Arregalei meus olhos e senti que minhas bochechas iam corar. mas Fábio novamente se aproximou me dando um beijo na bochecha.
- eu tô brincando meu amor.- o mesmo sorriu. - tô indo rapidinho tomar um banho ja volto.- ele subiu as escadas me deixando ali sozinha.
Enquanto eu esperava olhei em volta da sala e parei meu olhar em uma rachadura na parede, ao lado dela havia um castiçal, que reparei não ter nada aver com a decoração da casa.
Tentei voltar a mim e ficar o mais normal possível (coisa que eu não sou) mas a minha curiosidade falou mais auto então me levantei rapidamente e fui em direção aquele castiçal.
Me abaixei um pouco para ve-lô melhor e o puxei. Na hora aquela rachadura se abriu dando espaço para uma pequena porta.
Eu estava prestes a abrir aquela porta, quando ouvi os passos rápidos de Fábio descendo as escadas. Me virei para o mesmo que ne olhou e logo olhou para a porta.
Fábio suspirou, e me puxou para sentar no sofá, o mesmo também se sentou e segurou minhas duas mãos olhando para elas, ele estava com um olhar meio abalado.
- Fábio?.- perguntei fazendo ele olhar para mim. - desculpa se eu estou invadindo sua privacidade, mas...o que tem ali? Você sabe?.
- você ja me contou sua história, agora chegou a hora de eu te contar a minha.-ele se levantou e me chamou pra ir com ele até a porta.
O mesmo a abriu, e entrou ali, eu fui logo atrás, e ao entrar vi muitas coisas velhas e empoeiradas.
Ali haviam, quadros, móveis e porta-retratos todos sujos e cheios de poeira. Também reparei num berço que tinha, ele era todo azul com estampa de trem e trilhos, era realmente bem bonito.
- ta bem... vem.- o mesmo limpou um caixote para que eu pudesse me sentar. Fábio se sentou em outra caixa de madeira e respirou profundamente antes de falar.
- Ei, se você não estiver pronto pra me falar agora, tudo bem, eu entendo.- passei minha mão em seu rosto.
- Não, eu quero te falar, não pode existir segredos entre nós - ele pôs a mão sobre a minha e a segurou forte.
Eu estava curiosa? Sim estava, e muito. Mas eu estava com medo do que ele poderia falar.
- sabe...a minha infância não foi das melhores, minha mãe era mãe solteira,e catadora de lixo, eu ajudava ela, eu cresci no lixão, quando eu tinha 12 anos, ela engravidou de um cara e aí que tudo desmoronou de verdade.- a esse ponto, os olhos de Fábio ja estavam marejados de lágrimas.- o que aconteceu?- perguntei sentindo uma lagrima descer em meu rosto.
- o meu irmão nasceu...e aí o pai dele abandonou minha mãe sem mais nem menos, deixando ela com dois filhos pra cuidar. Mas ela não teve condições e meu irmão teve uma doença , ele quase morreu...depois disso o conselho tutelar tirou ele de nós e outra família o adotou.- ele chorava com criança naquele momento o que me comoveu.- quando eu tinha 15 anos, foi criado um projeto, chamado VIDAS NO LIXÃO eles viram nossas condições, e fizaram arrecadações para que pudéssemos comprar essa casa.
- ta mas, e seu pai? Cadê ele?.
- meu pai morreu assassinado.- Fábio olhou para seus próprios pés. - aquele berço, ele que fez pra mim, com coisas que ele encontrou no lixo, aqueles quadros todos tem as fotos dele e da minha mãe, mas quando a gente veio morar aqui, ela desenvolveu um câncer, e não resistiu.- o mesmo abaixou a cabeça e começou a chorar desesperadamente.
Não consegui ter outra reação a não ser o puxar o mesmo e dar um abraço, ele retribuiu o abraço me segurando forte e eu também chorei.
- eu prometi...eu prometi pra ela que eu ia encontrar o meu irmão.- o mesmo falava entre soluços.
- Fábio? Como você vai fazer isso?.- perguntei me afastando do mesmo e olhando em seus olhos.
- olha.- o mesmo me mostrou o seu tornozelo.- o meu irmão tinha essa mesma mancha no mesmo lugar, e ele hoje deve ter entre 8 a 9 anos, eu tenho fé que eu vou encontar ele.
- pode contar comigo, pra tudo, eu vou te ajudar no que precisar meu amor.- me ajoelhei no chão perto dele e rodeei meu braços em seu pescoço o puxando para um beijo.
Fábio direcionou uma de suas mãos a minha cintura e outra segurava meu rosto, ele me beijava delicadamente, nos separamos quando faltou o ar, e ele sorriu .
- eu te amo daqui até o infinito.- o mesmo me deu mais um selinho e eu olhei em seus olhos em seguida.
- é sério isso?.- sorri sem acreditar naquilo .
- é mais do que sério, eu te amo, eu te amo, eu te amo.- o mesmo se levantou e me ergueu no ar.
- sabe de uma coisa?.- perguntei quando ele me colocou no chao e ele negou com a cabeça. - eu também te amo, meu amor, e vou te apoiar sempre.- o beijei.
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Continua...Oi babys espero que tenham gostado desse capítulo que fiz com muito carinho para vcs ❤❤
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Amo todos vocês...
Bye bye 💖💖💖
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O melhor amigo do meu primo
Genç Kurgulory é uma menina de 18 anos solitária, ela não é como uma menina comum, tanto no modo de se vestir quanto no modo de agir e falar, ela perdeu a mãe quando tinha 6 anos e isso a faz se sentir sozinha quando seu pai vai trabalhar, uma das únicas pes...