essa história é muito meu amorzinho, que ódio
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Eu nunca precisei me esforçar muito para que alguém se interessasse por mim.
Quando era adolescente e ainda vivia na Coréia, as garotas praticamente faziam fila na minha porta – sem querer me gabar; minha vó, com quem eu morava desde a morte dos meus pais, costumava dizer que era a minha aura infantil e o sorriso fofo. "Um garoto tão doce assim não faria mal à ninguém", era o que ela dizia quando lhe mostrava mais uma das cartas de declaração recebida.
Foi somente no último ano, quando descobri que corpos masculinos eram mais interessantes do que femininos, que as coisas mudaram um pouco.
As meninas continuaram vindo até mim, mas para despejar palavras duras e me chamar de aberração.
Por isso, após me formar com dezenove anos, peguei todo o dinheiro que meus pais haviam deixado para mim e me mudei para a Itália. Fiquei triste por deixar a minha vó, mas ela era um pássaro livre, como dito muitas vezes, e agora podia finalmente voar como sempre quis.
Acho que ela está nas Bahamas agora.
Aqui, as coisas não foram muito diferentes. Eu não precisei me esforçar para conseguir o número do orientador gato da faculdade, nem para flertar com o garçom da cafeteria do fim da rua. Conseguir uma foda era mais uma vez, simples.
Até Taehyung.
Ele era lindo demais. Tenho certeza que se minha vó o conhecesse teria descrito-o como anjo na terra. O maldito era realmente fofo quando me mandava mensagem de manhã só para perguntar sobre os meus pesadelos noturnos, assim como era inteligente quando falava sobre literatura, e era extremamente sexy quando surgia no começo da madrugada com aquele olhar e aquele sorriso, para me presentear com um boquete ou uma foda extremamente deliciosa.
Eu não me sentia interessante perto dele, e talvez fosse só a velha insegurança, atolada à sete chaves, surgindo. O fato é que, pela primeira vez eu estava me esforçando para ser interessante para alguém.
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Tentava escolher entre uma blusa vermelha ou azul quando Úrsula entrou no apartamento com uma garrafa de vodka na boca. Ela gostava de chegar ao local de diversão alterada.
- Azul. – se jogou na minha cama, fazendo barulho com a corrente presa em sua bota.
- Vermelho então.
Ela revirou os olhos e eu vesti a vermelha mesmo. Ajeitei os meus cabelos para que ficassem partidos no meio, coloquei alguns brincos e passei um perfume.
- Uau, Jeongguk. Eu nunca achei que fosse viver o suficiente para ver você se arrumando por causa de alguém.
- Não é por causa dele – dei de ombros e me virei para ela. – Está bom?
- Gostoso como sempre. Para de ser bobo, ele vai adorar.
Sorri fraco.
- Por favor não vai falar dos meus encontros de uma noite. – pedi enquanto caminhávamos na direção da boate em que combinamos de nos encontrar.
- Ele não sabe que você era um puto?
- Eu não era um puto. Só não tinha encontrado uma pessoa legal o suficiente para prender a minha atenção.
Paramos na faixa de pedestre e ela enroscou o braço no meu.
- Então tá interessado nele? – me olhou curiosa.
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Sina
Romance|taekook • fluffy| Sina: adjetivo de destino, predestinado. Jeongguk não tinha paciência para relacionamentos. De todos os tabus existentes, este era o seu maior, até conhecer Taehyung em um encontro às cegas. Mas entre insegurança e sentimentos, Je...