Capítulo 10 (II)

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35 minutos depois, Sara e Ava conseguiram chegar até o colégio. Durante o caminho, as mulheres não trocaram uma palavra sequer. O silêncio não era desconfortável. A detetive aproveitou o trajeto para observar a paisagem enquanto tinha sua cabeça encostada no vidro, ouvindo a música lenta que tocava na rádio. Ela estava pensativa. Mais cedo, na delegacia, Quentin havia pedido um favor a ela e pela primeira vez, naquelas quase duas semanas que estava trabalhando com o homem, ela ponderou e disse que tentaria abordar a mulher de uma outra forma.


Claro que o delegado não curtiu a ideia, mas o que ele poderia fazer? Quentin não poderia simplesmente arrastá-la para a briga que estava comprando com Sara e esperasse que a mulher aceitasse tudo, sem questionar, apenas por ele ser chefe dela.


No volante, atenta mas ao mesmo tempo dispersa por conta da presença da mulher ao seu lado, Sara sentia algo a incomodando. E não era o silêncio. Era o fato dela estar envolvendo demais Ava em sua vida pessoal. Com quase duas semanas, a loira já havia dado um jeito de esbarrar com a detetive como ela nunca tinha feito com ninguém antes. Nem mesmo quando ia para as boates ficar com alguém. Sara nunca gravava o nome das mulheres ou sequer ficava na cama com elas até o dia seguinte.


Quem conhecia a Sara mulherenga, chocaria-se se soubesse que ela estava bem ali, sendo uma versão melhor, levando alguém que sequer tinha beijado, para apresentação de balé de uma garotinha que cuidava como se fosse sua filha. Ela conhecia Eve fazia 6 meses, mas pareciam que eram anos. Nunca se sentiu tão conectada com uma criança como sentia com aquela menininha. Na liga não havia crianças e Sara muita das vezes era a responsável por deixá-las órfãs.


Havia algo naquela menina sapeca, que despertava um instinto materno que a mulher nem sabia que habitava dentro de si. Quando começou a enxergar Eve com mais responsabilidade, ela resolveu mudar em alguns aspectos. Sara não mentia quando dizia que tinha muita vontade de adotar a menina. Mas ela precisava ter tempo, ajeitar sua vida e equilibrar o fato dela ser uma heroína à noite. Sara nunca foi uma mulher de incluir nos seus planos futuristas, esposa ou filhos. Mas quando Eve entrou em sua vida, seu coração se alegrou e tudo que ela queria era uma vida estável e tranquila. Lembrou do dia, em que a menininha a chamou de mãe pela primeira vez, mesmo sendo sem querer e ela tendo que explicar que ela não seria sua mãe, pelo menos não agora.

Afinal, com quem ela deixaria a menina quando a mesma acordasse por causa de um pesadelo e ela não estivesse em casa, pois estaria combatendo o crime? Então olhou discretamente para o lado e viu a figura de Ava distraída observando as nuvens no céu. Seria loucura afirmar que naquele momento, Sara viu, na mulher que adorava seguir regras, alguém com quem poderia realmente compartilhar a vida? Sabia que poderia colocar Ava e Eve em risco se trouxesse as duas para ela. Mas então, lembrou-se de seu amigo Barry, ou melhor, o Flash, que estava casado há 2 anos e tinha a esposa grávida de seu primeiro filho. Não poderia ser tão difícil assim, poderia?

Sweet but Psycho (Fanfic Avalance)Onde histórias criam vida. Descubra agora