Capítulo 14

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Hello, como vocês estão?
Hoje eu só queria dizer que eu amo todos os comentários que vocês fazem. Sério. Eu morro de amores quando vocês gostam do capítulo e morro de rir quando vocês se irritam. Esses comentários são o que me motivam a escrever. Então muito obrigada, de verdade. 
Aliás obrigada a todo mundo que acompanha e gosta do que eu escrevo. Vocês são tudo. ❤

Espero que vocês apreciem.
Boa leitura. ❤

Se tiver algum erro me avisem que eu venho arrumar.
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        Não contei os dias dessa vez, tentei não me apegar a expectativa do que iria acontecer a seguir, tive longas conversas com Deus e finalmente consegui deixar meu coração mais tranquilo. Pensei muito no que a Manu quis dizer sobre ser justa e me colocar no lugar dela e então eu entendi que a ideia de esperar tão avidamente que ela fizesse alguma coisa era um tanto equivocada, eu não podia esperar que tudo tivesse um proposito a se cumprir só porque isso atendia as minhas necessidades.

        Esse tempo desde que eu a conheci me fez mudar. Claro que essa mudança não foi fácil, rápida e muito menos indolor. Para ser sincera, essa mudança me quebrou em milhões de pedaços, me desfez de tudo aquilo que eu acreditava que era o melhor pra mim, que era importante ou que fazia sentido. E eu que tinha medo de tudo, principalmente da dor e da verdade, precisei me ver nua, frágil e insegura para entender que eu precisava mudar. Para entender que mudar é um ato de amor para si próprio e também para os outros.

        Eu de fato a amava e a queria comigo mais do que qualquer coisa que eu já quis na vida, mas eu precisava entender que se fosse para acontecer, iria acontecer. Só que dessa vez seria no tempo dela.

        Então para não me apegar a essas expectativas eu trabalhei, foquei minha atenção inteiramente ao meu trabalho, o que posso dizer que funcionou. E embora as lembranças dela ainda fossem figuras constantes dançando em minha mente, eu as abraçava com alegria.

        Eu gostava de lembrar, gostava de pensar nos momentos em que eu fui feliz ao lado dela, gostava de escutar aquela musica que ela me recomendou e que me fez ter certeza de que eu a amaria pra sempre. Como uma metáfora de mal gosto eu me sentia como um quadro em branco que ela foi preenchendo com uma aquarela de cores vivas e alegres e mesmo que eu tivesse me tornado cinza com a ausência dela, as lembranças ainda faziam minhas cores vibrarem.

        Eu estava em um sono tranquilo quando ouvi um som insistente ecoar distante em mais um dos sonhos que eu tive com ela, eu não queria acordar, mas meus sentidos ficavam cada vez mais despertos à medida que o som ficava mais alto.
Acordei irritada, mas senti a irritação desaparecer no segundo que meus olhos pousaram no nome piscando na tela. Era ela.

        — Oi Gi — Atendi sentindo meu coração acelerar.

        — Não venha com essa voz manhosa pra cima de mim, Rafaella. — A voz dela era firme e irritadiça, mas eu não pude deixar de sorrir, eu sentia muita falta daquilo.

        — Desculpa, é que eu estava morrendo de saudade de ouvir sua voz. — Mantive o tom doce e a ouvi bufar do outro lado da linha.

        — Você não pode fazer isso. — Suspirou e disse em um tom cansado.

        — O que? — Perguntei confusa.

        — Entrar e sair da minha vida a hora que você quer e bagunçar tudo. Você não tem o direito de me fazer te amar e depois ir embora. Você não tinha o direito de invadir minha vida, meus pensamentos e meu coração se sua intenção não era ficar. Você de jeito nenhum, tinha o direito de me mostrar o melhor amor do mundo e depois tira-lo de mim, como quem tira doce de uma criança. — As palavras dela eram carregadas de mágoa.

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