Theff - Fire - Livro 1 (Em Revisão)

Capítulo 3 - Fogo Azul

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A chuva caía aos poucos pelo local. Pegaram seus guardas-chuvas e seguiram em direção ao carro que estava de frente o castelo. O motorista os aguardava.

- Primeiro as damas. - Storm dizia.

Em resposta ela revirou os olhos e entrou dentro do carro. Ele entrou logo após. Ambos mantiveram uma certa distância um do outro, no banco traseiro, como era de costume.

Pegando um jornal que estava na lateral do carro, ele começou a ler e cruzar as pernas.

- Me diz uma coisa... - Perguntou quebrando o silêncio. - Onde encontrou o garoto?

- Por que quer saber?

- Todos querem saber, Thunder. Essa é a notícia do momento.

- Como se você não gostasse de uma fofoca... - Quando virou o rosto para vê-lo, ele estava sem a máscara. Era uma surpresa ver seu rosto, já que sempre usavam suas máscaras. A sua cicatriz se destacava. E seus cabelos constantemente caíam no rosto.

- Vai me dizer ou não? Está me olhando a uma meia hora.

- Pensei que as cicatrizes sumissem...

Ele respirou fundo e disse:

- Ela está sempre aqui para me lembrar de quem sou. Não é como se eu tivesse escolha, então se pudermos falar de outra coisa...

- Eu conheci o garoto a 3 meses. E diferente de todos os outros possíveis híbridos, ele é realmente um. Fogo e ar e... O mais impressionante, é que seu fogo é azul. - Ela ergueu a manga de sua blusa.

- Caramba!. Ele quase fritou seu braço. Mas... Você disse que ele não tinha manifestado seu poder, ainda.

- Se eu dissesse a verdade, outro soldado faria meu trabalho e só pioraria as coisas.

- Então o que realmente aconteceu?

- É o que vou dizer...

(3 meses atrás)

- Quero que continuem suas buscas. Principalmente naquelas ilhas.

- Mas... Majestade, isso não seria perigoso? - Um deles pergunta.

- Creio que foi pra isso que se tornaram soldados, certo?

Todos engoliram a seco aquela resposta.

- As ilhas do Norte deixo com você Jornan. As do Sul com você Storm. As do Leste com Frederic e as do Oeste... Com você Thunder. Boa sorte e tenham muito cuidado.

- Sim, Majestade!. - Todos disseram se retirando.

Antes de ir para sua missão, Thunder passou pela sala de equipamentos, recém reformada.

- Minha nossa...

Eram tantas coisas que a deixavam zonza. Uma grande sala de 3 andares.

- Merda... Onde será que...

Automaticamente teve uma ideia. Olhou para os lados, se certificando que não havia ninguém. E usou sua sétima forma (a preferida); como um verdadeiro trovão vasculhou a sala, pegando rapidamente os itens necessários.

- Bom... Acho que estou pronta. - E assim seguiu até seu objetivo. Um momento que mudaria totalmente sua vida. Aquele garoto.

(Presente)

- Eu o observei durante uma semana, mas não havia usado nenhum elemento. Estava pensando em ir embora, mas a minha intuição não falha então...

- Voltou até lá.

- Exatamente. Vasculhei sua casa quando saiu, mas o garoto era esperto. Havia colocado farinha no chão para ver os rastros.

Os dois riram juntos.

- Então o que fez?

- Deixei. Queria ver do que ele era capaz. Voltei na manhã seguinte. Entrevistei a mãe. Mas ela foi muito rude. O que me levava a pensar que algo ela escondia, então a ameacei.

Naquele dia, Thunder jogou a mulher na parede e a questionou várias coisas.

- Quem é o híbrido daqui?

- Não sei... O que está dizendo.

- Sabe que o que está fazendo é ilegal, não é? Onde ele está?

- E-eu... realmente...

- Mamãe!. - O garoto gritou assustado.

- Fuja... - Ela ordenou.

- Então é ele. - Peguei o garoto e o levei para fora. - O encontrei. - Liguei o aparelho de voz.

- Me solte!. - Ele gritava.

- Se eu fosse você ficaria bem quietinho. Agora... - Peguei injeção no bolso. - Isso vai doer a beça.

Os outros soldados chegaram e apreenderam a mulher.

- Mãe!.

O joguei no chão. Segurando seus braços para trás. Quando fui aplicar a injeção uma coisa sinistra queimava um dos meus braços. Soltei-o automaticamente.

Ele se levantou e assim como eu... Estava muito assustado.

- O que foi isso? - Eu segurei meu braço tentando conter a dor.

- Eu não sei. O que fez comigo!?

- Eu não fiz nada. - Admiti.

Em um ataque de fúria ele vinha em minha direção. Mal podendo mover meu braço, apliquei a injeção eu seu pescoço.

- Eu sinto muito garoto. O seu conto de fadas... Acaba hoje.

(Presente)

- Depois fizemos várias pesquisas, durante meses. E foi comprovado que ele é realmente um de nós.

- E agora o Rei quer ele?

- Mais um.

Quando vi pela janela, o carro já havia parado.

- Vamos...

Entramos naquele enorme prédio. Os leilões sempre aconteciam aqui, mas acabaram por um tempo, desde o incêndio. Depois, tentaram reconstruí-lo, mas ficou completamente diferente do que era antes. Muito maior e... Sombrio.

- Os ingressos por favor. - O funcionário pedia.

- Não viemos assistir. Somos compradores.

Ele deu uma bela gargalhada.

- É mesmo?

Eles abaixaram as capas e o homem se assustou.

- T-tudo bem... Podem entrar. Apenas deixem as máscaras aqui.

- Continuaremos com as capas, pelo menos.

Ele concordou e eles seguiram seu caminho.

- Aqui está lotado... Nunca esteve tanto assim.

- Ali!. - Ela indicou. - Nossos assentos.

Assim, se assentaram e olharam ao seu redor.

- Já vai começar. - Storm disse olhando seu relógio.

- Merda, merda.

- O que foi?

- Olha lá. Não é o velho, quer dizer... É outro velho. Colocaram outro juiz.

- E daí?

- Isso significa que nós estamos bem ferrados. Enquanto o antigo era pago pelo Rei, este... Eu nunca vi na vida.

- Então...

- Então qualquer um pode comprar o garoto. Qualquer um que tiver mais do que esta maleta.

- Se acalma... Temos de ter sorte.

Ela riu nervosa.

- E isso eu não tenho há muito tempo...

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