Fábio permaneceu parado e continuava a me abraçar.
- Ô... tio, você também.... tá mal? Temos que ir no... hospital.- ele falou e tocou o ombro de Fábio com seu indicador.
- Qual seu nome?.- Perguntei.
- Derik.- ele falou entre soluços e eu o peguei no colo me levantando.
- Esse é o Fábio, e eu sou a Lory.- Falei para Derik.- agora se levanta Fábio, vamos ajudar a mãe do Derik.
Fábio me olhou confuso, mas eu apenas apontei para as coisas no chão e para o carro.
Enquanto ele pegava as coisas no chão, eu e Derik entramos no carro, coloquei ele no banco de trás e me sentei.
- Você sabe, que meu pai é médico?.- perguntei, mas ele não me respondeu.- se eu levar sua mãe até ele, ele fará questão de ajudar vocês.
Depois de um tempo em silêncio, ele Falou algo.
- Minha mãe..sempre diz pra mim confiar em Deus... e ela me falou, que ele é médico dos médicos ,e que ele pode curar ela..se tivermos fé. - ele sorriu fraco e eu olhei para ele.
- Você é um menino muito forte.- passei a mão em seu cabelo e ele sorriu, logo Fábio entrou no carro, ainda com uma cara meio espantada.
- Acho que minha pressão caiu.- Fábio sussurrou no meu ouvido e eu passei a mão em seu rosto, ele estava suando.
- Fábio.- Derik cutucou o ombro dele e ele se virou para trás.- Me desculpa por aquele dia que eu joguei uma pedra em você, foi sem querer.
- Tudo bem.- Fábio sorriu e se virou para o volante novamente.- Vamos buscar sua mãe agora.- e assim ele deu partida no carro, e Derik foi nos guiando até sua casa.
Assim que chegamos em sua casa, que não era muito longe daquele parque, Derik correu para dentro de sua casa e logo gritou por sua mãe, fomos atrás dele e eu pedi para que Fábio se acalmasse e não falasse nada sobre Derik ser seu irmão ainda.- Mãe, eu consegui ajuda.- o menino correu até um cômodo que parecia ser o quarto de sua mãe.
- Derik...quem são esses?.- Uma mulher de Cabelos negros e rosto pálido perguntou deitada em sua cama.
- São anjos que vieram para nos ajudar mamãe.- ele sorriu segurando a mão da mulher.- Lory, é filha de um médico.
- Oh...meu filho.- ela deu um beijo em sua testa.- mamãe... vai ficar bem.- ela sorriu fraco.- e você! - ela olhou para Fábio e apertou um pouco seus olhos.- F...Fabio?.
- Mãe você conhece ele?.- Derik olhou para Fábio e depois para sua mãe.
- N..não. - ela falou para o filho que ainda parecia desconfiado.
- Vamos.- Fábio se aproximou da mulher e a pegou no colo.- qual seu nome mesmo?.- ele perguntou.
- Dora.- ela falou e Fábio assentiu.
[...]
- Moço, o doutor Rick está aqui?.- perguntei e o moço não parecia me dar muita atenção. - PARECE QUE MEU PAI NÃO ESTÁ. - falei e o homem tocou meu braço.
- Ele está no escritório dele, é só seguir o corredor e na porta está escrito: dr. Rick
- Obrigada.- Falei e saÍ procurando por aquele escritório enquanto Fábio, Dora e Derik esperavam ali.
Assim que encontrei a sala de meu pai, nem pensei duas vezes, não bati na porta, não chamei, apenas entrei...e a cena que vi, não me agradou nada.
- PAI?.- falei assim que o vi sentado em um sofá com uma mulher em cima dele, eles estavam aos beijos.- O..OQUE É ISSO?.- olhei para a mulher que logo saiu de lá, ainda bem que estavam vestidos.
- Lory?.- ele me olhou.- o que faz aqui?.- ele perguntou arrumando seu jaleco.
- Acho que eu vim assistir um filme..- Falei debochada e cruzei meus braços. - eu não vou discutir com você aqui, só quero que você vá lá fora e salve a vida de uma mulher, não por mim, porquê você não faz nem nem questão de olhar na minha cara, mas faça isso pelo irmão do meu namorado. - falei e ele arregalou os olhos.
- Namorado Lory?.- ele se aproximou.- que história é essa de namorado?.
- É...um namorado, e a madrasta do irmão dele está la fora doente, então ao invés de tentar consertar agora uma coisa de anos que você não fez, Vai agora lá fora e salva a vida dela.- falei apontando para fora, e meu pai nem olhou para mim, apenas saiu dali.
Assim que meu pai saiu do escritório, eu não aguentei e comecei a derramar lágrimas, eram lágrimasde ódio misturadas a desespero.
- O que tá acontecendo na minha vida?.- me sentei no sofá por um momento, mas me levantei rápido lembrando daquela cena horrível.
- Amor?.- Ouvi a Voz de Fábio que soou pela sala e levantei meu olhar.- Seu pai ja está na sala de cirurgia, e ele nem cobrou por nada...o que aconteceu?.- ele perguntou se aproximando de mim e segurando meu rosto com as duas mãos.
- Não faz o menor sentido.- Falei e Fábio me encarou confuso.- Meu pai...ele tem uma "Amante" e estava com ela aqui, nesse sofá, aos beijos, enquanto eu tanto pensava que ele estava cuidando de vidas.
- O que?.- Fábio passou a mão no meu cabelo.- eu não estou entendendo mais nada.
- Nem eu.- comecei a chorar mais ainda.- por que Fábio? Por que isso agora?.- coloquei minha cabeça em seu peito.
- Eu não sei de nada, mas sei que Deus está no controle de tudo, a gente só precisa confiar, que logo logo, isso vai passar.- ele me abraçou com força.
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Continua...
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O melhor amigo do meu primo
Novela Juvenillory é uma menina de 18 anos solitária, ela não é como uma menina comum, tanto no modo de se vestir quanto no modo de agir e falar, ela perdeu a mãe quando tinha 6 anos e isso a faz se sentir sozinha quando seu pai vai trabalhar, uma das únicas pes...