Capítulo 2

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Oi, te liguei deve estar ocupadi..
Queria conseguir desapegar completamente dessas duas mas não consigo. Elas são perfeitas.
Como vocês estão?
Confesso que estou levemente alterada e sofrida com essa live do Jorge e Mateus.
Enfim... sem mais delongas
Espero que vocês gostem do capítulo
E caso haja algum erro, me avisem por favor.
Boa leitura ❤️
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Irritação, impotência, raiva, todos esses sentimentos estavam inflamando dentro de mim, como um vulcão prestes a entrar em erupção e o maior deles a frustração, essa era a palavra, senti uma frustração intensa e desesperadora, que me fez questionar a ironia dos fatos.
Eu fugi, ela ficou. E por mais que nada tenha sido dito e que o romance seja apenas um pensamento utópico, ela estava lá e eu não.
Quando a vi mais uma vez naquela noite puxar Gizelly dos meus braços e o calor do corpo dela próximo ao meu se transformar em um espaço frio e vazio, eu entendi que talvez eu pudesse perder essa guerra.

A verdade é que eu estava cansada. Eu estava exausta dessa amargura oca e essa acidez na boca, estava cansada de brincar de Sísifo e empurrar ladeira acima essa esperança tola de que tudo iria passar e de que eu poderia fingir que esse sentimento não era nada e nunca havia existido.

E eu sei que tudo isso é minha culpa, me amarrei nos meus próprios medos e como Prometeus me mantive acorrentada, me destruindo e me refazendo a cada dia na esperança de que um dia alguém, quem quer que seja, tenha piedade de mim e me liberte.

Levantei-me em um solavanco e caminhei pra fora daquele lugar, não me dei ao trabalho de me despedir, a única coisa que me passava pela cabeça era embriagar-me da minha própria autopiedade e desaparecer no conforto da minha cama.
Sei que parece um tanto dramático e exagerado, principalmente pra mim, que sempre desprezei os dramalhões das pessoas apaixonadas. E aí que está a ironia.
Eu tinha completa consciência de que não era nada demais, mas eu tinha raiva demais, ciúme demais e frustrações demais pra me negar sentir o que eu precisava sentir.

Fiz o caminho todo até a minha casa inquieta, querendo expulsar tudo isso de dentro de mim, eu só queria esquecer, mas tudo que eu fazia era lembrar.

As mãos entrelaçadas, o carinho e o sorriso presunçoso que pintou os lábios da mineira quando ela a tirou de perto de mim. Tudo aquilo era como um grande outdoor piscando em alta definição na minha mente inúmeras e repetidas vezes.
O grito preso na garganta foi deixado no travesseiro e na cama revirada pelo extravasar da minha irritação.  Eu me sentia melhor, a mente ainda estava atordoada e o corpo ainda anestesiado pelo álcool, mas pelo menos alguma coisa de mim eu pude libertar.

Respirei cansada tentando tomar coragem de me levantar pra tomar um banho e poder finalmente me entregar nos braços de Morfeu mas despertei da minha inércia sentindo o celular vibrar embaixo de mim.

Manu, me desculpa — Me sentei rapidamente e atendi sabendo exatamente de quem se tratava e tendo plena consciência da minha falta de educação e consideração.

       — Rafaella? O que deu em você?  Eu te procurei em todo lugar. Em um minuto você estava lá com a Titchela e no outro, desapareceu. O que houve? — Ela perguntou confusa

     ​— Amiga, eu não posso competir com aquilo. — Falei enquanto passava a mão pelo rosto sentindo a frustração me invadir mais uma vez.

    ​— Aquilo o que? Do que você está falando? — Ela parecia realmente não saber do que se tratava.

     ​— Ivy, Marcela... aquilo — Respirei fundo tentando encontrar palavras pra explicar — Simplesmente não dá.

       ​— Amiga... — ela começou em um tom quase pesaroso

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