Capítulo 12

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— Eu não faria isso se fosse você. — Deboráh fala se sentando ao meu lado, o fogo da fogueira queimava com mais força agora de noite. Eu estava cortando o couro que estava preso ao meu pescoço com a adaga.

— É uma bomba de titânio, tem fio por todo lado. — Deboráh diz de qualquer jeito, como se tivesse guardado seus sentimentos embaixo do colchão. Guardei a faca no bolso sentindo o frio na barriga aumentar. Vai que explode com uma atitude estúpida.

Segurei minha arma sem munição que estava sobre meu colo. Eu a estudava para poder não ter nenhum risco de errar no momento que fosse usar, é estúpido dizer que foram poucas as vezes que cheguei a precisa de usar uma.

Rick… Meu peito se aperta de saudades. Ele deveria ter me protegido, mas por alguma razão, nem conseguiu chegar para me ver na luta como sempre. Dante nunca aprovou o nosso relacionamento, sempre empurrou Ricardo em missões basicamente suicidas e isso me incomodava muito, principalmente ao saber que ele corria o risco de não voltar mais.

— Sabe, homens são babacas. — Ela pega um graveto e fuça nas brasas acesas perto da fogueira. Solto um riso nasal, talvez a sua visão de “Homem Babaca” não seria a mesma que tenho. Homens não são apenas babacas, porque eles são como um submarino, afundam na sua alma, e no profundo onde cresce as algas, causam estragos por onde passam.

— Quer que eu te ensino? — Guardei a arma em minha cintura e observei os outros rapazes do nosso grupo. Uns eram mais velhos e experientes, estavam sentados ao redor da fogueira, conosco haviam mais ou menos uns quinze ou dezoito pessoas, não contei direito.

— Talvez eu queira. — Brinquei com os meus dedos em cima do colo. Olhando mais uma vez para a fogueira viva em tons alaranjados e vermelhos, me pegando pensando se tivesse ouvido Gregório, não estaria aqui nessa situação.

— Talvez? Você é louca ou quer executar um plano suicida? — Dou de ombros, não tem buraco maior do que existe em meu peito, um a mais não faria falta.

— Pelo menos sabe lutar? — Ri ao lembrar que fui campeã em luta livre na mesma noite do sequestro. Eu esperava por ele me sentindo esperançosa de que dessa vez ele iria. Culpada fui eu quem sai correndo no momento errado, as vezes ficando ali rodeada de pessoas, nada disso teria acontecido, mas quem poderia prever isso?

— Jiu Jitsu. — Dou de ombros e vejo que os olhos caramelos de Deboráh faiscaram. — E Muay Thai.

Ela tosse surpresa, basicamente se engasgando. Não estava esperando que eu soubesse algo, talvez por ter me visto dessa forma. Agora deve estar incrédula de acreditar que eu não fui capaz de fugir quando a oportunidade me veio bater na porta.

— O que? — Ri da cara de tacho que ela fez.

— Nada de importante. — Falei qualquer coisa que me veio à mente.

— Isto não é… — Pedro chega e senta no meio de nós duas. Garoto folgado.

— O que foi? — Diz colocando os braços atrás da cabeça se espreguiçando. Enquanto Deborá e eu lhe devolvemos os olhares mortais.

— O que eu fiz? — Deboráh se levantou bufando de raiva e saiu batendo os pés. Enfiei o meu cotovelo nas costelas de Pedro que reclamou colocando a mão no local.

— Ela tem razão, os homens são mesmo uns babacas! — Vou atrás de Deboráh deixando ele sozinho.

— Deboráh! — Entrei na nossa barraca e a vi de bruços no seu saco de dormir que por azar era do lado de Pedro.

— Oi. — Peguei a beiradinha e me sentei ao seu lado.

— Estou vendo que não vai ser fácil aturar Pedro. — Desatei a falar, suspirei me sentindo cansada.

[emREVISÃO ] 🔞Guerra De Mafiosos (Série: Lei e Vingança) Vol 5Onde histórias criam vida. Descubra agora