cap 23

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Olá.

Espero que não tenha sido muito difícil encontrar essa aqui,mas bom; vou falar sobre meu primeiro dia na escola. As 11:40 saímos de casa,era meu primeiro dia e minha mãe fazia questão de me levar até a porta,eu estava com o uniforme e me sentia a pessoa mais feliz do mundo,porque o uniforme era uma bermuda e uma blusa,meu cabelo era bem curtinho detestava meus cachos batendo na costas. Chegamos na escola e eu pude observar, algumas crianças  sorriam e outras  choravam,bom eu estava neutra. Minha mãe me deu um beijo e me observou até que olhei para trás e ela já não estava mais lá. Ao entrar observei que a sala estava dividida,do lado esquerdo estava as meninas e do direito os meninos, caminhei em direção as meninas e me sentei do lado de uma garotinha,de cabelos escuros e olhos verdes, tão verdes que sorri para ela. A professora entrou na sala,olhou todos os rostinhos e perguntou onde estava a garota nova,me levantei inocentemente,ela me olhou por alguns segundos e depois sorriu,juro que ela estava com um olhar de confusão. Nesse dia eu conheci uma garota incrível de olhos verdes que me apaixonaram desde o primeiro momento,além dos olhos ela tinha um nome lindo,mas aí já é assunto para outra carta.

Com amor, Anthony.

Termino de ler a carta e me encosto no armário da escola,olho para Alicia com desânimo,ela me encara esperançosa:

_ Então!? O que dizia ?

_ Não acredito que estou nessa caça ao tesouro,se bem que essa tava dentro do meu armário. - Digo. - Ele só fala do primeiro dia que foi a escola e ...

_ O mais ?

_ Sobre uma garota, Acho que a Meridia.

_ Quem é ela ? - Alicia fica curiosa.

_ Bom,não sei e não sei se quero saber. - digo e bato a porta do armário.

Alicia insinua que eu estava com ciúmes,mas a verdade é que eu não estava,não sabia exatamente como estava me sentindo,só que era muita coisa para assimilar nesse momento.

"Eu tô mesmo atrás das cartas de uma pessoa que já morreu ?"

Penso de cabeça baixa andando em direção ao quartinho do lado do refeitório.

"Droga até essa merda de lugar me lembra a ele"

Entro e sinto meu rosto se molhar,acendo a luz algo que geralmente eu nunca faço,tomo um susto ao me virar para trás.

_ Droga menina,o que você tá fazendo aqui ?

Olho para Pâmela que fumava tranquilamente,ela solta a fumaça devagar e sorri.

"To frágil não sorri assim não"

Afasto meu pensamento e ela apaga o cigarro.

_ Só estava fumando,me surpreende você não ter sentindo o cheiro.

_ Nariz entupido. - falo rápido.

_ Você tá bem ?

_ Mas que merda,tido mundo deu para perguntar se eu tô bem ?  Eu tô bem,eu pareço bem,que droga.

Pâmela se assusta e me abraça rapidamente e em questão de segundos me desabo em seus braços,chorei feito uma criança. Desde que Anthony morreu,que tenho chorando pelo cantos,eu não entendia porque justo as melhores pessoas tinham que parti e isso estava acabando comigo.

_ Desculpa. - Disse limpando o choro,ainda no abraço dela.

_ Tá tudo bem,tudo vai ficar bem!- ela fala baixinho em meu ouvido.

Fechei os olhos e não sei por quanto tempo ficamos naquele abraço,mas quando abri  eu já havia parado de chorar e seu cheio estava invadindo todo o  meu ser.

- É,meu nariz desentupiu. Você tá usando aquele perfume que dei ? - pergunto aspirando o cheiro bom.

_ Sim e não,acabou a um tempo atrás,mas eu gostei tanto do cheiro que comprei outro.

Saio do seus braços e olho em seus olhos:

_Obrigada! Isso foi muito...

_ Não precisa agradecer,eu sempre vou está aqui por você. - sorri.

O sinal toca avisando que a segunda aula começou,saímos do quartinho rápidamente como se estivesse nós fugindo de uma cena de crime. Pâmela foi para a sua sala, enquanto eu me sentei no primeiro banco a minha frente e respirei aliviada.

MARTE VIVE EM MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora