Prostituta// N.H.

11º- Juntos

I fell in love with a beautiful girl

(Eu me apaixonei por uma linda garota)

 

She still takes my breath away

(Ela ainda me deixa sem folego)

 

I fell in love in the morning sun

(Eu me apaixonei sob a luz do sol da manhã)

 

While the hours slipped away

(Enquanto as horas escapam)

 

Sometimes when I hear your name

(Às vezes, quando ouço seu nome

 

A smile creeps on my face

(Um sorriso aparece em meu rosto)

 

And for reason I can't explain

(E por um motivo que desconheço)

 

It's never out of place

(Nunca é fora de hora)

I Love You- Alex & Sierra

Narrador*

 -Já podes abrir.- avisou-a Niall e a rapariga abriu os olhos piscando-os por causa da claridade.

 -Wow!- disse ela, a sua boca um pouco aberta de surpresa, os seus olhos a brilhar de alegria.

 A sua cabeça girava em todas as direções tentando captar tudo, os seus pés davam pequenas passadas com medo de que se fosse depressa de mais as coisas iriam desaparecer.

 Fotografias de ela e Niall do pouco tempo que se conheciam estavam espalhadas pelas paredes, pelos móveis. Uma fotografia de ela em criança e outra de Niall, uma fotografia de ela dormir que ela nunca tinha visto e que de alguma forma sabia que tinha sido tirada por Niall.

 Uma fotografia dela e da sua mãe estava na parede junto com uma dela de criança. Ela e a mãe! A fotografia tinha sido tirada pelo seu pai, ela lembrava-se tão bem daquele dia. Um sorriso em ambos os rostos, a felicidade plantada nos olhos. A inocência de uma criança, o amor de uma mãe. Naquela altura Mary não sabia o que era odiar alguém, ela não sabia que poderia odiar tanto alguém como odiava, um suspiro de alivio saiu da sua boca quando verificou que não havia nenhuma foto com o resto da sua familia.

 Virou-se para Niall, não sabia quanto tempo tinha passado desde que admirava a casa, mas este continuava com um sorriso no rosto enquanto a admirava a ela. A mulher que ocupava os seus pensamentos e a quem ele desejava dar todo o amor do mundo.

 -Isto…- começou a morena, mas nada saia da sua boca.

 -Isto é a nossa casa.- completou Niall aproximando-se da rapariga.

 Os braços do rapaz circundaram a cintura de Mary e esta enrolou os seus finos braços no pescoço do loiro, quando um beijo começou entre eles. Lento, apaixonado, perfeito, imortal.

 O corpo da rapariga foi levantado pelo rapaz em estilo noiva e este caminhou com ela até ao futuro quarto dos dois apaixonados.

   Os dois deitaram-se na cama, lado a lado, encarando o teto branco, mãos entrelaçadas, nenhum dos dois queria estar afastado, aquelas semana sem o outro tinha parecido anos, e ambos sabiam que era tarde de mais para sair, pular do barco.

 Niall e Mary sempre pensavam no que teria acontecido se o seu amado tivesse entrado na sua vida mais cedo, quanto esta não estava no inferno. O que teria mudado? Será que Niall estaria casado? Será que Mary seria uma prostituta. Mas tinham de parar de pensar no passado. Tinham de o fazer, porque o passado não volta e o futuro pode não existir.

 Agora era o presente. Agora era aquela vida que eles queriam viver.

 -A tua mãe pode viver aqui e tu podes despedir-te do bar.- disse Niall depois de longos minutos de silencio, ou talvez só tenham passado segundos.

 -E a minha casa?- perguntou Mary, milhões de perguntas na sua mente. Como é que ela poderia aceitar isto?

 -Tu podes vende-la e ficar com o dinheiro, para emergencias. Depois podemos arranjar-te um emprego na minha empresa, ou podes ficar em casa se quiseres.- sugeriu Niall, as palavras pareciam tão certas quando saiam da sua boca.

 -E se eu não aceitar?- a voz de Mary tão baixa, quase impossivel de ouvir, que se não fosse o silencio intenso dentro daquela casa, talvez o loiro não tivesse ouvido.

 -Por mim!- foi a única resposta de Niall e a rapariga sabia que não podia negar.

(...)

 Depois da casa toda apresentada, passaram alguns dias até Mary e a sua mãe estarem completamente instaladas. Niall conheçou a senhora, calada e sussegado que sofria de autismo.

 -Que estás a fazer?- perguntou Niall quando entrou na cozinha onde Mary estava a arrumar algo num armário.

 -Estou a guardar os medicamentos diários da minha mãe aqui para ela não se esquecer deles.- respondeu a morena e Niall sorriu com a preocupação de Mary com a mãe.

 -Tenho de ir para a empresa! Hoje janto aqui, ok?- Mary acentiu aproximando-se de mim.

 Os dois abraçaram-se, beijando-se quando se afastaram uns milimetros.

 -Eu tenho de ir buscar umas coisas à minha antiga casa, podes ir me buscar quando saires do trabalho?- perguntou Mary e Niall assentiu indicandando-lhe que estaria lá às seis da tarde.

Mary*

 Faltavam quinze minutos para Niall vir me buscar e já tinha posto todas as caixas à beira da porta para levar. Sentei-me no sofá velho, recordando alguns momentos que passei aqui. Eu e os meus irmãos a brincamos às escondidinhas. A minha avó a contar-nos uma historia e o nosso avô a assustar-nos.

 -Mary!- uma voz masculina chamou por mim e o meu corpo tremeu de medo.

 -Roger!- sussurrei enquanto me virava para o meu antigo patrão.