Roi, girafinhas, né?
Como vocês estão?
Estão me odiando muito?
Aliás, com quem vocês estão mais bravos?
Rafaella vacilona Kalimann?
Daniel Carlão?
Autora que inventou tudo isso?Como sempre não posso deixar de agradecer a todo mundo que acompanha, vota e principalmente a todos aqueles que comentam. É muito bom ter um feedback do que a gente escreve, muito bom saber que a gente causa alguma coisa no leitor, mesmo que as vezes seja raiva. hehe
Enfim, amo vocês!
Espero que apreciem.
Boa leitura. ❤
---------------------------------------------
Eu não conseguia recordar o percurso que eu havia feito até o hospital ou de qualquer coisa que tenha entrado no meu caminho nesse meio tempo.Na minha cabeça eu oscilava entre a descrença de que ela havia acordado e meu desprezo pelo que havia acabado de acontecer.
— Você é uma idiota, burra, imbecil. — Eu sussurrava insistentemente esperando que aquilo pudesse trazer algum tipo de alivio para a culpa que eu estava sentindo, mas a realidade é que me fazia sentir cada vez pior.
Os meus pés não se moviam rápido o suficiente para acompanhar a minha urgência e nem mesmo o meu raciocínio. Eu estava tão nervosa que mal conseguia acompanhar o que meus olhos enxergavam.
Ao passar pela recepção e caminhar em direção ao quarto dela eu podia ouvir algumas vozes ecoando a minha volta, mas nenhuma importante o suficiente para me fazer parar.
Eu podia ver a porta do quarto no fim do corredor e impaciente com a lentidão do meus próprios passos, meu corpo se deslocou com a intenção de correr, mas antes que eu pudesse alcançar o ritmo, eu senti pequenas mãos se chocarem contra o meu corpo me fazendo recuar.
— Onde você estava? — As mãos me empurraram mais uma vez, me tirando do cerne da minha urgência para chegar ao quarto. — Ela acordou sozinha! — Ainda sem entender o que estava acontecendo, a primeira coisa que eu realmente enxerguei foi uma Manoela me encarando com os olhos vermelhos e cheios de irritação. — Ela acordou com medo, sozinha e VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ. — A ouvi gritar e me assustei, eu nunca a havia visto tão irritada e transtornada.
— Manu...— Eu não sabia o que dizer e mal conseguia sustentar o meu olhar enquanto falava com ela.
— Eu não acredito Rafaella. — Ela me encarou com aquele mesmo olhar de decepção e eu a odiei por me conhecer tão bem.
— Eu não fiz nada. — Justifiquei tentando convencer mais a mim mesma do que a ela de que realmente nada havia acontecido.
— Você fez e eu posso ver na sua cara o quão culpada você parece. — Ela riu incrédula apontando o dedo em minha direção e eu baixei os olhos envergonhada. — INFERNO RAFAELLA. — Me empurrou mais uma vez. — Como você teve coragem de fazer isso com ela? — Perguntou decepcionada. — Os médicos disseram que ela era um milagre por ter acordado tão bem e consciente. — Ela andava de um lado para o outro como um leão enjaulado. — E sabe a primeira coisa que ela fez quando acordou? Foi chamar por você! Você sabia que foi preciso três enfermeiros para conseguir acalma-la porque ela simplesmente queria se levantar e procurar por você? Ela não queria fazer a merda dos exames que precisavam porque ela queria esperar você aparecer, Rafaella. Você não viu os olhos dela esperançosos a cada pessoa que cruzava a porta do quarto e ela achava que era você. Ela precisava de você e VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI. — Ela parou de andar e me encarou batendo com a ponta dos dedos em meu peito enquanto tentava limpar as lágrimas com a outra mão.
O peso daquelas palavras romperam meus ouvidos pesadas e sólidas, me atingindo como se eu estivesse colidindo com um muro de concreto. Com a mão em meu diafragma eu senti todo o ar dos meus pulmões serem drenados. Um súbito mal estar me fez sentir as pernas fraquejarem e meu estômago revirar inquieto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aqui é o seu lugar
RomanceTodo mundo tem na vida, bem guardado no no peito um furacão que carrega o nome de alguém. Aquele que faz uma bagunça inestimável seja boa, ou ruim. O meu, ele tem o teu nome.