Lucy Vives

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Vamos de maratona?
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1/4

A Fazenda do meu pai nunca esteve tão bonita. O tão aguardado dia havia chegado, e Renato tremia de ansiedade enquanto eu ajeitava seu terno. Estávamos sozinhos, no quarto em que eu dividia com Bru. Falando nela, ela estava com Martha agora, a arrumando.

- Estou bem? - Papai pergunta, ajeitando a gravata borboleta.

- Excelente, pai. Eu casaria novamente com o senhor hoje. - Brinco, e ele gargalha. Hoje, na festa do aniversário de casamento do meu pai e minha madrasta, eu sentia uma aura de amor me envolver. Eu só quero estar abraçada a Brunna e lhe dizer o quão importante ela é pra mim.

- Estou feliz porque está aqui, Lud. Desde que você foi pra Los Angeles eu sinto muito a sua falta. - Eu entendo, Renato. A saudade que eu sinto daqui e de Louisville é enorme. Minha vida mudou drasticamente desde que fui pra L.A, a Ludmilla nerd assustada e de baixa autoestima não existe mais. Eu sou uma nova Ludmilla.

- Também sinto falta daqui pai. Mais meu lugar agora é em L.A.

- Por causa da Brunna, né? - Suspiro ao ouvir o nome da minha garota. - Ludmilla, querida, qualquer um que olha pra você vê o quão importante essa garota é.

Abaixo a cabeça e me afasto. Brunna disse que me ama e nós estamos bem, mas não posso deixar de me preocupar com aquele maldito contrato. Ou saber lidar com o peso da culpa, por causa de Patrícia. Eu me dividia internamente se devia contar a Brunna ou não. Confiança é a base de qualquer relacionamento. Não só o amor. Quero ser fiel a ela, quero cuidar dela, ter ela só pra mim, e sem segredos. Da parte das duas.

- Olha, escute o seu pai. - Renato anda até mim, pegando meu rosto e levantando até o encontro de seu olhar. - Se você a ama, se você quer estar com ela 25 horas por dia, se seu único pensamento é ela. Você merece ser amada por alguém.

- Eu a amo mais que tudo nessa vida. - Suspiro, sentindo lágrimas salpicarem meu rosto. A dor da culpa estava me consumindo. Eu não queria perder Brunna, mas não queria mentir.

- Então pegue a sua garota. - Meu pai seca as lágrimas do meu rosto, beijando minha bochecha.

- Vamos? - Pego na mão e saímos do quarto. A casa estava bem cheia, vários conhecidos meus nos cumprimentam, todos vestidos com ternos. Aqui no Kentucky todo mundo era formal. Eu estava usando calças pretas de linho, uma camisa branca, com uma gravata vermelha, colete e blazer. Meus cabelos escorriam pelas minhas costas. Boa parte das pessoas quando me viam, sem os óculos, não me reconheciam inicialmente. Ouvi vários elogios acerca de minha nova aparência.

- Está bonita, magrela. - Dou um tapa em Alex, que estava escorada em um canto, bebendo suco. Meu pai foi cumprimentar outras pessoas.

- Você também, Yakut. - Ela pisca e me escoro junto dela.

- Por que Martha e Brunna estão demorando tanto? Não é como se fosse o casamento deles de novo. É só uma festa. - Resmungo, sentindo falta de ter o corpo quente de Brunna comigo.

- Isso são mulheres, Lud... Nem todas são sapatão rei que nem você. - Dou um tapa estalado em Alex, que ri igual uma hiena. Logo seus olhos são tampados por Vero, que sorri, sem dizer que é.

- Nem adianta fazer essa brincadeira comigo Veronica, eu sempre vou saber que é você. -Alex tira os dedos de Vero do seu rosto, e se vira, dando um longo beijo na morena.

- Você é uma sem graça, Slater. - Vero resmunga, após soltar os lábios de Alex, entrelaçando as suas mãos. Às duas eram um casal fofo e maluco, e torço para felicidade delas. Ficamos escoradas naquele canto, eu bebo refrigerante e as garotas bebem cerveja. Fico ansiosa com a demora de Brunna, chegando até pensar que ela desistiu de mim. Todos aqueles pensamentos somem quando ela aparece na minha frente.

Hands To Myself - BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora