Era pra ser um dia como todos os outros, mas não foi bem o que aconteceu...com todas aquelas coisas acontecendo, minha cabeça estava a mil e eu não conseguia processar tudo.
- Fabio, você vai falar com o Derik?,vai dizer a ele que vocês são irmãos?.- olhei para o mesmo.
- Eu, tenho que conversar com a Dora.- ele falou e se sentou no sofá do escritório.
- Não senta aí.-Apontei para o sofá e Fábio rapidamente se levantou.- amor...a Dora te conhece?
- Provavelmente ela me viu ainda um garoto de 11 anos.- ele sorriu fraco.- eu mudei tanto desde aquela época, e ela a ainda me reconhece.
- Fábio, ela pode querer te adotar também.- abracei ele e sorri com a possibilidade de Dora querer ficar com Fábio.
- Isso se ela...resistir .- ele me olhou triste.- se não, eu não sei o que fazer.- ele passou a mão no cabelo.
- Não pensa no pior amor.- segurei seu rosto com as duas mãos. - e eu tô aqui, com você pra o que der e vier. - juntei nossos lábios num beijo.
Consegui sentir naquele beijo, as emoções que percorriam por meu corpo se juntarem as de Fábio, senti a textura e a maciez de seus lábios molhados tocarem os meus, era como se nada mais tivesse importância, apenas meu amor por ele, e o dele por mim.
- Opah.- Ouvimos a voz de Derik soar pela sala e separamos nossos lábios. - por quê vocês estão comcara de choro?.- ele perguntou se aproximando de nós.
- Por nada.- Falei e me abaixei um pouco para que pudesse ficar da autura dele.- ei você me parece bem, não está preocupado?.- perguntei passando a mão no cabelo dele.
- Não. - ele falou calmamente.- Deus irá fazer a vontade dele, eu confio nele.- ele balançou a cabeça assentindo.
Olhei para Fábio que sorria orgulhoso e voltei a olhar para Derik.
- Vai ficar tudo bem.- sorri para ele que assentiu com a cabeça.
- Agora eu...vou comer uns biscoitos que tem ali na portaria, sério são muito bons.- ele falou nos fazendo rir com aquilo e saiu correndo.
- Seu IRMÃO, é mesmo uma completa figura. - sorri me virando para Fábio.- ele tem a sua força, você é um cara muito forte, apesar dos seus 19 anos. - Toquei a ponta do nariz de Fábio com meu indicador e ele riu.
- E você é mesmo muito madura e também forte, aos seus 18 aninhos.- ele repetiu o que eu fiz.- agora...a gente tem que sair daqui.- ele falou indo até a porta e me puxou.
[...]
- Caraca, vou ligar pra Lizzy.- Falei saindo do carro.
Estávamos eu, Fábio e Derik, agora na porta do hospital, dentro do carro de Fábio esperando a cirurgia de Dora terminar.
- Quem é Lizzy?.- Derik perguntou deitado no banco de trás do carro.
- É minha melhor amiga. - Sorri e Liguei meu celular procurando o contato de Lizzy, logo ela atendeu na chamada de Vídeo.
Chamada on
Lizzy: Rapariga onde você tá, filha de Deus?.- Ela atendeu o celular e gritava zangada com a cara amassada.
Lory: É uma longa história, mas eu estou no hospital do meu pai com o Fábio e um garotinho.
Lizzy: O que aconteceu? Você tá bem?.
Lory: Eu estou bem, mas como eu ja te falei guria, é uma looooonga história.
Lizzy: Olha Lory, se você não me der notícias, eu vou aí nesse cabaré e dou 17 tapas da tua cara hein.
Lory: Ta bom ,Tchau.
Chamada of
Ri daquilo e coloquei meu celular no bolso,assim que me virei para o carro novamente vi a cena mais fofa do dia: Fábio e Derik estavam sentados na ponta do carro alimentando um pássaro com pedacinhos de pão que estava na cesta.
- Aaaw.- sorri ao ve-los alimentando o passarinho. - que fofos.- na verdade o que eu queria era falar: só podiam ser irmãos. Mas...Né, eu não podia dizer isso.
- LORY!.-ouvi a voz de meu pai e me virei na direção do hospital o vendo com as mãos nos bolsos do jaleco.
- Que foi?.- gritei para ele de volta que fez um gesto me chamando para que eu fosse até ele.
- Trás o seu namorado aqui.- ele falou e eu me virei para Fábio e apontei para meu pai, rapidamente ele entendeu e deu um pedaço de pão para Derik, depois vindo em minha direção.
- Meu pai quer falar com você...ou com a gente.- falei assim que ele chegou ao meu lado.- Respira né.
- Eu vou conseguir a confiança do seu pai, ta bom, meu amor?.- ele sorriu e entrelaçou nossas mãos enquanto caminhávamos até meu pai.- Boa tarde, doutor Rick?.- ele estendeu a mão para meu pai.
- Você pode me chamar de Ricardo, ou de sogro, agora que você namora minha filha.- meu pai falou e eu arregalei meus olhos ao ouvir aquilo.
Realmente, eu não imaginava que meu pai falasse aquela frase,assim. Eu esperava ele fazer a de difícil, só pra fingir, mas...
- Tá bom, sogrão. - Fábio riu e eu realmente vi um pequeno sorriso se formar no rosto de meu pai. Tipo?????????
- Lory, a cirurgia da Dona Dora ja acabou, você ja pode levar o menino para ve-la, ela ainda está desacordada, mas se quiserem esperar lá dentro, tudo bem.- revirei meus olhos e sai dali indo até Derik.
[...]
- Mãe? Mãe!.- Derik abraçou Dora assim que ela acordou.- mãe você está bem.- ele sorriu e segurou a mão da mesma.
- Eu...Eu tô bem meu filho.- ela falou dificilmente mas sorriu logo após. - Filho, pega uma água pra mamãe la fora?.- ela perguntou e me olhou depois.
- Ta bom, mãe. - Derik saiu correndo assim deixando apenas eu e Dora ali no quarto.
- Querida?.- ela me chamou e eu a olhei novamente.- Eu...Eu só tenho a te agradecer, por tudo que tem feito... por mim e pelo meu filho.- ela sorriu e eu assenti.
- Eu faria isso por qualquer outra pessoa, mas creio que ja saiba do porque eu ja tenho esse carinho pelo seu filho.- falei e ela abaixou um pouco seu olhar.
- Sabe...quando eu descobri que não podia ter filhos, eu me senti a pessoa mais inútil da Terra, mas quando eu vi aquela criança na TV, foi como se ele estivesse me chamando.- ela sorriu e estendeu as mãos talvez lembrando do momento.- depois que eu descobri que a Mãe deles morreram, eu...procurei Fábio incansávelmente, mas eu não achava...mas agora.- Ela deu uma pausa.- Agora, eu quero chama-lo de meu filho também...eu quero adota-lo.
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Continua...
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O melhor amigo do meu primo
Ficção Adolescentelory é uma menina de 18 anos solitária, ela não é como uma menina comum, tanto no modo de se vestir quanto no modo de agir e falar, ela perdeu a mãe quando tinha 6 anos e isso a faz se sentir sozinha quando seu pai vai trabalhar, uma das únicas pes...