Contrato

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Último de hj rs

Acordo com tapas em meu rosto. Abro os olhos devagar, vendo uma Daiane com cara de riso. - Bom dia, Dai. - Resmungo.

- Bom dia, presidiária. - Bufo com seu deboche.

- Eu não sou presidiária. Fiquei presa por algumas horas e fui solta. Se liga, Daiane! - Jogo um travesseiro na cara dela, e a idiota ri mais ainda.

- Olha Ludmilla, pelo menos uma coisa de adulto você fez. Foi presa, já que você não transa.

- Eu transo sim! - Grito, me levantando da cama.

- Com certeza. Com muita frequência, né? As vezes nem parece que você tem um pau. É delicada demais.

- Olha projeto de puta, eu transo sim, mas por acaso não tenho uma namorada sabe, pra fazer isso todo dia. Agora sai do meu quarto!

Daiane sai do quarto rindo, me deixando brava e com vergonha. Eu odeio quando ela fala assim da minha vida sexual. Não é como se tivesse milhões de mulheres atrás de mim. Minha aparência nerd não ajuda muito e ter um pênis piora. Olho no relógio e vejo que são 11 horas. Decido ligar para Brunna, pra saber logo o que ela quer comigo.

Disco o número e fico ansiosa ao ouvir tocar. Logo atende. - Brunna Gonçalves. - A voz dela é ainda mais maravilhosa pelo telefone

- Hum. Brunna, é a Ludmilla Oliveira.

- Ahh, Ludmilla! Como vai? Dormiu bem?

- Hum, sim, obrigado, E você?

- Maravilhosamente bem. A que horas podemos nos encontrar? - Ela é direta, nossa.

- Bom, eu estou livre agora, se você quiser...

- Ótimo! - Ela fala rápido. - Me encontre na minha casa às 12:30. Creio que você já saiba o endereço, até mais!

E desliga, me deixando tonta. Ela era bem direta. O que raios ela queria comigo?
Olho para meu quadro de fotos onde havia várias dela. Brunna em Lost Stars, Brunna em premiações, um foco no sorriso dela... Sacudo a cabeça e decido me arrumar. Tomo um relaxante banho e me sinto em dúvida sobre qual roupa devo usar. Pego um jeans preto e uma camisa xadrez, com Ali Starts velhos e meu óculos. Saio do quarto e encontro Daiane de calça legue e top de corrida, tomando um suco.

- Vai sair? - ela pergunta, me observando

- Vou. Mas antes que você pergunte pra onde, eu digo que não é da sua conta.

Ela revira os olhos. - Como se você fosse muito importante. - Rio com sua declaração.

- Eu sei que sou, Daiane. Você me ama, só não admite.

- A única pessoa que eu amo nessa casa é a Fernanda.

- Você só a ama porque ela deixa você comer ela. Nada mais.

Dou risada e Daiane tenta me esmurrar. Pego um copo de café e beberico, observando Daiane se alongar. Apesar de ser uma pessoa insuportável, eu tinha que admitir que Daiane tinha um corpo incrível. Ela malhava pra caramba, e tinha todos os músculos bem tonificados.

- Já vou tá. - Digo ao ver que faltava 5 minutos pro meio dia.

- Tchau!

- Pode me emprestar seu carro, Daiane? O Jerry ainda tá na casa da Brunna.

- Claro. Quando vai lá buscar ele?

- Hum, talvez hoje.

E saio rápido antes que ela pergunte algo. O Prius de Daiane era mais rápido que o Jerry, e quando faltava 5 minutos para o combinado com Brunna eu chego. Vejo Jerry parado lá, do jeito em que eu deixei. Aperto a campainha e tento controlar os nervos.

- Olá, Ludmilla. - Uma Brunna simpática diz. Ela estava com jeans também, usando uma camisa azul fina de algodão. Percebo que ela não usa sutiã, e consigo ver um pouco de seus seios. Desvio o olhar.

