Conte a verdade, Ludmilla

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Ludmilla P.O.V

Eu estava esperando por um momento a sós com Brunna, mas meus amigos pareciam loucos para poderem conversar com ela. Não é egoísmo, é só a pura vontade de poder beijá-la com toda a paixão do mundo.

- Você quer dormir aqui? - Sussurro em sua orelha, as mãos envolta do seu quadril.

- Eu deveria? - Ela fala baixinho.

- Sim. Preciso ficar com minha noiva. - A palavra noiva sai brincalhona de meus lábios, causando-me um sorriso largo. Eu não acreditava as vezes.

- Então eu durmo.

Brunna se acomoda em meus braços, escutando atenta a Renatinho contar suas histórias, mordiscando um pedaço de Brownie que Fernanda havia feito. O clima era ótimo ali, todos conversando felizes. A pequena Amber já dormia a sono alto no colo de Daiane, que ninava a pequena com muito amor, sendo observada pelos olhos felizes de Fernanda e Alex. Eu sabia que certamente Fernanda estava pensando em filhos com a morena.

- Acho melhor irmos para casa, ursinho. - Quem fala é Rômulo, que faz todos nós rirmos com o apelido, o que deixa Renatinho de cara feia.

- Vamos sim, querido. Pegue nossa princesa.

O marido do meu amigo vai até Daiane, que entrega a bebê relutante, dando-lhe um beijo na bochecha e sussurrando um "eu te amo", imitada por Alex e Fernanda. Brunna se levanta do sofá que estávamos ao ver Renatinho se aproximar, e faço o mesmo, ficando de frente para meu amigo.

- Isso tudo ainda é novo para mim. Preciso de tempo para me acostumar. - Renatinho brinca, fazendo-nos rir.

- Eu sei. Mas vai ser algo bom. Você vai ver. - Pisco para ele e coloco meu braço esquerdo sobre o quadril de Brunna, puxando-a para mim, querendo seu contato. Minha noiva sorri com a frase de Renatinho, sabendo que isso era devido a sua fama e toda aquela minha obsessão por ela.

- Eu quero muito que vocês gostem de mim e me tratem como uma amiga.

- Nós iremos, Brunna. - Renatinho se inclina e planta um beijo na bochecha de Brunna e um na minha, dando o braço para Rômulo, que chega atrás dele carregando Amber no outro. Os dois eram um casal lindo.

Rômulo se despede de Brunna e todos, e Alex faz menção de também ir embora. O que é suspeito, porque aquela magrela sempre adorou ficar até tarde conosco. - Eu já vou indo também.

- Por que tão cedo, Lex? - Daiane diz, e dá um leve empurrão de ombros em Alex.

- Tenho uns lances para resolver. - Dá de ombros. Aí tem. - De qualquer forma, foi ótimo ver vocês, otárias. E parabéns pelo noivado, Brunna. Estou feliz de te você na família.

- Obrigada, Alex.

Saudações e recomendações são trocadas e Alex vai embora rapidinho. Daiane e Fernanda vão para os seus quartos e fica somente Bru e eu na sala, olhando uma para a outra e sorrindo. A felicidade era genuína em nossos olhos.

- Eu estou tão feliz.

Quem fala é ela, jogando seus cabelos para o lado e sorrindo da forma que fazia meu coração acelerar mais do que tudo. - Eu também estou. Muito. Imaginar que em breve vamos nos casar me deixa em um estado explosivo.

Passo meus dedos em seu rosto fino e bonito, lembrando-me de como era a sensação de vê-la longe, sendo a super estrela inalcançável, com todo aquele status, fama, tudo que eu não tinha. Ela era meu sonho e continua sendo.

- Eu te amo. - Ela murmura. - Sinto que não lhe digo isso muito, então quero que saiba. Eu te amo, Ludmilla. E vou ver ser a mulher mais feliz deste mundo quando nos casarmos. Já sou. Mas serei mais.

- E por que? - Sussurro, segurando a vontade de chorar. Eu sempre ficava assim quando ela dizia essas palavras.

- Porque irei chamar você de esposa. Você será minha. E eu vou ter seu sobrenome. - Rio com isso - Já imaginou como vai ficar nos roteiros? Brunna Oliveira.

Ouvir meu sobrenome sair de seus lábios me excita. Ela ter meu sobrenome me excita. Rio com a forma que ela fala e lhe agarro, beijando sua boca feliz. Brunna coloca suas mãos em meu pescoço, tornando um beijo brincalhão em um beijo sexy. A forma que ela me beija me deixa alta, com toda sua sensualidade, a forma de brincar com os lábios e a língua.

Brunna Gonçalves tem o beijo mais gostoso desse mundo.

A temperatura sobe vários graus e já me sinto enrijecer, apertando seu corpo magro e gostoso junto ao meu.

- Vamos para o seu quarto, por favor.

Obedeço seu pedido e a pego no colo, fazendo-a dar gritinhos. Coloco ela na cama e tranco a porta do quarto, não querendo ser interrompida por qualquer um. Esse momento é nosso. Meu e dela. Nós iríamos nos amar ali. Eu e minha noiva.

Logo depois de várias horas, quando Brunna e eu estamos deitadas no lençol de minha cama, completamente nuas e suadas, os corpos juntos, ela parece inquieta. Vejo a forma em que morde o lábio, parecendo ponderar sobre dizer algo ou não, e fico confusa.

- O que foi, amor?

Passo minhas mãos em seu rosto suado, vendo seus cabelos desgrenhados.

- Eu preciso lhe perguntar uma coisa. E quero que você seja sincera, por favor. - Fico alerta. - Sei que é verdade, sei disso há semanas, mas queria ouvir de você. Porque quero que não haja desconfianças ou mentiras em nosso relacionamento.

- Mas o que foi, Bru? - Olho para ela desesperada. Mas o que seria, meu deus?

- Sei que parece estranho, mas eu queria esperar tudo entre nós estar ajeitado para poder lhe questionar, porque não queria pressioná-la ou o que seja, e nós ainda não tínhamos nada sério.

Ela para de falar, suas bilhas castanhas fitavam meu rosto com algum sentimento que eu não conseguia descrever, e a curiosidade somada ao desespero me tomava. Brunna parece pensar direito no que falar, e então, solta a bomba.

- Quando pretendia me contar que transou  com Patrícia, quebrando o nosso contrato?






Agora vai hein gente kkkkk

Hands To Myself - BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora