Capítulo 8

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Pietra Annunziata

Dante me olhava apreensivo do meio da multidão. Suas mãos acariciavam o queixo pensativo e meu estômago embrulhou.

— N-não. — O que eu mais temia aconteceu! Ele estava com um sorriso presunçoso e seus malditos olhos estavam acesos como fogo. Dante é perigoso e temido por todos em Roma por ser uma pessoa de ações imprevisíveis. Sua fama de impiedade se alastrava como uma planta rasteira venenosa.

Corri na intenção de fugir dos olhos analíticos que queimavam em minhas costas. Uma última olhada e ele estava lá sorrindo macabro em minha direção. 

Merda!

Meus pés estavam com vida própria que nem se quer notei que já estava na sala de treinamentos. Socando o saco de pancadas com muita raiva!

Ele não podia, mas estava ali, pronto para me provocar. Como ele sabia sobre o que eu faço nas horas vagas? Talvez já estivesse me observando bem antes do que imaginei.

— Desgraçado! Filho de uma puta de velho porco! — Senti alguém entrar e ficar olhando meu surto.

— Calma aí Pietra, o que houve? — Dou mais um soco no coitado do saco de pancadas, ele não merecia receber toda a minha carga de ódio e sim aquela cara de uva passa, passada. 

— Me deixa, porra! — Trinquei o maxilar quando meu pulso é puxado firme, me dando conta de que o corpo de meu treinador está colado em minhas costas. Sua respiração arrepiou minha nuca.

— Só se me dizer o que houve para estar assim. — Suspirei nervosa.

— O Desgraçado do Dante descobriu tudo. — Respondi num fôlego só. Me soltei do aperto de Gregório.

— Merda! — Ele caminha pela sala coçando a barba nervoso.

— E agora? — Gregório sabia o quanto Mancini pode ser cruel quando quer algo.

— Na verdade, não estou ligando para isso. — Aguentei tanta merda da vida que não poderia piorar, certo?

Não sabia o quanto estava errada em meus pensamentos. As coisas podem até funcionar assim para as pessoas comuns, porque para nós, o buraco era bem mais baixo do que muitos imaginam.

— Preciso ir. — Digo assim que vejo o brilho da tela do meu celular sobre a minha mochila. Era uma mensagem de Ricardo.

— Espere! — Ele segura meu braço de novo me puxando para um abraço. — Se cuida loirinha.

Um beijo foi depositado na minha testa. Gregório, mesmo não sendo de sua vontade, era mais do que um irmão para mim.

— Sabe que já não sou tão indefesa como antes, né? Então desgruda! — Sorriso nasal, Gregório sabia que sim e às vezes a sua superproteção me assustava.

— Sempre tão doce…  — O aperto em minha cintura foi mais forte e possessivo.

Engoli seco.

— Você sabe o que sinto, Pietra. — Suas mãos vão direto para minha bunda apertando aquele local. — É esperta.

Sua boca toma a minha de forma voluptuosa. Não correspondi por um tempo, mas ele beijava muito bem! Sempre quis saber como era o seu beijo. O que foi? Beijar é bom.

Separei meus lábios dos dele. Olhei naqueles verdes de tirar o fôlego me sentindo sortuda por ter pelo menos experimentado e saciado as minhas lombrigas de seiscentos mil metros de cumprimento.

[emREVISÃO ] 🔞Guerra De Mafiosos (Série: Lei e Vingança) Vol 5Onde histórias criam vida. Descubra agora