Em 5 anos uma pessoa pode se tornar completamente diferente daquilo que era e foi assim com Sara. Em meio de ameças, traumas, brigas e assassinatos. Sara Lance retorna a Star City a pedido de seu pai, com quem sempre teve uma relação muito conturbad...
eu resolvi dividir esse capítulo em duas partes porque tudo deu 10.5k de palavras, fiquei com medo de se tornar cansativo a leitura e vocês não gostarem tanto, então por isso tô postando a primeira parte agora e (sem falta) mais tarde vou postar a segunda.
eu vou postar uma oneshot avalance lá no spirit, depois eu deixo um link aqui pra quem quiser ler! gostaria de mandar um beijo pra Saralotz_lance que sempre vem comentando nos capítulos ❤
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Quentin havia chegado em casa por volta das 23:30h da noite. Estava exausto, completamente irritado por conta do desenrolar das coisas que aconteceram na delegacia. Se estressou com Rebecca Merlyn, que ameaçou processá-lo, se estressou com a imprensa, com o capitão, com suas filhas, seus policiais, resumindo, com todos que apareciam na sua frente para fazer qualquer tipo de pergunta.
Ele bufou, assim que fechou a porta atrás de si. Sentiu o cheirinho da comida, que agora provavelmente estava um pouco fria, e agradeceu mentalmente por Laurel ter feito aquele agrado, mesmo que ele não merecesse naquela noite. Laurel estava para Quentin, assim como Sara estava para Dinah, sua mãe.
Ao chegar na sala, encontrou Sara encolhida no sofá por conta do frio que fazia naquela noite. Mesmo sem um cobertor, a loira parecia que dormia tranquilamente, mas, vez ou outra um soluço descompassava sua respiração. O homem sentiu um aperto no peito lembrando-se das palavras dela para ele naquela manhã.
"— Já estou acostumada a ser sua decepção". e "— Eu decepciono você desde o dia em que nasci."
Quentin sabia que aquilo não era verdade. Claro que não. Ele amava Sara, mesmo não sabendo demonstrar isso muito bem. Eles tinham uma relação boa no passado, quando a filha era criança, mas, tudo mudou assim que ela começou a crescer e logo depois do acidente.
Ele se aproximou dela e com muito cuidado, a pegou no colo. Sara se remexeu um pouco, chegando a falar algumas coisas sem sentido.
— Ava? - chamou com a voz sonolenta, sem abrir os olhos.
Quentin riu.
— Não, querida. - respondeu. - É o papai. - Sara não respondeu mais, apenas ajeitou sua cabeça no peito do homem e abraçou seu pescoço com seus braços. Ele caminhou com a filha no colo até o antigo quarto de Sara, colocou ela na cama como fazia quando era pequena, a cobriu com um cobertor e deixou um beijo em sua testa. Sara se aconchegou ainda mais ao travesseiro e sua expressão voltou a ficar serena. Quentin suspirou vendo aquela cena. Saiu, fechando a porta do cômodo, e caminhou de volta a sala, sentando-se no sofá. Esfregou as mãos no rosto e soltou novamente um longo suspiro. Olhando para a mesinha que ficava no centro do cômodo, viu o celular da filha e não pensou duas vezes em pegá-lo.
