37_ Tapioca e Nutella

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Assim que chegamos no parque, saímos do carro e Fábio foi até o porta-malas para pegar as coisas.

  - Deixa eu te ajudar.- peguei a cesta e olhei para aquele parque.- é muito lindo.- e de fato era.

Haviam algumas crianças brincando, e também outros casais que estavam sentados naquela grama.

Sorri e olhei para Fábio que me encarava parado também com uma cesta em mãos.

  - O que foi?.- perguntei sorrindo para ele.

- nada.- ele respondeu e eu dei de ombros.- onde você quer sentar?.- ele perguntou olhando para o Parque.

- Ali.- apontei para debaixo de uma árvore onde haviam algumas crianças brincando por perto, e ele assentiu.

Fomos até lá e Fábio estendeu um pano na grama para que nos sentassemos, tiramos as coisas da cesta e nos sentamos ali.

  - Você gosta de morango?.- Fábio perguntou me olhando.

    - Amo, sabe...não é a minha fruta favotita, mas eu gosto bastante .- assenti e Fábio pôs sua mão na cesta tirando de dentro um pote recheado de morango com chocolate.- Aaaaah, meu Deus.

    - Toma.- Fábio abriu o pote e me entregou. - eu que fiz.- ele passou a mão no cabelo e fez uma cara de orgulho.

Peguei um dos morangos e comi fazendo uma cara boba logo após,  o que fez Fábio rir.

  - Tá olhando o que?.- peeguntei pra ele que sorria.

  - Esse sujo no seu nariz. - ele falou e eu tentei ver, assim fazendo uma careta engraçada.

  - Cadê?.- passei o dedo no nariz e Fábio riu.- Cadê Fábio?.

   - Aqui, linda. - ele passou o dedo no meu nariz, mas estava sujo de chocolate.

   - FÁBIO!!.- empurrei o ombro do mesmo que me mandou a língua e eu devolvi.- Louco, você vai limpar com a língua agora.- falei sem  pensar e ele sorriu ladino.

  - Com todo prazer.- ele se aproximou, mas eu o empurrei e assim ele caiu para trás.

  - Tem criança aqui, garoto.- sorri e ele olhou para as crianças brincando e assentiu.- me dá um guardanapo.

  - Tó.- ele me entregou e eu limpei meu rosto.- Lory?.

  - Oi, meu amor?!.- dei um beijo em sua bochecha e ele sorriu de um jeito fofo.

- Você ja pensou no que seu pai está fazendo agora?.- ele perguntou e eu pensei um pouco.

Provavelmente meu pai estaria agora no trabalho, fazendo alguma cirurgia de urgência, ou em seu escritório fazendo diagnósticos,  o fato é,  que ele nunca me deixou ir no seu hospital. Realmente, ele cuidava de tudo para que eu nunca fosse lá ,  e eu nunca fui.

- Deve estar trabalhando, tipo, todo mundo conhece ele, como: Um dos melhores médicos do Brasil..- dei de ombros.- mas porquê a pergunta?

  - Sei lá,  só...vocês nunca tiveram uma relação pai e filha?.- ele perguntou me fazendo pensar no quanto ele cuidava de mim no passado.

   - Ele era muito carinhoso comigo... mas depois que minha mãe morreu, ele tem se distanciado de mim, quando eu estava com ele, era tipo: Lory, não tome refrigerante, Lory, não saia na rua, Lory, não  corra chuva,  você não pode ficar resfriada, Lory você não vai a escola, as pessoas de lá podem te machucar.

   - Nossa, percebe-se que ele não queria que você se machucasse né?.- dei de ombros e assenti.

  - De fato, eu só sei o nome do hospital, mas nunca fui lá mesmo.- peguei um pão de queijo e comi.- come amor.

   - Ta bom.- ele pegou um pão de queijo também e comeu.

  - Fábio,  e se você encontrasse seu irmão hoje? O que faria?.- sim isso foi uma pergunta aleatória, mas eu realmente perguntei aquilo.

  - Sei, lá! Irfartaria?, daria um abraço? mas...ele nem me reconheceria ,eu acho.- ele sorriu fraco.- mas isso nunca aconteceria assim,  do nada.

   - Verdade. - olhei para meus minhas mãos.- mas...vamos parar de falar dessas coisas, nossos passados não são os melhores.- ri.

  - Meu passado não foi o melhor, mas o meu futuro eu quero contruir ao seu lado. - ele sorriu e eu pus a mão no peito impressionada.

  - Essa cantada foi demais.- sorri e ele me olhou sério,  e assim eu o encarei também. - o que foi?

   - Isso não foi uma cantada, é sério. - ele falou e eu sorri. - a gente é como tapioca e nutella, você é a nutella e eu a tapioca.

  - como assim?, não entendi essa metáfora.- Sorri confusa.

   - Tapioca sem nada, é uma merda, nutella é sempre uma delícia,  elas são totalmente diferentes, mas quando se juntam....até quem não gosta de doce ama.- ele sorriu e eu assenti.

    - Você só pode ser o amor da minha vida.- me deitei ao seu lado, ja que ele estava deitado e apoiei minha  cabeça no braço dele.

     - Você, é o amor da minha vida.- ele sorriu e segurou meu rosto com as duas mãos e se aproximou mais.....

   - Ei, Tio.- Fomos interrompidos por uma voz de criança que vinha de trás de Fábio,  olhei para a criança vendo que era o garotinho que jogou uma pedra "sem querer" em Fábio alguns dias atrás.

    - Eiii, garotinho, você que jogou uma pedra no Fábio outro dia.- sorri pra ele, mas ele apenas me encarou e Fábio se virou para ele e ficou parado olhando para algo no garoto.

   - Me ajuda, tia, minha mãe ela tá mal, tá doente, eu preciso de ajuda.- o garoto que ja estava com uma cara de choro, se derramou em lágrimas.
  
   - FÁBIO! .- dei um tapa em seu ombro, mas o mesmo estava meio que paralizado. - FÁBIO. - gritei e o mesmo se virou para mim, com uma pequena lagrima no olho.- o que foi?.- perguntei  confusa e ele me abraçou colocando sua boca perto do meu ouvido.

   - Olha para a perna desse garoto. - ele sussurrou e eu olhei para o local vendo uma mancha igual a que Fábio tinha na perna.- Ele....ele é o meu irmão.

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Continua...

Oi babys espero que tenham gostado desse capítulo que fiz com  muito carinho para vcs.

Comentem aqui o que acharam do cap e não esqueçam de votar no capítulo.

Amo todos vocês.
Estou respondendo no chat, quem quiser conversar comigo, estou aqui.😊❤

Bye bye 

 

O melhor amigo do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora