vinte e dois

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J U N G K O O K

Eu estava perdido dentro do abraço de Jimin quando acordei em uma manhã nublada. Aproveitei aquele carinho quentinho matinal em silêncio, fingindo que estava dormindo para que ele continuasse me abraçando.

Uma hora ou outra, teríamos que acordar, e por isso abri os olhos lentamente e comecei a me espreguiçar, e o loiro tirou seus braços de mim, me observando nos meus primeiros movimentos do dia.

Ele depositou um beijinho em minha bochecha ao me desejar bom dia, e eu sorri forte ao ouvir sua voz rouca.

Depois de ter começado a dormir na mesma cama que Jimin, eu comecei a acordar mais feliz todo dia. Ele não fazia nada específico, não tinha nenhuma espécie de super poder, nem nada do tipo.

Mas só sua forma de me abraçar forte assim que acordava, o som da sua voz, e de vez em quando as risadinhas fracas, que sempre vinham quando eu estava dormindo de boca aberta ou de alguma forma muito esquisita.

A gente procrastinava por bons minutos, nos enrolando pelas cobertas e nos perdendo nelas, enquanto um fazia carinho no cabelo um do outro, e contávamos sobre os sonhos que tínhamos tido.

As manhãs com Jimin eram mil vezes melhores do que qualquer outra manhã que eu poderia ter sozinho.

Depois que nós dois comíamos algo rápido e tomávamos canecas cheias de cafeína, era o ritual do dia se despedir dos gatos, que pareciam nem ligar para nossa ausência, já que tinham um ao outro, e eram um casal grudento.

Em uma dessas manhãs, enquanto eu e Park estávamos caminhando até o elevador, e depois o esperando, segurei sua mão.

Alguma pessoa poderia aparecer a qualquer instante, e quando se é famoso nunca se sabe em que canto vai ter algum repórter apontando uma câmera para você. Mas eu resolvi arriscar, entrelaçando os nossos dedos devagar, testando se ele se sentia confortável em fazer aquilo ali.

E obviamente não me interrompeu. Muito pelo contrário, até sorriu com minha atitude e roçou nossos narizes num beijinho esquimó.

Assim que a porta do elevador se abriu, quando chegamos ao térreo, nos soltamos.

Depois dali, Seokmin nos levou até a empresa. Sem enrolar mais, fomos até uma sala de prática longe de onde costumávamos ficar, encontrando o coreografo oficial da música principal.

Ele era rígido ao ensinar e nos fazia ensaiar com pouquíssimas pausas, mas eu sabia que sua intenção era que entregássemos o nosso melhor, por isso não o julguei. Estava apenas executando seu trabalho.

No entanto, senti falta de Hoseok como nosso professor.

Depois de horas, finalizamos a coreografia. Ainda seria preciso muito treino, e dançá-la enquanto cantávamos, e todo o tipo de coisa. Mas já tínhamos aprendido, e isso era meio caminho andado.

O professor se despediu, tomando quase todo o conteúdo de sua garrafinha de água ao sair, como se ele que tivesse ensaiado até a morte.

Exaustos, eu e Jimin nos sentamos no chão gelado da sala, restaurando nossas respirações e nos entupindo de água.

Eu me levantei depois de me recuperar, senti os músculos doerem enquanto caminhava até a caixa de som da sala. Conectei meu celular nela, procurando a música para dar play e dizendo em voz alta:

-Vou ensaiar mais uma vez...

Continuei a procurar o áudio da música no meu celular, para que então tocasse na caixa de som. Ouvi os passos apressados de Jimin até mim.

THE UNIT • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora