Capítulo 26

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Oi, como vocês estão?
Queria ter desculpas para justificar a minha demora, mas sinceramente eu não tenho.
Tudo que eu tenho a dizer é que eu simplesmente não consegui escrever.
Eu espero que vocês compreendam e não fiquem muito chateados comigo por toda essa demora.
Basicamente esse capitulo é um meio para que as coisas voltem ao seu devido lugar.

Ah eu vi que algumas pessoas ainda não foram capazes de perdoar a nossa missionaria, mas eu queria lembrá-los de algumas coisas. A primeira delas é que ela estava em um momento de extrema vulnerabilidade, a segunda é que ele a segurou, inclusive em um trecho ela diz: " embora eu continuasse negando qualquer aproximação, as mãos firmes me segurando me impediam de me mover" . Eu sei que ela pensou em ceder, mas se levarmos em conta todo o contexto da situação, podemos ver que não existiu intenção, maldade e sendo sincera nem mesmo existiu a vontade.
Ela faz a defesa da personagem delah.

Espero que vocês tenham uma boa leitura. ❤️

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O perdão não é uma coisa fácil de ser concedida, nós seres humanos carregamos no peito algum tipo de tenacidade incontrolável de deixar que sentimentos ruins ocupem parte do nosso coração. E assim como o perdão, nós podemos sentir essa sutil semelhança com a culpa.

A equidade está na forma como carregamos com a mesma obstinação os sentimentos que nos aprisionam na dor.

A visão que temos sobre o perdão é carregada de uma conotação moral, onde o gesto é visto como um grande ato de amor que nos faz superior, capaz de provocar a transformação de outrem e até de nós mesmos.

O que esquecemos é que o perdão, o verdadeiro perdão está diretamente ligado a reparação.

E a necessidade do perdão vem da quebra da confiança, uma parte preciosa de nós que oferecemos de mão beijada a outra pessoa esperando que seja cuidada.

E eu, sempre fui do tipo que estraga as coisas. Meu tamanho, minha ansiedade e minhas mãos sempre foram um meio para o desastre.  E não foi diferente conosco, assim como as pequenas coisas frágeis que me eram dadas e acabavam por descuido quebradas ou amassadas. Com ela, mesmo que eu tenha segurado e protegido nós duas com tanto cuidado, em algum momento, mesmo que sem intenção, minha tendência ao desastre se manifestou e eu acabei quebrando aquilo de mais precioso que ela havia me dado.

E agora eu estou aqui, encarando uma cama vazia onde uma brisa gelada faz meu corpo ainda quente com a lembrança dela junto a mim estremecer, me perguntando como as coisas seriam daqui para frente e como eu faria para reparar o estrago que eu tinha feito.

Inspirei fundo tentando encher os meus pulmões com um pouco de coragem para encarar a realidade fora daquele quarto. E a realidade parecia pior do que eu imaginava.

Abismo, se eu pudesse usar uma palavra para descrever o que eu vi quando a encontrei na cozinha com uma xicara de café em mãos e olhar perdido, eu usaria exatamente esta. Ela estava bem ali na minha frente e eu podia sentir o meu peito doer de saudade.

Bom dia. — Caminhei em direção a ela sem saber direito como me comportar.

Eu fiz café. — Respondeu baixo, sem me encarar.

Obrigada! Você está acordada faz muito tempo? — Perguntei tentando uma brecha para quebrar aquele clima desconfortável.

Como você vai lidar com isso? — Questionou direta se referindo a tudo que aconteceu.

Honestamente, eu não sei. — Respondi sincera e envergonhada me escondendo atrás de um gole de café. — Como você acha que eu devo agir? — Perguntei receosa.

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⏰ Última atualização: Oct 24, 2020 ⏰

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