My Protection

Cap. 25 - Camren.

Surpresinha pros meus amores. Presente de natal atrasado e de ano novo adiantado.

Espero que gostem, minhas lindas!

E vem participar do grupo do Whats. Me envia uma mensagem no direct se quiser!

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K E A N A

— E aqui está sua agenda para esse fim de semana. — minha secretaria me estendeu o tablet exibindo a tabela de compromissos e horarios. — Há uma reunião na segunda feira, mas é na cidade vizinha. Se você quiser posso acompanhá-la.

— Isso não vai ser necessário, senhorita Salinas. — a cortei de imediato.

Minha secretária era uma mulher eficiente. O único problema era ela querer mostrar essa eficiência o tempo inteiro e eu sou uma ave solitária que precisa de espaço até em ambiente de trabalho. Se eu a contratei foi apenas para me organizar melhor, mas a mulher parece se dedicar a passar cada minuto ao meu lado.

— Certo! - sorriu amarelo. — Está no meu horário, precisa de mais alguma coisa?

— Não, muito obrigada. Eu estou bem e por hoje você já trabalhou muito. — agradeci. — Pode se retirar, senhorita Salinas e tenha um bom final de semana.

Ela sorriu graciosa antes de se virar e ir embora, deixando seu doce perfume no ar. Luíza Salinas era uma mulher elegante, de classe, e muito, muito bonita. Interessante, inteligente e seria uma excelente companheira se minha mente não estivesse focada em tanto trabalho. Eu realmente não tinha tempo para esses assuntos.

— Trabalhando até tarde, dona Keana? — a voz masculina me tirou do transe.

O doutor Paulo Monteiro entrou na minha sala carregando sua inseparável maleta de ferramentas. Era um dos profissionais mais eficientes da Issartel Records e estava com a gente há anos.

— O trabalho enobrece, não é o que dizem? — apontei para a cadeira livre a minha frente para que elese sentasse.

— E adoece também. — respondeu se sentando. — Mas vejo que o amor pelos negócios está no sangue. Franklin passava horas e horas trancado neste mesmo escritório. Até hoje fico chocado em como vocês são parecidos, não apenas na semelhança física mas sim no amor ao trabalho. Ele realmente deixou a empresa em boas mãos.

Sorri pelo elogio. Paulo era um grande amigo do meu pai. Me viu crescer, dar meus primeiros passos, tanto na vida quanto no quesito profissional. Sempre cuidou da saúde vocal dos meus clientes. Era um homem sério, de caráter forte, mas com um bom coração.

— E você quer falar de amor ao trabalho? — me levantei, indo ao bar e servindo duas boas doses de uísque. — Desde que me entendo por gente você trabalha e acho que não pretende parar tão cedo.

— A medicina é uma arte. Enquanto eu puder, estarei servindo as pessoas. É o que eu faço de melhor, então... Não tenho outra escolha. — bebeu um pouco do copo que lhe entreguei. — Muito bom!

— E o que te traz aqui? Estou me alimentando bem, eu juro. Só as oito horas de sono estão um tanto precárias.

Ele riu, deixando o copo quase vazio de lado.