dezessete

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J I M I N

A equipe toda voltou para Seoul, alguns gratos por terem alguns dias de descanso antes dos próximos shows em Incheon, outros insatisfeitos pela mudança de planos repentina.

Assim que a van chegou na grande cidade, eu peguei minhas coisas no apartamento, dei um abraço de despedida em Jungkook, e Seokmin me levou até a casa de minha avó, para que eu repousasse lá, durante a semana.

Ela estava preocupada por conta do meu machucado, é claro, mas não conseguia esconder a felicidade por me ter de volta, mesmo que fosse apenas por uma semana.

Vídeos do meu tombo estavam estampando as redes sociais, com risadas, pena, e as vezes até deboche. Os vídeos, de vários ângulos e distâncias, estavam servindo quase como veneno para mim, então decidi que ficar o dia inteiro vendo redes sociais e assistir as gravações repetidamente era algo que não podia mais continuar.

Achei outras distrações, uma delas, é claro, foi a música. Eu passei um bom tempo tocando o violão que minha mãe havia me dado quando eu era pequeno, cantando... E até pensei em usar meu computador para produzir algo, mas os acontecimentos recentes haviam me deixado traumatizado quanto a isso.

Produzir mais uma música para no final ser roubado e ameaçado? Não mesmo.

Talvez o que eu precisasse mesmo fosse terapia.

Jihyo sempre passava fazer uma visitinha no final da tarde, depois de seu trabalho, e acabava ficando até a noite. Era boa quando se tratava de me distrair e me fazer companhia, considerando que eu mal podia sair de minha cama.

Foi infernal passar tanto tempo parado e tendo que tomar cuidado, já que eu tinha me acostumado com a semana corrida e cheio de treinos e shows. Mas Jihyo foi ótima na tarefa de me apresentar filmes incríveis para me tomar a atenção.

Panqueca e Biscoito também passaram um bom tempo comigo, mesmo que eu me sentisse uma vela. Eu tinha plena certeza de que os dois animais estavam apaixonados um pelo outro, já que não se largavam, e ficavam trocando carícias o tempo todo.

Jungkook me ligou algumas vezes, dando algumas notícias importantes. No final da semana, Seokmin passaria me buscar para que eu fosse até o apartamento de volta. No oitavo dia, a equipe toda viajaria até Incheon, que era bem perto de Seoul, e então os shows finais da tour aconteceriam, finalmente.

Ele também pedia atualizações sobre meu machucado, e a cada dia eu melhorava mais, o que o animava.

Minha avó passou todo o tempo que podia comigo, não atrasando suas encomendas de bolinhos e também me dando privacidade. Me mimou de todas as formas possíveis, mas me defendeu também, quando vizinhas curiosas e intrometidas bateram na porta, perguntando se o ''Jimin, aquele cantor famoso'' estava mesmo ali, e se poderiam tirar uma foto comigo.

E é claro que ficou toda abalada e triste quando chegou o dia de ir embora. Eu a abracei forte e prometi que a visitaria com mais frequência quando toda aquela loucura passasse.

Ainda não sabia se voltaria a viver com ela depois que o projeto acabasse, mas talvez fosse coisa demais para pensar naquele momento.

Seokmin apareceu com o carro preto de sempre, mas não estava sozinho. Jungkook havia vindo com ele.

A tristeza subitamente evaporou de minha avó, que abraçou o moreno duas vezes mais alto que ela, apertando suas bochechas. Enquanto os dois compartilhavam aquele abraço, perguntei:

-Jungkook-ah, o que tá fazendo aqui? Veio tentar roubar meu lugar no coração da minha vózinha?

Os dois riram, e quando finalmente foi liberado do abraço da idosa, o alto veio em minha direção, me tomando em seus braços também. Afundou o rosto em meu pescoço, apertando minha cintura, e eu fiquei tão surpreso com aqueles toques inesperados, que tive medo de derreter ali mesmo.

THE UNIT • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora