Brunna P.O.V
Minha noiva. Minha. Essa palavra reverberava pelo cérebro a todo instante, me deixando com um sorriso estonteante. Ludmilla é minha noiva. A ideia e a perspectiva de passar toda a minha vida ao seu lado era maravilhosa. Passar anos ao lado dela, a pessoa que eu mais amava nesse mundo.
- Está me ouvindo, Brunna? - Sacudo minha cabeça ao ouvir me chamarem, e olho para Erick, meu empresário e amigo, que me olhava com uma repreensão. Dou um sorriso sem graça, e me ajeito na cadeira, fitando os homens na minha frente.
- Essa é a nova proposta de vocês? - Questiono, erguendo minhas sobrancelhas, e um deles, o mais novo, e o que parecia mais focado em mim, confirma afobado.
- Sim, senhorita Gonçalves. - O garoto confirma, passando a mão por seu topete loiro. - Você na capa da Vogue, junto com sua, er, namorada.
Reparo pelo seu tom de voz sua contradição em dizer sobre Ludmilla, e não sorrio. Olho para Erick, esperando a sua opinião. Desde que eu assumi meu relacionamento com Ludmilla na estreia do nosso filme, havia dezenas e dezenas de revistas, sites, todos querendo uma entrevista conosco, ou ensaios fotográficos. Parecia que a ideia de Brunna Gonçalves, namorando uma pessoa normal, que não era do estrelado, os deixava curioso.
- Brunna e eu achamos uma ideia interessante, mas não depende somente de nós. A senhorita Oliveira precisava concordar também.
- Vocês foram atrás dela? - No instante em que digo isso, os homens na mesa parecem desconfortáveis. O rapaz loiro ajeita sua gravata, olhando para o lado. Eles não procuraram Ludmilla. E isso me irrita. Estão agindo como se ela fosse um nada, um fantoche meu. O que não é. - Falem com Ludmilla, e então podemos pensar. Sem ela não há entrevista, ensaio, nada. Passar bem, senhores.
Me levanto da mesa, indignada, saindo daquela sala abafada, precisando beber desesperadamente. Só que não há nenhuma gota de álcool no prédio da Vogue. Francamente. Uma revista tão importante, e que defende tanto a voz das mulheres, a sua importância na sociedade, agir como se Ludmilla fosse um nada, como se somente eu importasse. Não existiria relação alguma sem ela. A ideia de viver sem Ludmilla me fazia ficar sem ar. Ela era a razão de tudo. Viver sem Ludmilla Oliveira, depois de conhecê-la, não era mais uma opção. Erick surge ao meu lado, com as mãos no bolso de seu terno italiano, me olhando como olha para os seus filhos quando fazem alguma travessura.
- Eu não vou fazer nada sem a Ludmilla concordar. Esses filhos da puta egocêntricos. - Rosno, passando a mão por meus cabelos, tentando arrumá-los.
- Eu sei disso. Eles irão procurar pelos empresários dela.
Rio ao escutar isso. - Ludmilla não tem empresários, Erick. Ela não sabe sobre ensaios, ou tudo o mais. Vou providenciar algum para ela. - Meu empresário assente com a cabeça e coloca as mãos em meus ombros quando os homens da Vogue se aproximam de nós.
- Iremos procurar a senhorita Oliveira. - Fala um homem mais velho e careca, que tem a confirmação dos outros.
Eles saem, andando em conjunto e conversando entre si, exceto o rapaz loiro, que ficou para trás, me olhando sem graça. - Seu novo filme está incrível. Você e Ludmilla fizeram uma boa dupla, vivo dizendo isso a eles. Não foi minha culpa, eu queria contratá-la. Nos perdoe por isso, senhorita Gonçalves.
Fico surpresa ao ouvi-lo. - Está tudo bem. Ludmilla não liga para essas coisas. Mas ela me tem agora, e se eu fosse vocês, procuraria fazer uma matéria sobre ela. Ludmilla Oliveira ainda vai surpreender muitos de vocês.
O loiro confirma e sai andando para a direção que os outros foram. Erick gentilmente me guia para a saída do prédio da Vogue, e entramos no carro, ficando em silêncio. Eu sentia muitas saudades da minha noiva, mas sei que ela está em um almoço com seus amigos. Ludmilla, como reparei, é muito grudada nos amigos e amigas, e quero que ela passe bastante tempo com eles, antes de tudo começar a ficar insano. Porque agora, com a estreia do filme, choveriam convites para ela dirigir, e ela teria pouco tempo. Além de que, com nosso noivado, sempre teriam fotógrafos atrás dela, e sei que ela odiaria submeter qualquer um dos amigos ao terror que essas pessoas são. Meu dia seria cheio de reuniões, e uma delas era com Drake, meu antigo e babaca diretor. O dia seria bem cheio.
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Hands To Myself - BRUMILLA
FanficLudmilla Oliveira é obcecada. Obcecada pela estrela de cinema Brunna Gonçalves. Ao conseguir o endereço da casa de Brunna, Ludmilla invade a casa da mesma, mas acaba sendo presa. Ela é surpreendida por Brunna que a tira da prisão, dizendo que queria...