- Oi.

- Entra, por favor. Acho que você já conhece a casa. - Confirmo com a cabeça, e vejo que há muitos papéis em cima de uma escrivaninha.

- Vamos almoçar agora, Ludmilla. - Ela diz andando na minha frente, se sentando. Brunna faz um gesto com a mão e um homem vestido de terno entra trazendo uma garrafa de vinho. - Pode fazer o almoço, Kyle. - O homem confirma e sai da sala. Me sinto em uma cadeira próxima a ela, tendo seu olhar em mim. Ela me entrega uma taça e despeja vinho.

- Por que me chamou aqui? - Falo finalmente, após tomar um gole da bebida.

- Você invadiu a minha casa. Eu fiquei bem brava com você ontem a noite, não acreditava que você tinha a audácia de fazer isso. Pensei por um bom tempo, até que me ocorreu uma coisa. Você foi extremamente audaciosa e isso me interessou. Poucas pessoas tem coragem de me desafiar ou fazer algo contra mim, mas você fez. E tenho que admitir que isso foi excitante. - Franzo as sobrancelhas com o que ela disse. Excitante?

- O que está querendo dizer?

- Estou querendo dizer que quero que você faça algo pra mim. Algo pra me recompensar, por ter invadido minha casa e eu ter te soltado.

O homem de terno volta, depositando umas bandejas de metal sobre a mesa. As abre e vejo que há uma comida que desconheço.

- O que quer que eu faça? - Pergunto, olhando em seus olhos, tentando conter o tremor que passa em meu corpo cada vez que olho pra ela.

- Simples Ludmilla, eu quero que você me foda.

BANG.

BANG.

BANG.

Sinto como se tivesse levado um tiro. Ela disse o que acabou de dizer? Eu devo estar sonhando.

- O qu.. que? - Gaguejo.

Ela sorri. - Você entendeu. Quero que você me foda. Transe comigo. Me coma. O que você preferir.

- Mas eu? Por que eu?

- Porque eu gostei de você. E te acho sexy

- Sexy? Eu? Você precisa de óculos.

Ela ri. - Não preciso. É você. Você não tem noção do quão atraente é. Me sinto estúpida por não ter te notado antes! Poderia estar me aproveitando desse corpo há muito tempo! Mas vamos resolver isso. E antes que você diga, eu sei que você é intersexual, coisa que achei bem interessante.

Abro a boca sem acreditar. Como ela sabia isso tudo?

- Eu... porque está fazendo isso? É uma forma de me castigar?

- Claro que não. Eu gostei de você, de verdade. Sinto que posso lhe ensinar muitas coisas do meu mundo e meus gostos.

- Seu mundo? O mundo da fama?

Ela ri. - Não. Quero dizer que vou te ensinar os segredos do mundo do sadomasoquismo. Quero que você seja minha dominante e eu sua submissa. - Ela explica e sinto minha garganta secar. Definitivamente estou sonhando.

- Eu nem sei o que dizer...

- Diga que sim. Diga que concorda. Você assina um contrato de silêncio e eu serei sua.

Minha. Brunna Gonçalves pode ser minha, desde que eu assine um papel. Eu poderei tocar nela, beijá-la e fazer o que me for agradável.

- Onde eu assino? - Falo, e ela abre um largo sorriso.

- Vou pegar minha caneta.

Ela anda rebolando até a escrivaninha com os papéis e os traz pra mim. Assino onde ela manda, sem ler ou hesitar. Ela confere tudo e sorri triunfante.

- Agora Ludmilla, vamos subir. Creio eu que te devo uma demonstração de como será o nosso contrato.

Puta merda. Ela está falando que a gente vai transar? Caramba!

- Agora?

- Sim, ou você não quer?

- Claro que quero!

- Então me acompanhe. - Ela pega em minha mão e subimos para o andar superior.

Pelo visto minha tarde seria totalmente diferente do que pensei.



Hands To Myself - BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora