38_ Confie em Deus

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Fábio permaneceu parado e continuava a me abraçar.

- Ô... tio, você também.... tá mal? Temos que ir no... hospital.- ele falou e tocou o ombro de Fábio com seu indicador.

- Qual seu nome?.- Perguntei.

- Derik.- ele falou entre soluços e eu o peguei no colo me levantando.

- Esse é o Fábio,  e eu sou a Lory.- Falei para Derik.- agora se levanta Fábio, vamos ajudar a mãe do Derik.

Fábio me olhou confuso, mas eu apenas apontei para as coisas no chão e para o carro.

Enquanto ele pegava as coisas no chão, eu e Derik entramos no carro, coloquei ele no banco de trás  e me sentei.

  - Você sabe, que meu pai é médico?.- perguntei, mas ele não me respondeu.- se eu levar sua mãe até ele, ele fará questão de ajudar vocês.

Depois de um tempo em silêncio, ele Falou algo.

- Minha mãe..sempre diz pra mim confiar em Deus... e ela me falou, que ele é médico dos médicos ,e que ele pode curar ela..se tivermos fé. - ele sorriu fraco e eu olhei para ele.

- Você é um menino muito forte.- passei a mão em seu cabelo e ele sorriu, logo Fábio entrou no carro,  ainda com uma cara meio espantada.

   - Acho que minha pressão caiu.- Fábio sussurrou no meu ouvido e eu passei a mão em seu rosto, ele estava suando.

- Fábio.- Derik cutucou o ombro dele e ele se virou para  trás.- Me desculpa por aquele dia que eu joguei uma pedra em você, foi sem querer.

   - Tudo bem.- Fábio sorriu e se virou para o volante novamente.- Vamos buscar sua mãe agora.- e assim ele deu partida no carro, e Derik foi nos guiando até sua casa.

 
Assim que chegamos em sua casa, que não era muito longe daquele parque, Derik correu para dentro de sua casa e logo gritou por sua mãe,  fomos atrás dele e  eu pedi para que Fábio se acalmasse e não falasse nada sobre Derik ser seu irmão ainda.

    - Mãe, eu consegui ajuda.- o menino correu até um cômodo que parecia ser o quarto de sua mãe.

  - Derik...quem são esses?.- Uma mulher de Cabelos negros e rosto pálido perguntou deitada em sua cama.

  - São anjos que vieram para nos ajudar mamãe.- ele sorriu segurando a mão da mulher.- Lory, é filha de um médico.

  - Oh...meu filho.- ela deu um beijo em sua testa.- mamãe... vai ficar bem.- ela sorriu fraco.- e você! - ela olhou para Fábio e apertou um pouco seus olhos.- F...Fabio?.

  - Mãe você conhece ele?.- Derik olhou para Fábio e depois para sua mãe.

  - N..não. - ela falou para o filho  que ainda parecia desconfiado.

  - Vamos.- Fábio se aproximou da mulher e a pegou no colo.- qual seu nome mesmo?.- ele perguntou.

- Dora.- ela falou e Fábio assentiu.

[...]

- Moço, o doutor Rick está aqui?.- perguntei e o moço não parecia me dar muita atenção. - PARECE QUE MEU PAI NÃO ESTÁ. - falei e o homem tocou meu braço.

- Ele está no escritório dele, é só seguir o corredor e na porta está escrito: dr. Rick

  - Obrigada.- Falei e saÍ procurando por aquele escritório enquanto Fábio, Dora e Derik esperavam ali.

Assim que encontrei a sala de meu pai, nem pensei duas vezes, não bati na porta, não chamei, apenas entrei...e a cena que vi, não me agradou nada.

  - PAI?.- falei assim que o vi sentado em um sofá com uma mulher em cima dele, eles estavam aos beijos.- O..OQUE É ISSO?.- olhei para a mulher que logo saiu de lá,  ainda bem que estavam vestidos.

    - Lory?.- ele me olhou.- o que faz aqui?.- ele perguntou arrumando seu jaleco.

   - Acho que eu vim assistir um filme..- Falei debochada e cruzei meus braços. - eu não vou discutir com você aqui, só quero que você vá lá fora e salve a vida de uma mulher, não por mim, porquê você não faz nem nem questão de olhar na minha cara, mas faça isso pelo irmão do meu namorado. - falei e ele arregalou os olhos.

  - Namorado Lory?.- ele se aproximou.- que história é essa de namorado?.

   - É...um namorado, e a madrasta do irmão dele está la fora doente,  então ao invés de tentar consertar agora uma coisa de anos que você não fez, Vai agora lá fora e salva a vida dela.- falei apontando para fora, e meu pai nem olhou para mim,  apenas saiu dali.

Assim que meu pai saiu do escritório,  eu não aguentei e comecei a derramar lágrimas,  eram lágrimasde ódio misturadas a desespero.

- O que tá acontecendo na minha vida?.- me sentei no sofá por um momento,  mas me levantei rápido lembrando daquela cena horrível.

  - Amor?.- Ouvi a Voz de Fábio que soou pela sala e levantei meu olhar.- Seu pai ja está na sala de cirurgia, e ele nem cobrou por nada...o que aconteceu?.- ele perguntou se aproximando de mim e segurando meu rosto com as duas mãos.

  - Não faz o menor sentido.- Falei e Fábio me encarou confuso.- Meu pai...ele tem uma "Amante" e estava com ela aqui, nesse sofá,  aos beijos, enquanto eu tanto pensava que ele estava cuidando de vidas.

  - O que?.- Fábio passou a mão no meu cabelo.- eu não estou entendendo mais nada.

  - Nem eu.- comecei a chorar mais ainda.- por que Fábio? Por que isso agora?.- coloquei minha cabeça em seu peito.

  - Eu não sei de nada, mas sei que Deus está no controle de tudo, a gente só precisa confiar, que logo logo, isso vai passar.- ele me abraçou com força.

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Continua...

O melhor amigo do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora