My Protection

Cap. 32 - Noite.

Bom dia, meus amores.

Primeiramente, peço desculpas pela falta de atualização semana passada. Tive uma mudança de rotina na minha vida e me atrapalhei.

Em minha defesa, eu avisei aqui e no WhatsApp, mas quem não me segue e não me acompanha infelizmente não ficou sabendo (aí a culpa já não é minha.)

Prometo capítulos mais extensos a partir de semana que vem. Estou com zero tempo para escrever e dividí-los está sendo o máximo que eu posso fazer.

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K E A N A

Minha sala estava escura e a única pessoa presente no meio dela era eu.
Desde que eles se foram meu dia era assim.

Apenas eu comigo mesma.

Estar sozinha não é mais um prazer que eu trouxe da adolescência. Era uma obrigação. Na realidade, a falta de alguma outra opção. Ser sozinha me dava a vantagem de não ver ninguém, porém a desvantagem era a mesma.

Eu, um bom vinho e um pequeno bolo decorado pela única provável pessoa que se importava com esse dia: A zeladora do meu prédio.

Amar aniversários sempre foi um ponto positivo e alegre em minha infância. Mas ter meus pais presentes, isso era outra história. Meu velho sempre dizia que estava ocupado demais fazendo dinheiro pra parar sua vida com aniversários de quem quer que fosse. Até o seu próprio. Esse Império me rodeia hoje. Seu dinheiro investido de dias e dias sem dormir para erguer o que tenho. A melhor cobertura, uma carreira excepcional, mas sozinha. Fodidamente largada e sozinha.

Eu não poderia e tampouco queria provocar uma sensação de "obrigação" em minha irmã. Ela era jovem e passar um aniversário ao meu lado nunca foi sua missão de juventude. Eu entendia, obviamente. Ela ainda é a única pessoa que eu tenho, mesmo que não totalmente. Obrigá-la seria afastá-la de vez e eu não posso me dar a esse luxo.

Por falar nela...

"Oi Keana, feliz aniversário maninha. Tentei te ligar o dia inteiro, mas só da caixa postal. Estou preocupada, você está bem ou só está trabalhando? Eu sei que você não gosta tanto dessa data, ao menos não mais, porém espero que esteja bem..."

Ouvi alguns ruídos e em seguida sua voz voltou.

"Te desejo tudo de bom, Ke. Saúde, paz, amor... Você sabe que eu te amo, né? Por mais que eu não demonstre tanto. Sei que você é um pouco dura, mas nunca deixou de ser presente na minha vida e eu levo isso muito em conta... por mais que a gente não seja tão unida quanto antes, você ainda é minha irmã e sempre vai ser, portanto eu me preocupo com você, com o que sente... Me liga qualquer coisa, sim? Podemos marcar de sair... não sei se será como antes, quando você me buscava no Colégio e iamos tomar sorvete naquela lanchonete que minha mãe nos levava, mas..."

Ela soltou uma risada cheia de saudades.

"Eu sinto falta desses momentos... Bom, é isso... meus parabéns sim? E eu te amo muito, Ke. Me liga quando receber esse recado."

*Você tem zero novas mensgens.*

Me ver caminhar sozinha era um processo doloroso. Por mais que a demonstração de afeto e amor não fosse um ponto forte em minha personalidade, eu ainda queria viver minha vida ao lado de alguma pessoa que me amasse da mesma forma. Alguém que entendesse esse meu jeito e entrasse nesse barco comigo.