu querer, ela só não contava que sua mãe estivesse cansada e tão sem paciência como hoje. Meu grito fez tudo acabar. Seu choro se calou imediatamente transformando sua birra numa guerra fria. Ela não falou mais nada durante um tempo, porém era fácil ler seus olhos e entender que também não iria se dar por vencida tão fácil. Jantar foi o mais difícil, superando o fatídico banho. Ou ela não abria a boca, ou prendia a colher entre os dentes. Sem birra maior ou escândalos, mas pequenas atitudes que me fizeram respirar fundo ainda mais para não atravessar limites no qual iriam me tirar da razão.

Quase onze horas e minha criança dormia profundamente ao meu lado. Meus olhos começavam a pesar e eu sabia que poderia dormir tranquila ao vê-la bem ao meu lado. Febre controlada, mais ou menos alimentada e a birra um tanto mais calma unicamente por ela se encontrar de olhos fechados. Me juntei ao seu corpo, sentindo sua respiração cansada em minha pele e me permiti fechar os olhos, deixando que o cansaço do dia viesse me entregando uma boa noite de sono.

...

Um choro faz com que meus olhos se sintam forçados a abrir. Pela escuridão ainda presente no quarto eu percebo que ainda não amanheceu e na realidade eu não dormi mais que uma hora.

A cama está inquieta e eu vejo que Catherine está tendo algum tipo de sonho ruim. Eu me sento, acendo o abajur e tento virar seu corpo para mim, mas ele não tem muita reação. Ela está novamente quente, suada e muito agitada apesar de mole.

— Cathy, amor...

Tento manter a calma ao chamá-la, mas só eu sei o quanto quero chorar por vê-la assim novamente. Ser mãe é ver sua cria doente e não poder gritar por ter que ser mais forte para ele.

— Hey, olha pra mamãe. Estou aqui.

Catherine desperta, mas toma consciência disso. Seus olhos estão fechados com força como se de alguma forma ela não quisesse sair do sonho ruim que estava tendo. As mãozinhas apertam o pano do moletom em seu próprio delírio.

— Cathy, abra os olhos!

Eu falo e como num passe de mágica, ela os abre. Estão assustados e molhados, e rodam o quarto antes de se encontrarem com os meus.

— A tia Camila não tá?

Eu respiro fundo ao ouvir essas palavras novamente, perdendo a conta de quantas vezes o nome de Camila foi chamado como se fosse o último pedido da minha filha... Se era esse colo que ela queria e precisava, ela teria, mesmo que uma parte de mim fosse contra isso neste momento.

Eu ia fazer o que tinha que fazer.

C A M I L A

Eu rodava na cama de um lado para o outro sem conseguir dormir pensando no quanto meu dia havia sido péssimo.

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