Capítulo 3

3.9K 303 73
                                    




Olá, tudo bem?
Estava planejando postar esse capítulo mais cedo mas estava tão ansiosa com a rádio que acabei esquecendo.
Eu não sabia que estava com tanta saudade das duas juntas até ouvir as vozes delas conversando hoje tão bonitinhas.
Enfim, queria dizer três coisas.
1 -Não teve nada de enterro pra mim, na real só me deu mais material para fanficar.
2- A voz da Rafa falando Titchela poderia ser tombado como patrimônio histórico.
3- Juro que escrevi esse capítulo ontem, então qualquer semelhança é REALMENTE uma coincidência.

Sem mais delongas.
Espero que vocês apreciem e caso haja algum erro, me avisem por favor.
Boa leitura ❤

--------------------------------------------
Perdi a conta de quantas vezes tinha reescrito aquela mensagem antes de enviar. Ensaiei diversas vezes como seria uma forma segura de escrever aquele simples texto. Era ridículo pensar que eu, uma mulher adulta, independente e bem sucedida estava passando por essa situação. E isso nem é o pior.

Fazem 2 horas, 42 minutos, 37 segundos e contando que eu enviei essa mensagem e não obtive nenhuma resposta. Sim, eu contei o tempo, porque contar quantas vezes eu tinha checado o celular já estava passando dos limites do absurdo.

Eu li em algum lugar que o amor antes de matar ele humilha e não poderia concordar mais. Quer coisa mais humilhante do que olhar quinze vezes o celular em dez minutos? Ou sentir ele vibrar sabendo que todos os alertas possíveis estão em volume máximo? Não tem coisa pior.

Mas eu esperei, e acho que passei por todos os estados da espera, a animação, o nervosismo, a ansiedade e agora estava passando pela descrença. Eu já tinha conferido uma ou dez vezes se a mensagem realmente havia chegado, já tinha conferido as redes sociais e estava quase, quase aceitando que talvez eu não fosse ter um retorno, até que ele veio quando eu menos esperava.

Levei tanto susto com a resposta que deixei o celular cair e senti meu rosto esquentar envergonhando com a ideia de que a conversa aberta e os malditos tracinhos azuis entregariam que eu estava esperando ansiosa aquela resposta.

Torci pra que isso passasse despercebido e respirei fundo antes de olhar mais uma vez e realmente ler a resposta.

"MEU DEUS RAFA DESCULPA"

"Eu só vi a mensagem agora. Se você ainda quiser eu estou sempre livre pra você."

Eu senti meu coração fraquejar com aquela mensagem. Se ela soubesse o que ela me causa, se ela tivesse o mínimo de noção do que ela me faz sentir.
Fiquei nervosa imediatamente quando lembrei que eu não planejei absolutamente nada. Eu estava tão preocupada em mandar a mensagem e esperar a resposta que simplesmente deixei passar o que iria acontecer caso ela aceitasse. Ela está livre, ela quer me ver, mas o que nós iriamos fazer? Eu não sei qual o protocolo seguir, nessa situação.

Andei de um lado para o outro tentando pensar rápido em todas as possibilidades viáveis e cheguei na mais segura para o que eu queria.

"Não é vinho no tapete de Manu Gavassi, mas pode ser uma cerveja no tapete de Rafa Kalimann. A gente pode comer alguma coisa e conversar. Onde você está hospedada?" — Enviei rapidamente antes que eu pudesse me arrepender.

"Na casa da Ma." — Ela respondeu simples

Empurrei para o fundo do peito a pontada de ciúme que me invadiu e ponderei qual seria o próximo passo. Eu deveria convidar a Marcela? Era o mais educado a se fazer, mesmo que eu não estivesse com a mínima vontade de ser educada. Eu queria estar com ela, só com ela, mas nessa situação, acho eu não tinha muita escolha.

"Não é tão longe daqui, venham pra cá." — Enviei junto com a localização

"A Marcela não pode, vai sair com o sonso do Daniel. Então é só furacão pra você."

Aqui é o seu lugarOnde histórias criam vida. Descubra agora