-acorda filha, você ja arrumou suas malas?.- meu pai perguntava da porta do meu quarto.
-ah...arrumei ontem pai.- falei esfregando os meus olhos.- você vai trabalhar hoje?.
- sim, por isso temos que nos apressar, o avião sai daqui uma hora. - ele falou olhando em seu relógio de pulso.
- ta...ta bom, agora com licença. - falei me levantando e indo até o banheiro.
Fiz minhas higienes, tomei um banho e vesti uma calça jeans que ia até a canela, e um moletom cinza de mangas compridas, amarrei meu cabelo num coque e calcei um tenis preto.
Fui até a sala onde meu pai ja estava me esperando, eu sei lá, sinto que ele quer mesmo se livrar de mim, ele só sabe falar de trabalho, chega tarde do hospital (ele é médico) e ainda nas horas vagas ele não me dá atenção, ele só pensa em trabalho.
- vamos?.- ele perguntou guardando seu celular no jaleco.
- bora.- peguei minhas malas e meu pai me ajudou a coloca-las no porta-malas.
Estavamos indo em direção ao aeroporto, eu estava escutando musica no fone de ouvido e meu pai estava concentrado na estrada.
eu não estava gostando muito de me mudar, mas por outro lado, eu gosto muito do meu primo, e morar com ele pode ser bom pra mim, as vezes eu me sinto sozinha...as vezes não, sempre me sinto sozinha, sem amor nem carinho.
- chegamos filha.- os olhos do meu pai gritavam " eba me livrei desse peso ", ele estava tão animado que eu ia embora que nem sabia Disfarçar.
-ah...que legal.- fingi animação.- vamos colocar minhas malas ali.- apontei pra um lugar vago.
[...]
Assim que o avião pra SP chegou, eu embarquei.
- tchau lory.- meu pai me deu um beijo na testa.- eu te amo.
- tchau pai, eu...também te amo. - o abracei forte e embarquei no avião.
Quando o avião subiu, aí sim caiu a ficha de que eu estava indo morar na casa do meu primo, e que eu havia saido daquela prisão.
Passei a viagem inteira, olhando pela janela, imaginando todas as vezes que chorei sozinha no meu quarto, as vezes que tentei interagir com a vizinha pela janela da sala, e as vezes que eu queria a atenção do meu pai...e ele... só sabia ficar com o olho vidrado no notbook.
- ai finalmente chegamos.- uma mulher do meu lado falou, me fazendo perceber que realmente ja estavamos em São Paulo.
Desembraquei, e logo olhei pro meu celular pesquisando o local da casa do meu primo.
Logo encontrei o local, e pedi um taxi que estava por ali.- moço, eu quero ir a esta rua aqui.- mostrei o celular para o taxista e ele seguiu o caminho.
A viagem até a casa do meu primo demorou uns 15 minutos, e eu passei todo o tempo olhando pela janela, as lojas, os mercados, as crianças brincando na praça, era tudo muito novo pra mim.-chegamos.- o motorista chamou minha atenção enquanto tirava minhas malas do porta-malas.
-aqui está. - estendi minha mão lhe entregando o dinheiro da viagem. - obrigada.
- de nada.- ele entrou no carro e logo, deu partida.
-Ahuuuuuu.- respirei fundo antes de entrar na casa de meu primo, que por um acaso era bem grande.- ô luiiiiz cheguei.- eu sei...a pior forma de chegar na casa de alguém.
- ah...oooooi lory, que saudades de você. - ele veio me abraçar.
- ta, ta...me solta.- o empurrei fraco e ele sorriu.- você sabe que eu ODEIO abraços.
-isso, porque você se acostumou a ficar sozinha.- ele me encarou.- mas agora você vai receber abraços o tempo todo.
- ah...era só o que me faltava.- bufei e me sentei no sofá- então...você mora mesmo sozinho?
- sim, mais ou menos, eu tenho um amigo que ele passa a maior parte do tempo aqui, ele é o vizinho aí do lado.- ele se sentou ao meu lado.
- atah.- fiz uma careta de leve. - então onde vai ser meu quarto?.
- ali em cima, na segunda porta a direita.- luiz falou e logo corri com as malas para meu quarto.
Sim, foi cansativo correr as escadas com duas malas nas mãos, principalmente, por que eu não corria frequentemente.
Arrumei minhas malas e logo corri para o banheiro que ficava ali no quarto mesmo, tomei um banho bem demorado e quente pra relaxar.
■■■
CONTINUA...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O melhor amigo do meu primo
Teen Fictionlory é uma menina de 18 anos solitária, ela não é como uma menina comum, tanto no modo de se vestir quanto no modo de agir e falar, ela perdeu a mãe quando tinha 6 anos e isso a faz se sentir sozinha quando seu pai vai trabalhar, uma das únicas pes...