[emREVISÃO ] 🔞Guerra De Mafiosos (Série: Lei e Vingança) Vol 5

Capítulo 18

Ivan Czar

A garota na minha frente estava tremendo. Eu havia retirado a sua venda e aqueles olhos azuis incríveis invadiram os meus com violência. Era quase que uma afronta.

— Espero saber o que eu quero! — Segurei o queixo da garota, que tinha um rosto marcante! Olhos similares aos meus, desafiadores, boca volumosa e a pele em tom de pêssego. Belíssima! 

Tão bela que chegava a doer o peito.

— Que se foda cara! Por mim aquela corja toda dos Greco já estariam a sete palmos do chão. — Seus olhos estavam sem brilho, num azul tão frio quanto os meus. Suas palavras fluíram com sinceridade que até me obrigou a refletir em meus pensamentos, o que a teriam feito de tão ruim para odiá-los assim?

— Então já pode me dizer tudo o que sabe. — Soltei o seu rosto e me virei de costas. — Talvez eu seja benevolente com seus amigos… Se tudo o que disser for verdade.

— Conhece o codinome P19X? — Suas palavras me acertaram em cheio! Virei para olhar para a loira que solta uma risada nasal. É claro que eu conhecia, seria a pessoa encarregada de me informar cada passo do miserável do Dante nos últimos dez anos. Me preocupei por uma pessoa como ela ter essa informação.

— Sei, o que tem a ver? — Cheguei mais perto demonstrando meu olhar frio que a incomodou no começo, mas aquele olhar desafiador voltou com tudo batendo de frente com o meu.

— Ela é a minha versão feminina. — Meu corpo queria desabar! Mas mantive a postura. Essa garota petulante estava mexendo com a minha cabeça... Talvez seja mentiras, mas não parecia ser algo combinado ou decorado de última hora.

Droga!

— Assim como você, Russo, eu quero a cabeça daquele maldito! — Suas palavras foram de ódio, enquanto ela se aproximava percebi o quanto conseguiu se movimentar inclinando seu corpo para frente com tudo. Mas ela estava amarrada à cadeira, o que a impediu de cair de cara no chão.

Vi dor naquele olhar, que eu tanto conhecia, a mesma dor que carregei por anos! Mais perto da garota, fui capaz de perceber detalhes que não tnha visto nos outros, eram marcas de agressões sobre seus braços expostos. Porém não eram recentes, além de alguns cortes nos antebraços que haviam sangrado por conta do atrito com as cordas. 

Mais um pouco abaixo notei um ferimento de bala enfaixado. Ela expressava um pouco de dor ao se mover, mas fazia isso sem que notasse.

— Suas palavras me parecem ser convincentes. — Sorri, mas não um sorriso amigável. — Porém, você tem mais que eu sei.

Ela tremeu, talvez esteja com medo do que eu seria capaz! E sou capaz de tudo para ter de volta a minha pequena. Ele tirou tudo de mim e com certeza de muitas pessoas, mas a vida m ensinou que confiança pode lhe trazer a lâmina afiada em suas costas.

— Apenas convincente? Que merda você tem nessa cabeça? — Os olhos dela brilharam de forma perigosa, mexendo até com algo que não mexia a anos comigo!

Ela me desafia como se fizesse parte de sua própria natureza. Desafiante, língua afiada e olhos fogosos! Há algo perigoso nela que me deixa louco, o seu espírito liver que costumava ter ants de esbarar com o inimigo que assombra o meu passado.

Como se fosse uma conexão! Uma maldita conexão que não deveria existir! Ela é uma garota que foi enviada pelo meu rival. Ela pode ser uma armadilha ou um plano para derrubar meus planos. Porém meu desejo por sangue ferve nas veias, assim como a vontade de fazer essa garota encontrar o seu devido lugar, ela estava brincando com o caçador.

Virei de costas e tentei acalmar a respiração pesada. Alinhei os cabelos com os dedos para trás, tenho esse costume quando as coisas saem do meu controle. E com essa garota, meu humor mudava drasticamente!

Quanto tempo estamos aqui conversando? Dez? Quinze minutos? Apenas esse pequeno tempo ela conseguiu me desestabilizar.

— Dante quer a sua cabeça. Ele sabe de seu envolvimento com o Doutorzinho. — Não apenas isso. Sei da existência dos documentos que trariam destruição total de qualquer máfia que existisse e Dante também sabe desses documentos, ele quer usufruir desses dados para o seu favor.

Tudo estava anotado naqueles papéis. Desde buracos de ratos*, investigações nas transações de negócios e até mesmo segredos que poderiam causar uma grande guerra militar. Eles não podem chegar nas mãos deste filho da Puta!

— E porque eu confiaria em suas palavras? — Me aproximei o suficiente tirando minha arma da cintura e apontando para o topo de sua cabeça. Meu sotaque fluiu forte, mas não surtiu efeito algum a ela. — Me dá um motivo para não atirar em sua cabeça garota insolente!

Mas essa garota faz o inesperado. Solta uma riso alto e segura com as mãos sobre as minhas e aperta o cano sobre a própria testa. Seu olhar tão fixo, seu rosto tão perto do meu que me fez perder o controle novamente! Seus lábios tremiam num choro contido.

— Então faça! FAÇA DE UMA VEZ! Eu não ligo… — Ela grita e a dor se arrastou na expressão em seu rosto, os seus olhos começou escorrer lágrimas. Elas foram capazes de me queimar o peito e destruir o restinho que tinha da minha alma, mas que eu não sabia que tinha. 

— Covarde… — Ela gemeu soltando minhas mãos assim que puxei elas e guardei a arma no coldre. Peguei as chaves das algemas no meu bolso e coloquei sobre a fechadura.

Ela me olha incrédula. Seus olhos se transformam violentamente de Tristeza a curiosos e duvidosos. Ela tem medo de mim e isso me causa desconforto. Uma a uma, soltei seus pulsos que estavam quase em carne viva.

— Não posso fazer isso. Eu sei o que está sentindo. 

— Não quero pena de ninguém! Apenas um bom cigarro ou até mesmo um baseado se você tiver, porque eu to definhando aqui de tanta abstinência. — Ela dá de ombros, dizendo de forma audaciosa.

Garota perigosa!

— Posso te oferecer uma bebida em troca de paz e rendição? — Com certeza estou rendido aos pés de uma garota que poderia ser facilmente uma filha ou talvez uma neta e isso é compltamente um absurdo.

Estou ficando louco! Os olhos dela brilham quando pronunciou vagarosa a frase, suas intenções se tornaram duvidosas aos meus olhos, com certeza sabia o que ela estava tentando fazer e não a culpo por isso.

— Uma garrafa de Vodka por favor.