Capítulo 11

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Olá, como vocês estão?
Espero que não estejam chateados e que me desculpem. hehe
Então...eu acho que eu já disse isso, mas talvez valha a pena reforçar.
Eu sei que as vezes eu deixo alguns detalhes de fora e não sei até onde isso pode incomodar vocês, mas... essa história é muito mais sobre o que ta rolando dentro da cabeça e do coração do que sobre as coisas que acontecem em volta e aí eu acabo deixando que alguns detalhes sejam compostos por vocês, pela imaginação de vocês.
O que eu to querendo dizer, mas me embolei toda para chegar no ponto, é que se vocês acharem que precisa de mais, me digam.
Sem mais delongas.
Espero que apreciem.
Boa leitura.❤

P.S. Desculpem a insegurança e a nota gigante, sou pisciana.😞

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         As paredes do quarto dela nunca pareceram tão próximas e o cômodo nunca havia parecido tão pequeno, era quase claustrofóbico. Talvez eu não tivesse reparado antes, ou talvez ele só estivesse refletindo o aperto do meu coração que parecia me sufocar.

         Eu parei de contar as horas em que eu passava sem conseguir dormir, eu sabia que meu corpo e minha mente estavam exaustos. Mas meus olhos eram teimosos e não se mantinham fechados. Eu queria aprecia-la, queria poder gravar em minha mente cada detalhe da mulher que eu amava.

         Coloquei uma mecha de cabelo dela atrás da orelha a observando dormir, reparei como a luz que entrava pela janela refletindo no corpo meio coberto lhe davam um ar romântico, poético, e mais uma vez senti meu coração doer pensando no quanto eu queria aquela mulher na minha vida.

         Fique forte, era o que eu tentava dizer para mim mesma como um mantra, era o que eu dizia para tentar buscar conforto em minhas palavras. Mas quem era eu para me dar conforto? Eu não merecia esse conforto. Eu me sentia fraca, impotente, frustrada e mais do que tudo, eu me sentia covarde.

        Eu não tive coragem de contar a ela o motivo da minha visita, e ela respeitando meu espaço tampouco perguntou. O que fazia com que eu me sentisse cada vez pior. Eu mal conseguia disfarçar o quanto eu estava quebrada e sem nunca questionar ela fazia cada vez mais, me cuidava cada vez mais e me amava cada vez mais.

         Eu sentia raiva de mim, a cada beijo, a cada carinho ou palavra de amor eu queria gritar para que ela parasse, queria dizer que eu não a merecia, que nosso tempo estava se esgotando e que a culpa de tudo era minha. Mas nem isso minha covardia me permitiu, então tudo que eu pude fazer, foi abraça-la sentindo o maldito nó na garganta apertar e as lágrimas rolarem sozinhas.

         O tempo havia se tornado o meu maior inimigo, cada vez mais rápido e mais cruel. Minha mente agora funcionava como um grande relógio em contagem regressiva para o fim do mundo. O fim do meu mundo.

         Vez ou outra uma mensagem do Rodolffo me alertava com uma nova ameaça e uma lembrança do que o futuro me reservava.

         "E se eu confirmar a todos aqueles boatos de que você desvia dinheiro dos seus projetos sociais? Até você conseguir provar que é mentira..."

          "Olha essas fotos da nossa missionária, tenho certeza que todos vão amar"

         Aquela como todas as outras noites foi uma noite miserável, todos os mínimos momentos de sono foram banhados com pesadelos e sonhos agitados.
         Já passava das dez quando a luz do sol incomodou meus olhos me despertando de mais um sonho conturbado. Estiquei meus braços e o vazio da ausência dela me fez levantar em alerta.

         — Bom dia. — Disse em um suspiro de alivio quando a vi sentada tranquila na sala rodeada de papeis e uma caneca com o que provavelmente seria café.

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