XXVI

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— Riley! – Derek dá um abraço rápido em nossa amiga assim que desce primeiro do ônibus logo sendo seguida por mim.

— Você continua a mesma coisa!– Riley diz animada após finalmente sairmos daqueles bancos.

— Riley só passou algumas semanas, não anos. – Ela da uma leve risada e vai em direção ao local das bagagens.
— Derek. – finjo indiferença em vê-lo.

— Hart. – ele imita meu tom mas não o sustenta por nem um segundo sequer — Tem como abaixar essa sua armadura e me dar um abraço dizendo que estava com saudades? – eu sorri.

Sem dizer nada, no segundo seguinte já estava em seus braços e assim que nossos corpos entraram em contato senti pela primeira vez em muito tempo a mesma pontada no peito que senti na primeira vez - e em todas as outras vezes - em que nos abraçamos.

— Eu senti sua falta nas últimas semanas – sussurrei em meio a seus braços.

— Eu também senti...

— Será que os dois poderiam meio que parar isso ai? O moço precisa da sua senha Maya! – a voz de Riley me tira do abraço e me faz voltar a realidade.

Não estamos juntos. Não somos um casal. Somos amigos e não é assim que isso dará certo.

— Aqui está. – vou até o motorista e retiro do bolso o papel com a senha para que, só então, recebesse minha mochila.

— Você não veio de moto né? – Riley quebra o silêncio que acabara de se formar.

— Fica tranquila que durante a estadia de vocês eu não usarei a moto quando formos sair. – ele soltou um meio suspiro carregado de uma risadinha.

— Uma pena, adoro sua moto. – abro um sorriso.

O estacionamento está cada vez mais perto e estamos cada vez mais perto também dos carros estacionados na primeira fachada.

— Eu sei que adora. – ele sorri em minha direção — Mas teremos que usar essa coisinha durante o recesso.

Derek para em frente a uma caminhonete e então abre um sorriso orgulhoso que me deixa curiosa de saber o porque de tanto orgulho.

— Assim que voltei pra cá decidi terminar de consertar isso aqui. – Ele se apoia no carro — Mas agora só falta mesmo é a pintura dele e como te conheço bem...

— Eu vou poder customizar essa caminhonete? – pergunto maravilhada, nos últimos meses as únicas coisas em que desenho são telas ou folhas de caderno.

— Não conheço ninguém melhor para isso. – então ele se vira e abre a porta do carro.

Riley sai jogando sua mochila pela parte de trás da caminhonete e animada, sobe na "caçamba" com a ajuda da roda.

— Tem algum problema eu ir aqui? – Riley pergunta a Derek.

— Acho que não. – ele se senta no banco do motorista — Maya vai entrar ou ficar nos observando ir pra minha casa?

Jogo minha mochila para Riley e corro pela frente do carro indo para a porta do passageiro. Entro e me sento em questão de segundos.

Derek liga sua caminhonete que pega de primeira. Assim que partimos ele liga o som deixando numa radio que tocava uma música legal.

— Riley, achei umas revistas antigas minhas e pensei que gostaria de me ajudar a fazer um mural no meu quarto que nem fez com o Farkle e as pesquisas dele.

— Ai meu Deus eu vou amar Derek! –minha amiga como sempre parece um poço de alegria, e para ajudar, seus cabelos ao vento a deixam com um tom mais alegre do que o normal.

Decisions (Pausa Rápida)Onde histórias criam vida. Descubra agora