Oi, como vocês estão?
Espero que todo mundo esteja bem e feliz pela nossa menina querida.
Ela é incrível, não é? Eu sou apaixonada pelo carinho que ela tem com a gente.
Eu nunca acompanhei alguém que fosse tão leal, atencioso e tão grato pelos fãs quanto ela é.
Acho que é por isso que eu amo tanto.
Bom, é isso.Eu pretendia postar ontem a noite, mas como estava todo mundo muito eufórico, eu achei melhor deixar para hoje.
Espero que vocês apreciem e que não me odeiem.
Boa leitura. ❤
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Durante a primeira semana, os médicos me disseram que a demora para responder não era algo com o que eu deveria preocupar, eles me explicaram que o corpo dela havia passado por um trauma muito grande e que era normal que precisasse de um tempo para recuperação.Na segunda semana, me disseram que não havia nada de errado com ela, que ela não corria mais nenhum risco de vida e que era só uma questão de tempo para que ela acordasse.
Impaciente, eu demandava prazos, previsões, respostas. Respostas que nunca me pareciam claras ou concretas. Minha urgência em saber quando ela acordaria parecia ser completamente ignorada por eles. Termos e mais termos médicos entravam e saiam pelos meus ouvidos, mas nada que me trouxesse o conforto que eu precisava, nada que me dissesse que ela voltaria para mim.
Durante a terceira semana, minha tristeza já havia se transformado em frustração. Me disseram que não havia nada mais a ser feito, que dependia dela, que ela precisava querer acordar e que o que nos restava era esperar.
Como eu deveria apenas esperar? Eu queria saber como eu poderia ajudar e o que eu precisava fazer para trazê-la de volta. Mas o fato de que nenhum dos médicos era capaz de me dar as repostas que eu precisava, só acentuava a minha frustração.
Eu sempre fui uma pessoa que gosta de agir, esperar nunca foi o meu forte. Mas embora o sentimento de derrota me acometesse todos os dias quando eu deitava em minha cama sozinha, a possibilidade de que a recuperação nunca acontecesse sequer passava pela minha cabeça. É a Gizelly no fim das contas, ela sempre foi e sempre será uma lutadora.Meus passos pelo hospital se tornaram automáticos, eu passava a maior parte do meu tempo por lá, porque voltar para casa só reforçava a angustia que a ausência dela me causava. E a pior parte, era saber que apesar do quadro clinico em que ela se encontrava, ela estava ali, ao meu alcance, como se estivesse apenas tirando um cochilo.
Todos os dias, eu me sentava em uma cadeira próxima a cama e contava a ela sobre o meu dia, as vezes até fazia perguntas, mesmo sabendo que o silencio seria a minha única reposta. Em alguns dias de sorte, eu aproveitava a distração de algumas enfermeiras para me aconchegar ao lado dela sobre a cama e implorar silenciosamente para que ela me abraçasse de volta.
Com o passar dos dias, eu podia ver o otimismo se esvaindo das pessoas próximas a nós, eu podia notar as visitas se tornando cada vez menores e os olhares cada vez mais pesarosos.
E em dias como os de hoje, onde a saudade apertava tão forte em meu peito que era difícil até para respirar, eu me deixava afundar nos meus próprios pensamentos, eu me permitia chegar ao meu lugar de escuridão. Um dos lugares mais sombrios que já tive o desprazer de visitar.
Hoje, em um dia particularmente ruim, eu voltei para uma casa completamente vazia, sem os sorrisos e piadas bobas para me fazer esquecer, sem os abraços e os beijos carinhosos que costumavam acalmar o meu coração. Tudo que me recepcionou naquela casa foi um vento frio e uma solidão cortante. Eu queria gritar, eu queria que aquela dor fosse arrancada de mim como se arranca uma enfermidade em uma sala de cirurgia. Eu não queria mais me sentir sozinha, eu não queria mais viver sem ela perto de mim.
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Aqui é o seu lugar
RomanceTodo mundo tem na vida, bem guardado no no peito um furacão que carrega o nome de alguém. Aquele que faz uma bagunça inestimável seja boa, ou ruim. O meu, ele tem o teu nome.