Capítulo 24

1.7K 188 94
                                    

Roi, girafinhas, né?
Como vocês estão?
Estão me odiando muito?
Aliás, com quem vocês estão mais bravos?
Rafaella vacilona Kalimann?
Daniel Carlão?
Autora que inventou tudo isso?

Como sempre não posso deixar de agradecer a todo mundo que acompanha, vota e principalmente a todos aqueles que comentam. É muito bom ter um feedback do que a gente escreve, muito bom saber que a gente causa alguma coisa no leitor, mesmo que as vezes seja raiva. hehe

Enfim, amo vocês!
Espero que apreciem.
Boa leitura. ❤
---------------------------------------------
Eu não conseguia recordar o percurso que eu havia feito até o hospital ou de qualquer coisa que tenha entrado no meu caminho nesse meio tempo.

Na minha cabeça eu oscilava entre a descrença de que ela havia acordado e meu desprezo pelo que havia acabado de acontecer.

Você é uma idiota, burra, imbecil. — Eu sussurrava insistentemente esperando que aquilo pudesse trazer algum tipo de alivio para a culpa que eu estava sentindo, mas a realidade é que me fazia sentir cada vez pior.

Os meus pés não se moviam rápido o suficiente para acompanhar a minha urgência e nem mesmo o meu raciocínio. Eu estava tão nervosa que mal conseguia acompanhar o que meus olhos enxergavam.

Ao passar pela recepção e caminhar em direção ao quarto dela eu podia ouvir algumas vozes ecoando a minha volta, mas nenhuma importante o suficiente para me fazer parar.

Eu podia ver a porta do quarto no fim do corredor e impaciente com a lentidão do meus próprios passos, meu corpo se deslocou com a intenção de correr, mas antes que eu pudesse alcançar o ritmo, eu senti pequenas mãos se chocarem contra o meu corpo me fazendo recuar.

Onde você estava? — As mãos me empurraram mais uma vez, me tirando do cerne da minha urgência para chegar ao quarto. — Ela acordou sozinha! — Ainda sem entender o que estava acontecendo, a primeira coisa que eu realmente enxerguei foi uma Manoela me encarando com os olhos vermelhos e cheios de irritação. — Ela acordou com medo, sozinha e VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ. — A ouvi gritar e me assustei, eu nunca a havia visto tão irritada e transtornada.

Manu...— Eu não sabia o que dizer e mal conseguia sustentar o meu olhar enquanto falava com ela.

Eu não acredito Rafaella. — Ela me encarou com aquele mesmo olhar de decepção e eu a odiei por me conhecer tão bem.

Eu não fiz nada. — Justifiquei tentando convencer mais a mim mesma do que a ela de que realmente nada havia acontecido.

Você fez e eu posso ver na sua cara o quão culpada você parece. — Ela riu incrédula apontando o dedo em minha direção e eu baixei os olhos envergonhada. — INFERNO RAFAELLA. — Me empurrou mais uma vez. — Como você teve coragem de fazer isso com ela? — Perguntou decepcionada. — Os médicos disseram que ela era um milagre por ter acordado tão bem e consciente. — Ela andava de um lado para o outro como um leão enjaulado. — E sabe a primeira coisa que ela fez quando acordou?  Foi chamar por você! Você sabia que foi preciso três enfermeiros para conseguir acalma-la porque ela simplesmente queria se levantar e procurar por você? Ela não queria fazer a merda dos exames que precisavam porque ela queria esperar você aparecer, Rafaella. Você não viu os olhos dela esperançosos a cada pessoa que cruzava a porta do quarto e ela achava que era você. Ela precisava de você e VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI.  — Ela parou de andar e me encarou batendo com a ponta dos dedos em meu peito enquanto tentava limpar as lágrimas com a outra mão. 

O peso daquelas palavras romperam meus ouvidos pesadas e sólidas, me atingindo como se eu estivesse colidindo com um muro de concreto. Com a mão em meu diafragma eu senti todo o ar dos meus pulmões serem drenados. Um súbito mal estar me fez sentir as pernas fraquejarem e meu estômago revirar inquieto.

Aqui é o seu lugarOnde histórias criam vida. Descubra agora