Capítulo 23

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Oi, como vocês estão?
Espero que estejam bem.
Acho que hoje eu não tenho muito a dizer, mas quero deixar registrado o meu agradecimento a todo mundo que tira um tempinho para ler, comentar, votar, isso me deixa muito feliz.
Espero que não continuem odiando.
Boa leitura 🤍
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Eu estava me sentindo estranhamente leve. Aquele encontro inesperado tinha sido melhor do que eu imaginava. Naquele dia, nós havíamos saído para tomar um café, ele me contou porque estava em São Paulo e desde então nós não paramos de conversar.

Era bom ter alguém que não me olhasse com pena, era bom ter alguém que conversasse comigo sem estar pisando em ovos com medo do que pudesse dizer. Na verdade, era estranhamente libertador conversar com ele e isso estava me fazendo bem.

O que posso dizer sobre os reencontros da vida? Talvez essa tenha sido a luz que me manteria forte no fim das contas. Ele era um bom amigo, divertido, carinhoso, atencioso e realmente se importava comigo.

Em meio aos meus abismos de culpa e oceanos de lágrimas ele estava lá, para ouvir cada lamento e para secar cada uma das lágrimas. Nos meus momentos difíceis, ele estava lá, com um sorriso otimista e um abraço fraterno. Depois de tantos anos, eu nunca pensei que no fim das contas, Daniel Caon se transformaria em um grande amigo.

Em alguns dias, como o de hoje ele até fazia questão de me levar e me esperar até que eu saísse do hospital. 

O que você pensa que está fazendo, quem é ele? —Manu me perguntou intrigada segurando a porta antes de entrarmos no quarto onde a Gizelly estava.

Que? — Questionei confusa sem entender ao que ela se referia.

O homem que te traz aqui todo dia e que você estava abraçando cinco minutos atrás. — Explicou irritada. 

É o Caon Manu, ele é meu amigo.  — Me virei para abrir a porta, mas ela continuava segurando.

Amigo Rafaella? — Ela entrou na frente da porta e me fez dar um passo para trás.

É Manu, meu amigo. Qual o problema? — Cruzei os braços desconfortável com o interrogatório.

É por isso que agora você sempre chega atrasada na hora das visitas?  Por causa do seu amigo? — Ela colocou as mãos na cintura e me encarou desafiadora.

O que é isso tudo Manoela? — Troquei os pés tentando disfarçar o meu desconforto.

A sua noiva está deitada em uma cama de hospital e você está de abracinho para cima e para baixo com um cara que além de ter dado em cima de você várias vezes quando você saiu do programa, ainda fez piada dizendo que era isso que dava audiência. É sério isso? — Ela levantou o rosto de um jeito imponente que apesar da minha altura me fez parecer minúscula.

Não é nada disso Manoela, ele é meu amigo. Ele se desculpou por causa desse comentário, sabe que eu estou com a Gizelly, sabe que nós vamos nos casar. Ele só está me dando um pouco de força. E quer saber? Ele está fazendo isso muito melhor que você que nem fala mais comigo direito. — Acusei sentindo meus olhos arderem. — E além disso, ele não me olha com pena como as outras pessoas, ele não me olha como se dissesse que eu preciso desistir. — Disse baixando a cabeça. 

Não é possível que você seja tão ingênua. — Ela soltou uma risada pelo nariz e ignorou minha acusação. — Você sabe bem que se isso cair em sites de fofocas vai dar um baita problema pra você, sem contar que com certeza vai magoar a Titchela quando ela acordar.

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