Theff - Fire - Livro 1 (Em Revisão)

Capítulo 29 - Realidade

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Há momentos em que nos encontramos prestes a explodir. Situações tão bizarras que pensamos simplesmente em fugir. Mas naquele momento, Blaze tentava se concentrar em sua própria respiração. Ele sabia que se causasse uma intriga seria expulso. Não adiantaria dizer que ele não foi o culpado. Ele sabia.

- Zoe... - Ele dizia. - Não deixe que Jack...

- Não. - Olhou friamente pra ele. - Meu irmão merece uma boa surra.

Já era tarde. Os alunos que estavam dispersos na sala, se amonturam para vê-los, mantendo uma distância suficiente para não serem atingidos. Eles gritavam e se agitavam para demostrar seu apoio ao conflito. Apostavam em Jack e Thomas.

- Jack! Jack! - James e seus amigos gritavam.

- Thomas! - Os outros diziam.

- É isso quer Jack? - O loiro sorriu implicante. - Ser expulso?

- Posso ser, mas antes quero ter certeza que quebrei sua cara! - Se aproximou em um soco e começaram a brigar.

Primeiramente brigavam com golpes simples. Depois começaram a usar seus poderes. Ambos estavam ofegantes.

- Foice dos vendavais! - O garoto gritou. Seus cabelos subiam e desciam em um toque frenético. Suas mãos abertas se aproximavam de Thomas.

A sala inteira virou uma zona. Mesa e cadeiras quebradas, a parede rachada. Visto a gravidade do problema, resolveram chamar a direção.

- Não adianta. - Um supervisor dizia. - Eles têm que se resolver. Se não... As coisas podem piorar.

Meio contraditório, ele foi em busca do diretor.

- Senhor! - Abriu rapidamente, sem bater na porta.

- O que foi? - Perguntou com um maço de cigarros entre os dedos.

- O híbrido. - Foi o que conseguiu dizer.

O diretor, rapidamente correu até as escadas. Seguindo para a cantina.

Blaze que decidiu intervir, antes que Thomas revidasse, segurou seu punho. Ou melhor dizendo... Praticamente o queimou.

- Seu...!

- Parem com isso imediatamente!

Ele andou para trás se recompondo.

- Foi ele! - Thomas apontou. - Foi Blaze.

- Obrigado aluno, mas não pedi sua opinião. Vi tudo pelas câmeras de segurança. - Parou de frente a multidão. - Zoe, Jack e Blaze pra enfermaria. E você Rose... Pra minha sala.

A garota ficou igual um pimentão. Todos os olhares da sala se direcionaram para ela.

- M-mas porque eu?

Pegou o celular de suas mãos.

- Isso... É um grande problema pra nossa escola. Uma live... Quantas pessoas viram isso? - Olhou novamente. - Quantas pessoas?

- Eu não sei! Eu juro... Só... Gravei.

- E eu diretor? Acha mesmo que tudo isso foi justo? E a divertencia deles?

- Você Thomas... Vai pra casa.

Ele sorriu em resposta.

- Eu sabia que...

- E nunca mais pise nesta escola.

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- Jack, Blaze, Zoe e Rose. - Olhou para eles. - São seus nomes, certo? - Apenas concordaram.

Estavam reunidos na sala de detenção. Era uma biblioteca, bem antiga aparentemente, já que não usavam mais livros e sim tablets e hologramas.

Rose, uma garota ruiva. Usava tranças e era extremamente tímida. É uma menina doce, porém muito orgulhosa. Odiava admitir que estava errada. Continuava com os olhos para baixo. Suas mãos entrelaçadas tremiam.

Era quase impossível desviar do olhar impassível do diretor. Ele estava espumando.

- Vocês têm idéia do que fizeram? - Suspirou.

- Destruímos o colégio... - Blaze sussurrou para si mesmo.

- Destruíram o colégio. - Reafirmou. - Brigaram como selvagens em uma escola de elite. E ainda por cima gravaram tudo isso! - Socou sua mesa. - Eu... Nem sei o que dizer. Minha vontade era expulsar todos vocês pelo estrago que fizeram. Mas... Darei uma suspensão.

Ouviram Jack suspirar de alívio.

- Trabalhos comunitários, ajudarão os funcionários no que precisaram na escola. Na cozinha, nos banheiros, quartos...

- O quê? - Rose reclamou.

- Perderão o direito de jogar os jogos, por isso perderão muitos pontos. Duvido que conseguirão passar de ano.

- O quê? - Blaze gritou desta vez.

- Suspensão indefinida, o que significa que farão o que eu mandar até quando eu quiser.

- Não... - Jack se rencostou.

- E a advertência é claro. Mas uma desta e serão expulsos de vez. - Se levantou saindo da sala. - Tenham uma boa tarde. E é claro... É melhor que tenham uma boa convivência. Passarão uma boa parte do tempo... Juntos aqui. - Fechou a porta com força.

Eles se olharam apreensivos. Aquilo era pior que uma suspensão.

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Quando chegou no sábado, Storm foi buscar Blaze.

Buzinando freneticamente, fez com que o garoto entrasse irritado no carro.

- Que cara feia é essa? - Perguntou olhando pelo retrovisor.

- Não é da sua conta.

- O que você fez Blaze? - Dessa vez, virou e olhou para ele, antes de ligar o carro.

- Ganhei uma advertência.

- O quê? - Storm ligou o carro. - Quer dizer... Porquê?

- Eu não quero falar sobre isso...

Storm observou marcas pelo rosto do garoto.

- Apanhou, não foi?

Suspirou.

- Foi Thomas. Ele não aceitou perder os jogos. E outras coisas...

- Blaze, preciso te contar uma coisa.

- Hum...?

Um silêncio se estabeleceu. Storm estava indeciso, se contaria ou não.

- Thomas é meu irmão. E Zoe também.

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