três

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J U N G K O O K

Eu juro que gostaria de saber de onde quem estava vindo toda essa motivação que estaca tendo naquelas últimas semanas, mas a origem ainda era desconhecida.

Talvez, depois daquela aula de dança, eu percebi que não estava tão acabado assim, e tenha aceitado que posso sim voltar a ser o que era.

Bom, 14 dias se passaram desde que Nayeon comemorou comigo após meu nome ter entrado nos assuntos mais falados do país. Fiquei aliviado em ver que eu ainda tinha pessoas que estão apenas esperando por mim. Mesmo que meu nome não tivesse ido parar sozinho lá.

Park Jimin. O moreno baixinho com rosto de bolacha.

Quando eu o vi pela primeira vez, não imaginei que ele era tão conhecido. Nunca tinha o visto na vida, mas isso não era grande coisa, já que ultimamente eu tenho estado fora da indústria e do que acontece nela. Os artistas que a dominavam quando me afastei eram outros, que hoje lutam por espaço nos charts, por prêmios em programas e premiações, competindo com os novos rostos.

E é por isso que não gostei muito da ideia de um garoto tão novo e inexperiente no topo. E não era ruim, apenas um pouco ameaçador. Eu jurava não ter um adversário, e não tinha, mas se ele continuasse nesse caminho, sei que pode se tornar um.

  Mas agora, com minha decisão de voltar, todos os que sonham em ficar no alto, vão precisar se preparar para ir para baixo. Seja quem for.

Depois de chegar em casa e tomar um banho quente, após praticar a manhã toda, eu me sentei no sofá do meu apartamento, ao lado de Biscoito.

– Desculpa... – falei para o gato – Estou sendo um papai ausente, não estou?

Biscoito mia – e ficaria assustado se ele fizesse outro som senão esse – mas com desdém, como se estivesse pronto para arranhar minha cara toda.

– A quem você está tentando enganar, seu mimado? – respondi, insultado – Você sente minha falta sim. Está com ciúmes?

Ele miou novamente, como se não tivesse mais paciência para mim, e me pergunto o que eu fiz para merecer um gato tão mimado e ignorante...

– Tá, tá legal – levantei as mãos, me rendendo – Só tenta não rasgar nada hoje, ok? Principalmente as cortinas novas.

Ele se virou, ficando de costas para mim, com um miado que se estendeu.

– Ok, chefe. Rasgue o que quiser.

Eu deixei a sala todinha pra ele, e deixaria a casa se pedisse. No meu quarto, apenas me enfiei debaixo do edredom, preparado para maratonar os novos episódios da minha série favorita.

Eu faria isso pelo resto do dia – e merecia, por estar me esforçando tanto ultimamente – mas minha casa é repentinamente invadida por Im Nayeon, com um terno cinza e seus saltos gigantescos. Me pergunto como ela entrou, mas lembro de não ter trancado a porta.

Ela invade meu quarto, e me encontra coberto até o pescoço, com meu notebook no meu colo, aberto na página da Netflix.

– Sabia que ia te encontrar assim – ela gargalhou – Levanta e coloca uma roupa. Vamos até a empresa agora. Não vai acreditar no que eu arranjei.

Obedeço, sabendo que não tinha outra opção. Ela usava saltos realmente afiados e não queria que eles venham parar na minha cabeça. Me levantei, indo até meu guarda-roupa, abrindo-o.

Nayeon virou de costas para que eu me trocasse, mas continuava falando.

– Lembra do programa de rádio?

THE UNIT • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora