Capítulo 18

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Olá, como vocês estão?
Espero que estejam bem.
Desde que já não tenho mais cara para pedir desculpas, venho aqui agradecer a compreensão pelas minhas demoras e por continuarem acompanhando, comentando, votando... Sempre que eu estou com dificuldades ou desanimada para escrever eu releio os comentários e isso me motiva. Obrigada de verdade por esse carinho.

Espero que apreciem mais este capítulo.

Boa leitura.
Beijos ❤

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Abri uma garrafa de vinho e me sentei observando as coisas dela misturadas as minhas, nós estávamos realmente fazendo isso, ela realmente estaria aqui, vivendo comigo. Um sorriso bobo surgiu em meu rosto quando pensei no caminho que nos trouxe até aqui.

Eu ainda me lembro do medo que senti quando tive consciência dos meus sentimentos por ela. Me lembro de pensar que essa era a pior coisa que poderia ter me acontecido, eu tentava fugir, me esconder, me enganar, tentava de todas as formas convencer o meu coração de que a intensidade dos meus sentimentos por ela era completamente normal entre amigos próximos. Como eu era ingênua, não é mesmo?

Eu construí barreiras incansavelmente tentando me afastar do que eu sentia por ela, e ela, sem nenhum esforço derrubou uma por uma e tomou meu coração sem que eu pudesse fazer nada para impedir.

E a partir daí, eu passei a dividir minha vida em antes e depois do furacão. Porque depois dela minha vida mudou completamente.

Claro, eu estava bem sem ela. Eu tinha costume de olhar o céu e sentir o calor do sol invadir o meu peito para me aquecer, tinha o costume de organizar minha rotina e fantasiar como seriam meus os dias futuros. Antes de dormir, eu sempre olhava as estrelas e pedia a Deus e ao universo que me concedessem as coisas que eu sonhava em ter. Eu costumava viver bem e existir sem ela.

Mas então ela veio. Ela veio e me mostrou milhares de coisas que eu jamais pensei que poderia conhecer, ela me mostrou que a vida era muito mais do que apenas existir. Ela veio para preencher todos os vazios que ainda me restavam e mesmo sendo furacão ela organizou a bagunça que existia em mim.

Eu estava bem sem ela, mas com ela eu estou extraordinária.

        Agora, eu ainda tenho o costume de olhar o céu, mas o calor que aquece meu peito vem dos sorrisos que surgem nos lábios dela, agora eu organizo minha rotina pensando no momento em que eu vou chegar em casa e me aninhar nos braços dela para ouvi-la contar sobre o dia, hoje, eu ainda fantasio, mas agora faço isso sobre nossa vida juntas e antes de dormir todas as vezes que eu olho para as estrelas, tudo que eu penso em fazer é agradecer por estar com ela.

Voltei a beber e suspirei pensando na sensação de pertencimento que ela me trazia. Assim como a maioria esmagadora das pessoas, antes dela, eu enxergava o conceito de pertencimento como posse no sentindo de dominação, de poder sobre algo ou de autoridade. E desse jeito, eu pensava no pertencimento como uma forma de deixar de lado a humanidade e a singularidade do outro, como se ele fosse um simples objeto do qual você tem completa dominância.

Mas aqui, sentada observando como nossas vidas se modificaram e se encaixaram juntas, eu entendo que o pertencer que eu trago no peito é bonito, quase sagrado. É o pertencer de saber que você é amado, você pertence a alguém e esse alguém te pertence, não como objetos em posse de seus donos, mas como duas almas que estão ligadas por um laço que pode se abalar, mas que será sempre inquebrável.

E era isso que eu sentia em relação a ela, a cada beijo compartilhado, cada vez que minhas mãos se entrelaçavam as dela automaticamente, a necessidade de contato, as minhas mãos protetoras que sempre alcançavam a cintura dela e a faziam sorrir. Tudo isso era eu me tornando cada vez mais dela.

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