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 J U N G K O O K

O grande dia havia chegado.

Eu nunca pensaria que faria um show em plena segunda-feira, mas ele não iria durar muito e seria à noite, por isso as pessoas não teriam problema em ir.

Jimin e eu passamos o final de semana ensaiando com os dançarinos de fundo, e focando mais em cantar enquanto dançávamos.

Talvez ele nem sequer tivesse notado que eu estava reparando em seu nervosismo, mas eu estava. Via ele se cobrar até demais, via ele dizer que não estava bom e que iria estragar tudo.

Mas agora era o dia do nosso primeiro show, e ele estava feliz até demais.

Estava animado com a ideia de jogarmos jogos com a plateia nos intervalos das músicas, jurando por Deus que me derrotaria em todos.

Quando chegamos no apartamento domingo, após ensaio, decidimos que não sabíamos o que fazer com os gatos.

Panqueca e Biscoito estavam muito apegados um ao outro. Dormiam juntos, ficavam se esfregando um no outro o tempo todo, e fazendo outras coisas bizarras que só gatos fazem.

Jimin sugeriu que os deixássemos na casa de sua avó, para que ela pudesse matar a saudade que tinha de Panqueca. Eu concordei, aliás, durante a tour, não teríamos tempo de cuidar deles, nem formas de levá-los.

Ela passaria no apartamento antes do almoço buscá-los.

Acordamos mais cedo do que normalmente, fomos até o local que ocorreria a apresentação, preparados para nossa primeira passagem de palco.

Senti o frio que invadiu minha barriga ao fitar aquele lugar gigante vazio, e ao pensar que em poucas horas estaria lotado de pessoas gritando nossos nomes feito loucas.

Foi bom subir num palco depois de tanto tempo, mesmo que fosse apenas para ensaiar com os equipamentos e no espaço. Imaginei como seria na hora da apresentação com o público assistindo.

Vi os olhos de Jimin se encherem de preocupação quando chegou sua vez. Deu pra sentir de longe o nervosismo que ele exalava, e cruzei os dedos para que a passagem de seu solo fosse um sucesso.

E obviamente foi. Na hora do show, com as roupas específicas e os gritos dos fãs, seria tudo mais mágico.

Ensaiamos cada música do repertório, e já suávamos quando fomos dispensados para irmos para nosso apartamento.

Tomaríamos banhos quentes, comeríamos algo e entregaríamos os gatos para a avó de Jimin.

Cada um correu para seu devido quarto assim que chegamos, numa corrida para ver quem pegava roupas limpas e entrava no banheiro primeiro.

Entramos no cômodo ao mesmo tempo, empurrando um ao outro.

Jimin amoleceu o corpo, enquanto eu tentava jogá-lo para fora dali.

– Jungkook-ah! Pare de ser egoísta! – me repreendeu, mesmo sendo o mais novo ali – Eu estou tãããão nervoso para nosso primeiro show... – e então parei de fazer força contra seu corpo – Pensa só... – o garoto levou a ponta do indicador até meu peito, fazendo círculos invisíveis ali com suas digitais – Eu mereço tomar um banhozinho quente, não acha?

Seu toque deixou meus pensamentos barulhentos atrapalharem meu raciocínio, mas quando imaginei que era a intenção daquele manipuladorzinho, me recompus.

– Pode tomar seu banho – e sorri ao ver uma alegria genuína surgir em seu rosto - Mas DEPOIS DE MIM.

Antes que eu pudesse ouvir seu protesto, voltei a empurrá-lo. No entanto, não sei como, ele foi mais forte.

THE UNIT • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora