Centauros

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**** Eu não sabia se me cagava alí mesmo, ou esperava eles descobrirem que eu e Jorge "brincamos de pula-pula e entra e saí" um com o outro, e ficarem mais putos do que pareciam estar (se é que isso é possível).

- E- Então gente boa... que tal um café da manhã juntos hein? - Jorge falou provavelmente sem saber como se posicionar nesta situação... ****

Um dos centauros apenas gesticulou a nuca, e chamou provavelmente quem seria o líder do bando:

"Agouro!"

Um Centauro enorme, com o corpo negro e barbudo, saiu de trás dos outros centauros e se pôs em frente a nós dois.

Eu e Jorge novamente nos entreolhamos e engolimos em seco apavorados.

- O que vocês dois estão fazendo na NOSSA floresta? - ele perguntou infatizando o "nossa".

- É... nos perdemos... - Jorge começou.

- E viemos parar aqui... - continuei para o ruivo.

- Vocês são alunos não São? acho que ví vocês um dia, na aula de Hagrid - Agouro perguntou e assentimos com a cabeça totalmente calados.

- E como podem ter se perdido, se as aulas nem ao menos começaram?! - ele voltou a perguntar asperamente.

- Estávamos na Copa de quadribol, mas aí deu uma maior confusão, pegamos uma chave de portal e paramos aqui! - Jorge respondeu aflito.

- E por que raios, acreditaríamos nesta história absurda? -

- Porque estamos falando a verdade! - falei já me aborrecendo.

Como se já não bastasse estarmos com fome, morrendo de sede e machucados, ainda precisamos responder á um interrogatório!

- Peguem os dois! - Agouro ordenou aos outros centauros e os mesmos começaram á caminhar em nossa direção.

- Espera! estamos falando a verdade! - Jorge tentou se defender, enquanto um dos centauros amarrava sua mão.

- Isso não é justo! - protestei já amarrada.

- Levem-nos para o lago negro e os joguem lá!-

Contudo derrepente, um outro centauro desta vez com uma aparência mais convidativa, se aproximou do seu líder e, os dois se afastaram um pouco de todos nós porém mesmo assim, conseguíamos escutar um pouco de sua conversa:

"Firenze quantas vezes vou ter que te dizer, que defender esses humanos só irá nos prejudicar?!"

"Por favor, pelo menos não os matem! amarrem eles em algum lugar e os deixem..."

Agouro suspirou e então assentiu com a cabeça.

- Levem-os então para o fundo da floresta e os amarrem o mais forte possível em algum tronco! - ordenou novamente.

(...)

- Merda! - falei me remechendo, já sentada ao chão amarrada em um tronco velho.

- Mil vezes merda! - Jorge que estava atrás de mim também amarrado ao mesmo tronco, se debatia para se soltar das cordas.

Já fazia algumas horas que estávamos aqui, meu corpo já estava totalmente dolorido por estar tanto tempo na mesma posição e então, escutei Jorge gemer de dor provavelmente por conta de sua perna.

- Tá doendo muito não é? - por conta das cordas, perguntei preocupada sem olhá-lo.

- Um pouco... - ele murmurrou.

Uma Lufana Atrapalhada (Atts. lentas)Onde histórias criam vida. Descubra agora