Depois de um tempo Channel pegou um taxi e foi embora, eu estava feliz por ter me acertado com ela, e ao mesmo tempo triste por saber que existem pessoas tão maldosas como os pais dela. Mas... a justiça de Deus não falha.
Entrei novamente e Todos me encararam esperando eu falar algo, mas eu os olhei confusa, Dona Dora não estava na sala, provavelmente subiu para descansar.
- O que aquelazinha falou?.- Lizzy foi a primeira a falar com uma voz fina.
- Ela...ela não é como pensávamos.- assenti e fui até o sofá me sentando enquanto todos ainda me olhavam.- que foi?
- A gente ta esperando você contar a conversa de vocês, ô lerdona.- Luiz riu.
- Lerdo é você.- Fábio deu um tapa de leve na cabeça de Luiz que passou a mão sobre ela depois.
- É...ela queria pedir desculpas.- Falei e eles arregalaram os olhos, e depois se entreolharam confusos.- é...
[...]
- Poxa, e eu aqui falando um monte de merda da menina.- Lizzy passou a mão no cabelo.- Vou fazer mutirão pra meter processo nos pais dela, bora que o B.O. vai acontecer, minha gente.- Lizzy se levantou do sofá amarrando seu cabelo num coque.
- Louca se senta aí.- segurei o braço dela que se sentou novamente.
- Qualé Lory, Bora abrir o barraco...rodar a baiana...virar no bode.- ela bateu nas pernas.
- ela está querendo ter privacidade, e é isso que vamos dar a ela.- dei de ombros.
- Verdade, e você falou que ela tem uma vizinha legal né?!.- Luiz perguntou meio que afirmando ao mesmo tempo.- Vai que ela consiga fazer a Channel ser uma menina melhor e diferente do que os pais dela ensinaram.
- Pois é.- Falei.- Agora, é a nossa hora, de seguirmos nossas vidas,e de resolvermos nossos problemas.- olhei para Fábio que agora estava sentado no braço do sofá.
- Você tem razão amor...hoje mesmo vou criar coragem, eu preciso tomar coragem, e falar toda a verdade.- Fábio respirou fundo.
- Como você vai fazer isso?.- Lizzy perguntou dando de ombros em seguida.
- Hoje a noite...vocês podem nos deixar à sós? Eu, Dona Dora, e Derik!?.- ele perguntou e nós assentimos.
[...]
•● FÁBIO ●•
Eu tomei um banho naquela noite e fui até meu quarto chamar dona Dora e Derik, para descerem até a cozinha.
Eu preparei um prato simples porém que me lembrava minha mãe, e arrumei toda a mesa para que aquele momento fosse especial.
Me sentei em uma cadeira e quando dona Dora e Derik desceram as escadas vindo até a cozinha eu abri um sorriso enorme mostrando os dentes.
Derik como sempre um cavalheiro puxou a cadeira para que dona Dora se sentasse e depois se sentou em outra.
- Uau, jantar?.- ele perguntou e esfregou as mãos nos fazendo rir.- Que bonito hein?
- Eu espero que vocês gostem, eu preparei exatamente pra esse momento. - olhei para dona Dora que sorria pra mim, com certeza ela ja sabia que aquela seria a hora.
- É...Derik. - dona Dora chamou o mesmo que olhou para ela esperando que ela falasse.- Eu, quero te falar uma coisa.
- Pode falar mãe, sou todo ouvidos.- ele colocou as mãos sobre a mesa.
- Você sabe que, foi adotado e que....eu te amo muito né filho.- Ela segurou as mãos dele.
- Sim mamãe, eu também te amo muito.- ele sorriu para ela.
- Mas chegou a hora de você saber uma coisa. - Ela olhou pra mim para que eu proceguisse.
- Eu...não sei como falar isso pra você, mas...assim, eu e você,nós viemos do mesmo ventre...da mesma mãe e...- fui interrompido por ele.
- nós somos Irmãos... é, eu sei.- ele sorriu e eu o encarei confuso.- minha mãe ja havia falado que eu tinha um sinal de nascença igual o do meu irmão, como bom observador que sou, descobri isso vendo você deitado no sofá todo largado com uma bermuda preta.- ele riu. - até que enfim, pensei que nunca chegaria essa hora, irmão. - ele se levantou da cadeira e veio até mim me dando um abraço.
- Meu irmão!.- Retribui o abraço.- Cara, que orgulho de você moleque, você é esperto pra caraca.- sorri e senti uma lágrima descer sobre meu rosto.- Vey?.- falei envergonhado, e ele voltou a se sentar na cadeira.
- Eu sei, eu sei.- ele fez uma cara de orgulhoso, que nos fez rir novamente.
- Mas tem outra coisa que eu queria te falar filho.- dona Dora olhou para ele.- eu vou...adotar o Fábio como meu filho...não no cartório, porque ele ja é maior de idade, mas nós vamos ou comprar uma casa aqui perto ou...
- Vocês podem morar comigo.- sorri com a possibilidade e Derik olhou para a mãe dele com as mãos cruzadas na frente do rosto.- essa casa é grande pra mim morar sozinho.
- Não querido, podemos comprar uma casa aqui ao lado, ela é barata, e nós não queremos atrapalhar a sua privacidade com a namorada.- ela olhou ladino para mim.
- Então, fechou?.- perguntei sorrindo.
- Fechou maninho.- Derik levantou a mão para que eu tocasse, e assim fiz.- Jantar em família? Bora.- ele falou e pegou seu prato colocando um pouco da comida.
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Continua...■■■O que estão achando dos rumos que a história tomou?? ■■■
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O melhor amigo do meu primo
Teen Fictionlory é uma menina de 18 anos solitária, ela não é como uma menina comum, tanto no modo de se vestir quanto no modo de agir e falar, ela perdeu a mãe quando tinha 6 anos e isso a faz se sentir sozinha quando seu pai vai trabalhar, uma das únicas pes...