Capítulo 7

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Olá, tudo bem?
Desculpa a demora mais uma vez, prometo que vou tentar não demorar tanto.
Tem alguma coisa esquisita com meu aplicativo então se alguma coisa ficar fora do lugar ou errada por favor me avisem que eu venho arrumar.
Espero que apreciem a leitura.
Beijos ❤

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Quanto de saudade é possível caber em um coração? Essa pergunta martelava minha cabeça insistentemente desde o dia que ela partiu. De todas as coisas que eu pensei que perderia, a minha sanidade era o que eu menos esperava. Essa saudade batendo forte no peito estava me tirando a paz. Teoricamente, a distância não é um problema até começar a ser, mas para mim esse problema começou no dia em que ela saiu pela minha porta.

Os dias seguintes à partida dela foram quase insuportáveis, tudo era um desafio, dormir, acordar, comer, qualquer coisa que eu fazia sem ela era como sentir um buraco enorme crescendo cada vez mais no meu coração.

Eu disse que estava viciada e provavelmente agora eu estava passando pela abstinência. Eu tinha dias muito bons e dias em que a saudade parecia que ia me matar.

Nós estávamos bem, nos falávamos sempre que podíamos e sem dúvidas, nossas ligações antes de dormir eram a melhor parte do meu dia, mas eu precisava de mais.

Hoje especificamente era um desses dias em que a saudade estava me corroendo por dentro, era aquele dia em que eu recorria a Deus e perguntava incansavelmente o que fazer com tanta saudade. Fazia exatamente um mês que havíamos nos visto e nos tocado pela última vez, e a vontade de estar ao lado dela já havia ultrapassado qualquer barreira de lucidez possível.

Liguei para ela buscando acalmar a angústia que estava latejando no meu peito com essa saudade. A voz dela falando meu nome sempre me acalmava, era como aquela música boa que deixa o coração quentinho e a alma leve.

Tentei duas, quatro, seis vezes e ela não me atendeu, o que geralmente não me importava, até porque Gizelly desaparecer e esquecer que tem celular era a coisa mais normal do mundo. Mas hoje, especificamente hoje eu estava sentindo que alguma coisa não estava certa.

E realmente não estava, não me chamam de sensitiva por nada. Bastou entrar nas redes sociais para saber o motivo do sumiço.

Eu tinha costume de ficar passeando pela a timeline por horas antes de aparecer de fato e eram nessas passeadas que eu descobria tudo que me interessava e dessa vez não foi diferente. Bastaram cinco minutos até aparecerem vários tweets de uma mulher que eu honestamente não fazia ideia de quem era se gabando por estar em uma ligação com a Gizelly e a julgar pelo horário, a ligação ainda estava acontecendo.

Senti meu coração acelerar e uma raiva que eu não costumava sentir esquentar meu corpo. Massageei as têmporas tentando manter o controle. Me assustava o jeito que qualquer sentimento por ela era intensificado dentro de mim, medo, insegurança, felicidade, raiva, amor. Tudo parecia infinitamente maior quando se tratava dela. Eu sempre me orgulhei do meu controle emocional e da minha racionalidade, mas as vezes eu me perguntava se eu ainda sabia o que era razão, porque nos últimos tempos eu constantemente tenho dado voz a meu coração e indo com ele de olhos fechados.

E em um desses rompantes onde a razão deixava meu corpo e eu agia por puro impulso, eu enviei uma mensagem absurdamente infantil que provavelmente faria eu me arrepender logo em seguida. 

"Quando você terminar de falar com a sua nova amiga, eu tenho uma novidade para te contar."

Foi golpe baixo, eu sabia que a curiosidade dela falava mais alto que qualquer coisa, então não demorou mais do que dez minutos para que ela me ligasse de volta. E bingo, tinha funcionado.

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