Capítulo 22

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Pov. Pietra Annunziata

- Porra! Pra onde está me levando seu maníaco? - Ivan sorriu divertido, o segundo sorriso mais lindo que ele me deu em um único dia! Soube de sua reputação, ele é ou era o único homem rancoroso e frio que ninguém teria coragem de encontrar, ate acho que nem Lúcifer teria coragem!

- Preciso confirmar algo, não notou que temos características em comum? - Agora sim seria a hora de o peito se apertar e o frio percorrer pela espinha, do que esse idiota está falando?

Me comparando com a filha sequestrada de anos atrás? Impossível! Se bem que...

Puta merda! E se for verdade? Droga! Eu gozei beijando meu possível "Pai!"

- Merda! - Resmunguei enquanto Ivan dirigia como louco. Isso é loucura! Quase me entreguei ali mesmo a um homem charmoso, que, pode ser o pai que tanto desejei...

Nó na garganta e que se fala quando parece ter algo entalado no canal, também podendo ter incapacitado de o ar circular por ali.

To suando frio, as ruas ilunminadas e pessoas que andavam em alguns parques, restaurantes incríveis! Meu estômago se meche e faz barulho com o cheiro convidativo, mas o álcool no sangue me impossibilitou em querer cortar o estômago embrulhado!

- Está tao quieta. - Ivan tenta puxar algum assunto, mas me mantive quieta apenas admirando cada maravilha que meus olhos eram presenteados pela janela do carro.

E se for verdade? Como irei conseguir encará-lo?

- Não tenho nada a dizer. - Dou de ombros soltando as palavras com indiferença. Ele dirige os olhos para mim e retorna a focar na estrada, indo mais a fundo do que eu acreditava ser o centro da cidade.

As lojas de comidas e roupas aumentavam a cada vez que andávamos, tinha tantas coisas variadas que meus olhos não conseguiam acompanhar.

- Estás parecendo com uma garotinha curiosa. - O sotaque carregado tirou toda a atenção que a janela recebia de meus olhos "Curiosos".

- Lugares bonitos merecem a devida atenção. - Dei de ombros, posso estar sendo infantil ao querer ficar sozinha. Mas precisava respirar se não poderia explodir no banco desse carro maravilhoso!

Nao queria sujar o belo couro de um bilhão de Euros com meu sangue. Ri, esse banco poderia valer até mais que os carros que Ricardo usava!

Ricardo, o meu idiota que em momento algum se quer saiu de meu idiota peito.

A garganta começou a queimar como ja aconteceu umas cinco semanas antes de eu estar aqui, na Rússia.

Droga de azia! Justo agora? Justo agora que eu queria desabar em vômitos sem fim!

Me sentia enjoada, sufocada com toda essa situação! Eu nem se quer derramei uma verdadeira lágrima que tanto queria! Apenas o amargo dentro de mim.

E agora tudo o que eu mais queria era fugir.

- Chegamos. - Ivan desafivela o seu cinto, ao meu lado direito havia um prédio grande e branco, com um estacionamento bem iluminado, aparência de hospital ou talvez uma clínica.

- É, chegamos? - Perguntei confusa enquanto Ivan abria a porta e saiu. Vejo ele dar a volta por trás olhando a rua e depois abre a porta para mim sair.

- Por aqui. - Merda! Como ta frio! Abracei meus braços com o vento gelado. Ivan nota e tira seu casaco de couro e colocando em meus ombros. Talvez não senti antes por conta das veias entupidas da droga do álcool!

Começamos a caminhar, ele me ajudava com a perna, que agora tenho quase a certeza de que estaria péssima, talvez poderia ser necessário desinfectar o local e depois retirar a bala, porque como o inferno isso doía muito!

- Consegue andar? - Balançei a cabeça confirmando. Mas, pisei em falso e quase caí, se Ivan não tivesse me segurado, teria beijado o asfalto com certeza, gemi com a dor aguda.

- Vem. - Meu corpo e levantado do chão, sou pega no estilo noiva. Posso dizer que ha minutos atrás não me sentiria desconfortável, mas agora... As bochechas queimavam e minha nuca pinicava com o aumento de calor, ao mesmo tempo que o frio na barriga estava presente.

Entramos na recepção e uma mulher de branco ja me providenciou uma cadeira de rodas. Ivan a ajudou me carregar direto para um quarto, talvez de observação não sei, aqui tudo era estranho...

Eles conversam em Russo enquanto Ivan me deitava na maca. Resmunguei por conta da dor e de ter esticado minha perna machucada.

- O que disse a ela? - Cala a boca Pietra! A curiosidade sempre acaba matando o gato! Ivan me olha diferente da outra vez, de um jeito quase paterno, com carinho. Ele se aproxima e toca meu rosto, a enfermeira havia cruzado a porta.

- Me perdoe? - Sua voz saiu arrastada, triste e ao mesmo tempo misturada com a sua línguagem Russa. Mas consegui enteder, balançei a cabeça confirmando.

- Disse que você precisa de cuidados com o ferimento e já pedi um exame de DNA. - Meu peito se apertou mais, talvez não esteja pronta para ter um pai, eu nunca fui amada dessa forma! Dona Marisa foi a mãe que não tive, sofri por anos nas mãos de um maníaco homicida lunático e agora me aparece o pai que desejei ter abraçado nas horas difíceis, de ter recebido carinho e proteção.

- Tudo bem... - Deitei a cabeça e coloquei as mãos com os dedos enlaçados sobre a barriga enquanto aguardava.

***

[emREVISÃO ] 🔞Guerra De Mafiosos (Série: Lei e Vingança) Vol 5Onde histórias criam vida. Descubra agora