Prostituta// N.H.

16º- Hospital

She would not show that she was afraid

But being and feeling alone was too much to face

Though everyone said that she was so strong

What they didn't know was that she could barely carry on

 A Littel too much- Shawn Mendes

"Eu queria estar ao pé de ti.". Li novamente a mensagem de Niall e todas as outras que ele me tinha mandado esta semana. Quando ela foi embora eu pensei em ir atrás dele, pedir-lhe para ficar, dizer que o amava, mas desisti da ideia quando me lembrei das consequencias que isso teria para ele. Eu amava-o, eu nao tinha duvidas disso, mas por essa razão eu tinha de o deixar em paz. Nem que seja durante um ano, até ele se divorciar.

Ouvi algo a partir na sala e um grito da minha mãe que me despertou automaticamente e corri até lá. A mulher que me criou encontrava-se estendida no chão da sala e eu ajoelhei-me ao seu lado deitando a sua cabeça no meu colo enquanto chamava por ela.

As minhas mãos tremiam quando peguei no telefone e marquei o número do 112. Não sei quanto tempo se passou depois de desligar a chamada até ouvir as sirenes lá fora, só sei que o panico tinha-se instalado no meu corpo e eu só pedia a Deus para ela não morrer.

(...)

A minha cara estava molhada pelas lágrimas que caiam sem parar, a minha melhor amiga abraçava-me de lado tentando reconfortar-me.

-Tens a certeza que não queres que eu ligue para ele?- ela perguntou novamente e eu neguei com a minha cabeça escondida no seu pescoço.

-Elas chegaram!- sussurrou ao meu ouvido e eu levantei a cabeça e limpei as lágrimas que me embaciavam os olhos vendo as minhas outras duas melhores amigas a correr até nós.

Sophia puxou-me logo para um abraço e eu comecei a chorar ainda mais lembrando-me da altura que eu a conheci. Quando ainda eramos crianças e a inocência era o que nos dominava.

-Já deram noticias?- Anne pergunta a Carly.

-Não!- a morena responde e eu logo me lembro de algo fazendo com que me separe de Sophia.

-Tu trabalhas aqui! Tu podes tentar saber de algo!- a loira fica um pouco supreendida com o meu pedido mas logo fala.

-Eu posso tentar descobrir quem está com o caso. Eu já venho.- ela vira costas antes que possa responder algo e eu volto a sentar-me.

-Mary!- uma voz masculina chama por mim e assim que eu olho para cima arregalo os olhos com o que vejo.

-Liam?- a minha voz saiu num sussurro tal como a de Sophia que olhava incrédula para o ex-namorado.

-Olá!- o meu irmão disse acenando para a rapariga e depois olhou para mim.- Eu só soube à pouco o que aconteceu. Ela está bem?

O meu corpo levantou-se da cadeira e caminhou até ele ficando estática à sua frente. Levei a minha mão à sua bochecha numa tentativa de saber se ele era real ou não.

-Liam!- sussurrei e o nome pareceu-me estranho agora que ele estava à minha frente.

Os meus braços rodearam o seu tronco e ele puxou-me para si também.

-Tu voltas-te!- sussurrei e ele apertou-me mais.

-Lamento!- disse mas quando eu ia responder a voz do médico interrompeu-me.