Capítulo 24 - Conceitos Básicos

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As primeiras coisas que realmente aprendemos sobre este mundo são suas oligarquias. É como se diz o velho ditado; Manda quem pode e... Obedece quem têm juízo.

" Toom" - Bateu a porta do carro.

- Precisa mesmo dar uma de estressadinho, logo agora? - Thunder reclamava.

- Eu odeio... - Olhou em seus olhos. - Quando não me avisam de algum compromisso antes. Não tenho todo tempo do mundo. - Storm dizia indignado.

- Você é um híbrido, não um cafetão. Não adianta querer levar uma vida que não pode...

Mas pararam bruscamente a conversa, quando viram onde estavam. Um dos castelos. Um dos piores lugares para eles. Foi aqui onde eles foram treinados e preparados para serem usados como armas. É como uma base central para controlar os híbridos restantes. Seu nome é...

- Castelo 6.

- Rastreamento e carnificina. É um ótimo lugar pra passar as férias. - Se entreolharam.

- Isso não é um bom sinal. - Storm alertou.

- Não mesmo. - Continuaram a andar.

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(Enquanto isso... Na escola...)

Sua semana continuou tranquila; era o que pensava. Seus professores eram extremamente dotados, mas o que realmente o impressionava eram aquelas palavras. Como palavras podem causar tantas consequências; sejam boas ou ruins. Expressadas por diferentes pessoas e em diferentes situações. Seria por causa disso que Zoe estava chateada?

- Bom... Não preciso exemplificar muito, pois é meio impossível terem passado pelo primeiro teste e não saberem ao menos as regiões geográficas. - Apertou um botão no quadro. - Mas vou relembrar. - Faremos excursões futuramente, então é bom que saibam os conceitos básicos. Nação do Fogo ao Sul, Nação do Vento ao Leste, Nação da Água ao Norte e... Nação da Terra ao Oeste. - Indicou com os dedos. - Sua organização política é simples...

- Odeio geografia... - Jack bocejava.

- E que matéria que você gosta? - Riu. - Dorme em todas as aulas... - Blaze concluiu.

- Antigamente eram chamados de continentes e existiam 6. Mais houveram mudanças... - Passou as fotos. - As geleiras chegaram a derreter tanto... Que afundaram um continente. Hoje conhecido como País da Água. Era chamado de Antártida e o restante da América do Norte passou a fazer parte como um só, já que perderam suas terras. - O professor tinha uma mania esquisita de sempre mexer nos óculos. - Passando ao seguinte...

- Eu quero morrer... - Escorregava pela carteira.

- Continente Africano, que com os constantes terremotos e demais fatores ambientais, fez com que o próprio mudasse de localização. Hoje é o País do Fogo. E os demais, Nação da Terra e do Vento que são vizinhos. Eram chamados de Europa e Ásia. Oceania se juntou aos outros. Com essa mudança constante de localização, terras foram perdidas, chamadas de Ilhas. Dizem que existem animais perigosos por lá, mas é trabalho dos cavaleiros reais fazerem alguma coisa... - Parecia que ele levava pro lado pessoal. - E temos a capital, parte Sul e Central da antiga América.

O sinal ecoou pela escola.

- Que pena... - Jack dizia debochado. - Estava tão entretido... - Seguia para as portas.

- Isso foi uma ironia? - Blaze o segue.

- Não... É claro que não...

Blaze sempre andava distraído. Ainda tinha que se acostumar com sua nova vida. Cheia de regalias, mas muitas vezes, cheia de restrições. Seus sentimentos eram contraditórios. Ele estava se adaptando a este novo mundo, mas sabia que seu lugar não era ali.

- Ei!

Acabou esbarrando em alguém.

- Me desculpa... - Olhou em seu rosto. Thomas.

- Não vem com essa... - O empurrou com uma mão nos armários.

- Thomas, para com isso! - Jack interferiu. - Vamos te deixar em paz. Por favor solta ele. - Encostou em seu braço.

Ele retribuiu o olhar com desprezo.

- Não toca em mim. - Afastou-se dos dois. - Se eu ao menos cruzar com vocês, saibam que não vou hesitar...

- Nós já entendemos. - Blaze se recompôs. - Vamos embora. - Continuou andando com Jack. - Ufa... Achei que ficaria em picadinho.

- Ele deixou pra próxima. Deve estar de bom humor.

- Ele é sempre assim?

- Quer mesmo que eu conte essa história? Eu odeio perder meu tempo com isso.

Encontraram com James e Joe na entrada na cantina. O lugar fedia a queijo podre.

- Hoje têm nachos... - Sentiu o cheiro e se alegrou.

- Comemos isso semana passada... - Se olharam duvidosos.

- Prefiro não lembrar.

- Eita sô! - James encostou no ombro dele. - Encontramos "ô ceis"

- Eu vi que se encontraram com Thomas. - Joe disse rapidamente.

- Infelizmente sim...

- Alguém pode me explicar qual o problema dele?

- O cara é assim porque se acha o rei da cocada. Sempre metido em brigas. Para ele o que mais importa é demarcar território. - Ele disse com sotaque. - Ou tem sérios problemas...

- Basicamente... - Jack pegou a bandeja e acompanhou os demais até mesa. - Só continua nesta escola, porque seu pai paga todas as multas recebidas.

- Multas? - Blaze pergunta com um nacho nas mãos.

- Chamamos de aviso. Qualquer tipo de problema com o aluno, seja de notas ou comportamento...

- Com 3 destas você é expulso. - James o interrompeu - Thomas já repetiu de ano 5 vezes.

- E eu 4. - Jack disse.

- Mas e ocê? - Perguntou o caipira. - Tá bem depois do gelo que levou? - Riu quase se engasgando com a bebida.

- Não foi um fora. - Respondeu secamente. - Somos só amigos.

- Sei... - Olhou sugestivo. - Ela sempre é assim?

- Não! Ela... Tá diferente...

- Não está confundindo os bois?

- O quê? - Perguntaram sem entender.

- Não é outra pessoa? - Joe traduziu. - Talvez tenham outras Zoes na escola.

- Se existem outras eu não sei... mas eu tenho certeza. É a Zoe que conheci. Só que... Mais distante.

Continuaram se questionando o que seria. Isso ia desde um mal entendido a um problema pessoal.

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Seus passos eram monótonos. Aquele lugar dava calafrios. Voltar ao mesmo local onde sofreram tanto, era como pedir sua morte.

Antes de entrarem foram identificados e um guarda os avisou:

- Precisam ir logo. Parece ser algo urgente. É raro ver o rei tão desconcentrado.

- Certo! - Concordaram.

- Tem uma ideia do que possa ser?

- Prefiro nem pensar.

O corredor era como um loop sem fim. A cada porta que se abria, olhares acusadores saíam de lá.

- Cientistas... - Storm murmurava.

- É por alí... - Ela indicou.

Com os olhos turvos continuaram caminhando. Chegando a porta, bateram antes de entrar. Sem resposta, decidiram abrir.

- O quê...? - Se assustaram com aquilo. Seus sentidos diziam que era uma emboscada, mas não sabiam realmente o que os aguardava.

- O que está acontecendo? - Thunder pergunta impaciente.

- É isso que estamos tentando descobrir...

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Theff - Fire - Livro 1 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora