Tell me something, I need to know
(Me diga, eu preciso saber)
Then take my breath, and never let it go
(Depois tire o meu fôlego e nunca mais o solte)
If you just let me invade your space
(Se você me deixar invadir seu espaço)
I'll take the pleasure
(Eu trarei o prazer)
Take it with the pain
(Junto com a dor)
And if in the moment, I bite my lip
(E se nesse momento eu morder meu lábio)
Baby in that moment you'll know this is
(Baby, então você saberá)
Something bigger than us and beyond bliss
(Que isso é algo maior que nós dois e vai além do êxtase)
Give me a reason to believe it
(Me dê uma razão para acreditar)
Love me Harder- Ariana Grande ft The Weeknd
-A tua mulher não achou estranho?- perguntou Mary enquanto estava deitada por cima do meu corpo nu, com as nossas intimidades a rasparem e apenas as cuecas dela a separarem-nas.
-Eu já te disse que é apenas um contrato e bem, ela estava a dormir e quando acordar, lá para as dez da manhã, eu já vou estar na empresa.- encolhi os ombros não muito preocupado.
-Oh, ok! Então hoje também vamos dormir juntos?- perguntou ela levantando um pouco a cabeça para poder ver melhor a minha cara.
-Não queres? Eu já te disse que pago-te mais se quiseres.
-Não é preciso, eu à noite costumo ficar sempre no bar se não tiver um cliente, por o menos contigo não preciso de trabalhar muito.- respondeu e eu sorri.
-Mesmo assim eu vou-te pagar mais na mesma. Tu mereces!
Ela beijou-me e depois de fazermos mais uma vez sexo acabamos por adormecer.
(...)
-Bom dia!- disse assim que abri os olhos vendo a rapariga de cabelos castanhos a saltar com o susto.
Uma gargalhada foi solta dos meus lábios enquanto ela se continuava a vestir.
-Que horas são?- perguntei-lhe.
-Sete e meia!- respondeu apontando para o despertador ao meu lado.
-Merda!- resmunguei saltando da cama apercebendo-me que ia chegar atrasado à empresa.
-Que se passa?- perguntou Mary assim que me viu a entrar para a banheira esquecendo-me de fechar a porta.
-Tenho de estar na empresa às oito.- expliquei-lhe e ela assentiu.
Liguei a água e assim que esta embateu em mim amaldiçoei-me por me ter esquecido de a ter posto a aquecer. Mary riu-se com os meus resmungos e eu decidi esquecer-me que tinha uma reunião e corri para ela levando-a para dentro da banheira enquanto ela gritava.
-Sabes eu não me esqueci o que tu me disseste ontem ao telefone.- disse-lhe enquanto a colocava debaixo da água fria e ela suplicava para eu a largar.
-Desculpa.- pediu ela e eu beijei-a.
-Acho que ainda te vou ter de pagar mais.- sussurrei-lhe ao ouvido arrancando-lhe a roupa que ela tinha no corpo.
(...)
-Sabes é um pouco estúpido tu teres te casado ontem e hoje já ires trabalhar.- disse Mary enquanto vestia a minha camisola, já que a sua tinha ficado toda molhada, e metendo-a por dentro das calças por ficar grande de mais.
-O meu pai às vezes consegue ser muito estúpido.- respondo encolhendo os ombros e ela fica estática durante uns segundos abanando a cabeça logo a seguir como a tentar mandar os pensamentos embora.
Mordi o meu lábio inferior não querendo fazer perguntas. Só sexo, só sexo! Repetia na minha mente, eu preciso de me mentalizar disso.
-Queres que te leve a casa?- perguntei-lhe quando ela pegou na sua mala indicando que estava pronta.
-Não, obrigada.- respondeu.
-Oh ok! Depois eu mando o dinheiro para a tua conta como fizemos ontem.- disse-lhe um pouco desiludido e ela assentiu indo embora.
Eu queria ir atrás dela, pedir-lhe para me deixar levá-la a casa, mas, o que diria? O que faria? Porque é que eu queria? Uma coisa que eu aprendi com a minha vida é que nem sempre há respostas e às vezes a felicidade está muito longe de ser alcançada.
E mesmo que eu soubesse que a minha felicidade era ela, e eu sabia, não me perguntem como nem digam que é demasiado cedo, porque ninguém sabe quanto tempo levasse a descobrir isto. Às vezes uma troca de olhares serve, outras precisamos de semanas, meses, anos. Ela apareceu na minha vida quando eu mais necessitava de alguém, quando a minha vida se destruiu por completo e ela fez com que uma noite mudasse tudo.
Mas talvez esteja na hora de ela ir, de eu me afastar e de eu enfrentar a vida que tenho sem ela. Acho eu!
Mary*
Assim que cheguei a casa pousei o casaco no cabide já enferrujado pelo tempo e já quase livre da tinta castanha e atirei-me para o sofá. Cansada. Era como eu me sentia, não sabia se era pela noite agitada que tive com Niall ou se era pela minha vida. Acho que era um pouco dos dois. Niall cansava-me, não no sentido do sexo ou por ele ser chato, mas porque ele mexia comigo como nunca tinham mexido.
Em apenas duas noites ele fez-me esquecer que era uma prostituta. Com ele eu não me sentia uma prostituta. A minha mão foi em direção aos meus lábios, a sensação que eu tinha sempre que os nossos lábios se tocavam era única. Eu sei que parece um pouco estúpido, mas a verdade é que eu não gosto de ser beijada pelos meus clientes, na verdade nem eles se importavam com isso, depois do sexo, que apenas servia para prazer deles, eu ia embora sem um Adeus ou outra coisa.
Niall tinha-me dado algo diferente e para mim a maneira como ele me beijava era importante. Não por ser o meu primeiro beijo, isso é estupido, eu tenho dezanove anos, e quando nós somos miúdos nós somos tão apreçados. Eu dei o meu primeiro beijo no sexto ano, tinha eu doze anos e talvez muitas pessoas achem que eu tive sorte, mas não tive. Acabou por ser uma desilusão, se o rapaz foi especial? Claro que não, eu tinha doze anos. E quando nós somos miúdos nós queremos viver a vida como adultos, e depois quando crescemos percebemos o quanto fomos idiotas e precipitados e só queremos mudar todas essas pequenas coisas, mas é impossível.
Como aquelas miúdas que perdem a virgindade ainda com catorze anos, eu lembro-me tão bem de como eu perdi a minha. Eu precisava tão desesperadamente de um emprego que aproveitei o primeiro que apareceu não me importando com as consequências, com apenas dezasseis anos. Foi embora a virgindade, a inocência, o amor pelo meu corpo e só ficou o nojo, nojo de mim, do meu corpo. A maneira como aqueles homens tocavam no meu corpo, a maneira como eu tinha de sorrir e fingir que gostava.
Mas as pessoas costumam dizer que depois da tempestade vem a abundância. Soltei uma gargalhada, às vezes era tão patética. Felicidade? Nem todos podem ser felizes, para alguns a felicidade só está na morte, mas nem isso eu podia-me dar ao luxo, eu ainda a tinha a ela. A minha mãe!
...
Olá!
Está maior do que os outros ;)Bem eu queria mais comentários, por favor!
Vou tentar publicar na sexta ;)
Beijos!!!

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Prostituta// N.H.
FanfictionAcho que é verdade Não sou bom em casos de uma noite só Mas eu ainda preciso de amor Pois sou apenas um homem Parece que essas noites Nunca vão de acordo com os planos Eu não quero que você vá embora Pode pegar a minha mão? Oh, por que você não fica...