A primeira coisa que Laurel pensou quando chegou na sala principal foi o quanto ela e Sara estavam ferradas. Durante o caminho até lá, ela foi observando a quantidade de homens que tinha ali dentro. Era o fim da linha para as irmãs Lance. Não tinha como elas duas enfrentar aquilo tudo sem reforço, mas Laurel tentou não pensar nisso para não parecer nervosa na frente do homem.
A sala principal, na verdade, era o ginásio da escola. Deu uma rápida olhada ao redor do local e pôde perceber as crianças todas encolhidas em um canto junto com Nora. Alguns capangas estavam ali, certificando que não houvesse nenhuma bagunça. O homem que a guiava, a jogou no chão, fazendo ela se desequilibrar e bater com os joelhos no piso gelado. O mascarado que observava a cena, sorriu. E então resolveu descer do palco onde estava.
— Estou feliz que tenha resolvido aparecer, querida. Eu já estava ficando entediado. - aproximou-se dela, puxando seu braço para que a mulher levantasse. Laurel começou a observar atentamente o homem. Sua respiração estava ofegante. — Sabe Laurel... - ele disse enquanto guiava a mulher para o palco. — Você não sabe quem eu sou, mas eu nunca esqueci de quem você era.
— Por que está fazendo isso? São crianças. Você não tem coração? - foi a vez da mulher falar.
— Oh, eu não vou matá-los, querida. - disse sarcástico. — Você é quem vai, caso não consiga desarmar a bomba que eu preparei pra você. - sorriu.
— Vejo que isso é pessoal. - a mulher parou de repente antes que pudesse subir os degraus da pequena escada. Laurel virou-se para ele, encarando de mais de perto. — Quem é você? O que quer comigo? É dinheiro que você quer? Se for eu... - o homem a interrompeu, apertando suas bochechas com força.
— Vocês ricos acham que todos os problemas vão se resolver com dinheiro. - lançou uma risada tão esquisita, que as crianças que já estavam assustadas, recolheram-se mais ainda. — O meu problema não é dinheiro, querida. - explicou. — O meu problema é você. - apontou para ela. — E eu estou disposto a mostrar pra essa cidade que tudo que Laurel Lance toca.. - ele apertou mais ainda seu rosto. — Ela destrói.
...
Sara se espreitava sorrateiramente pelos lugares na intenção de encontrar a melhor abordagem a ser feita. Havia passado cinco anos na liga, e lá aprendeu o andar de um assassino. Silencioso e Certeiro. Ela não poderia se arriscar tanto ou se expor, visto que não tinha uma roupa preparada para receber uma enxurrada de balas. Ela nem mesmo tinha munição o suficiente em sua pistola escondida, para abater todos aqueles homens. Teria que usar sua inteligência, assim como seu mestre tinha lhe ensinado.
Sara estava entrando no enorme corredor que dava para as salas do primeiro andar. A escola tinha dois. O ginásio ficava um pouco afastado.
— Sara. - Zari chamou em seu comunicador. — As bombas estão na quadra esportiva. Estou percebendo que eles têm um comunicador no ouvido. Posso tentar interceptar para que eles percam a comunicação.
— Ótimo, faça isso Z. - disse baixo. A mulher soltou um longo suspiro, ela precisava pensar em uma abordagem. E precisava pensar rápido. O plano era retirar todas as crianças e os funcionários dali sãs e salvos primeiro, enquanto Laurel tentava enrolar o máximo o homem. Depois Sara iria de encontro a ele e o mataria. Ou não. Sara não era mais assim. Desde que voltou para Star City, ela decidiu que não iria repetir os erros que cometeu enquanto ainda estava na liga. Bem, exceto pelos homens mortos lá fora. Ela precisava controlar a precisão da sua força.
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Sweet but Psycho (Fanfic Avalance)
Mystery / ThrillerEm 5 anos uma pessoa pode se tornar completamente diferente daquilo que era e foi assim com Sara. Em meio de ameças, traumas, brigas e assassinatos. Sara Lance retorna a Star City a pedido de seu pai, com quem sempre teve uma relação muito conturbad...