Capítulo 9

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Olá, tudo bem?
Antes de mais nada eu quero agradecer a todo mundo que comentou me mandando apoio. Vocês são incríveis e meu coração ficou quentinho de felicidade. Muito obrigada. ❤
Ah e eu queria explicar
Eu escrevo essa historia pensando na perspectiva da Rafaella. Eu basicamente tento escrever o que ela sente, vê e faz no momento então alguns detalhes, eu deixo para a imaginação de vocês. Não sei se funciona ou agrada mas...to tentando hehe
Se tiver algum erro por favor, me avisem.
Espero que apreciem a leitura. ❤
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Se seu coração tivesse voz, o que ele diria a seu respeito? Quais segredos ele revelaria? Como ele te entregaria?  O meu certamente falaria sobre ela.
          Ela que tinha se tornado o meu maior segredo e meu bem mais precioso. E como tudo que era precioso para mim, eu fazia o possível para manter seguro.

Eu podia dizer que era consideravelmente fácil manter em segredo um relacionamento que funcionava entre quatro paredes. Era assim que nós estávamos vivendo os últimos meses, inventando desculpas, fazendo planos e criando situações para que pudéssemos estar juntas sem que ninguém soubesse. Até eu que era uma péssima mentirosa, quando se tratava da minha família, me tornei mestre na articulação de histórias que pudessem me permitir ter o máximo de tempo possível com ela.

Mas tudo isso parecia fácil se eu não estivesse em público. Eu evitava qualquer assunto relacionado a ela. Qualquer pergunta, insinuação ou menção ao nome dela eram como uma batalha que eu precisava vencer. Minha boca dizia "não" enquanto meu coração desesperadamente esbravejava um "sim". O que fazia tudo mais difícil, porque o que minha boca negava, os meus olhos certamente entregariam.

Eu podia disfarçar tudo, noites mal dormidas, olheiras, até as marcas visíveis que ela deixava espalhadas pelo meu corpo, mas para mim era quase impossível calar o que o meu coração queria mostrar.

E era por isso que eu estava apavorada. Nós tínhamos um evento contratual com nossos ex colegas e eu definitivamente não estava preparada para fingir que não éramos um casal.
          Como eu poderia disfarçar se até do outro lado do mundo dava para escutar meu coração gritando que ninguém nunca pertenceu tanto a alguém quanto eu pertencia a ela?

E além de tudo isso, eu ainda precisava lidar com esse sentimento novo e totalmente absurdo que me consumia toda vez que pensava que ela não estava comigo porque estava hospedada na casa da Marcela.

Ela disse que seria menos suspeito, que seria o mais óbvio a se fazer, e eu sei que ela tinha razão, mas meu coração enciumado não entendia e consequentemente não me deixava em paz.

Maria Manoela que sempre me acalmava em situações como essa veio ao meu socorro quando pedi que chegássemos juntas ao evento. Ela era além de nossa cúmplice, nosso ponto de apoio em controle de crises. Como ela dizia, ela era a assessoria do nosso relacionamento e devo dizer que ela fazia um trabalho impecável.

Você está pronta? — Manu perguntou chamando minha atenção.

Sinceramente? Nem um pouco. —  Eu respirei fundo nervosa.

Pois vai ter que estar. — disse séria. — Já conversei com Titchela e ela está muito bem orientada.

Você é incrível. Não sei o que seria da gente sem você. — Eu disse sorrindo enquanto caminhávamos em direção a entrada.

Nada, né? — Ela riu. — Sem mim vocês ainda estariam fingindo que não se gostam. — Balançou a cabeça em negação. — A sorte é que eu sou um talento pra ser cupido.

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