Fica Comigo [Em Andamento]

•11•

Ethan Puth

Terminamos mais uma apresentação incrível aqui no “lights”, como sempre um sucesso, ainda bem. Saímos do palco e então dou uma olhada no público, hoje lotou bastante e está cheio de pessoas novas. Percorro com os olhos na multidão até parar em uma cabeleira dourada, não é possível, Kate?

Oque essa garota está fazendo aqui? Me recomponho e vou apressadamente para o camarim. Aconteceu oque eu mais temia, alguém daquele faculdade aqui, se o diretor souber, estou no olho da rua, com certeza aquela menina vai bater com a boca para as amigas e assim como a minha carreira já era, a da Anonymos também, uma vez que, a preservação da imagem é essencial, está literalmente no nome da banda.

Esfrego as têmporas, respiro fundo e solto o ar, segunda me resolvo com ela, o jeito vai ser implorar para manter o bico fechado. No camarim, troco de roupa para ninguém suspeitar quem sou, e em seguida guarda o resto na bolsa e vou embora. Foi só eu pisar no lado de fora que ja esbarro em uma morena, muito bonita por sinal.

- Me desculpe não te vi. - Digo e a mesma me analisa de cima para baixo com o olhar perverso.

- Julgo que não posso aceitar suas desculpas. - Diz cruzando os braços. Eu heim.

- Ah não, então oque eu deveria fazer para essa bela dama me perdoar?. - Respondo com um pouco de ironia.

- Talvez um beijo..- Ela conseguiu terminar, pois, eu atendi ao seu pedido.

Seus lábios são grandes demais, então a mesma está praticamente me engolindo, mas apenas continuo no seu ritmo. Suas mãos desesperadas puxam meu cabelo, mas o desesperado sou eu, se ela não parar vou ficar careca. Com delicadeza abaixo suas mãos para o meu pescoço e a mesma parece relaxar.

- Vamos embora daqui. - Ela diz, e antes de a responder ela me puxa, vou para o meu carro e entramos nele. Dirijo para a minha casa…

Acordo com a claridade do sol batendo em meu rosto, passo as mãos no colchão e sinto algo. Não, não, não que merda Ethan. Me viro e vejo ua morena dormindo. Não bebo mais antes do show.

Levanto devagar e vou ao banheiro escovar meus dentes e molhar um pouco a cara. Volto para o quarto e a guria continua dormindo. Droga
Vou em sua direção a chamo, como é o nome dela?!

- Minha linda, julgo que já está na hora de você meter o pé daqui. - Digo enquanto a mesma abre os olhos gradualmente com a sobrancelha franzida.

- Oque? Posso pelo menos tomar um café? - Pergunta a folgada.

- Oh minha filha, não é porque a gente transou que a minha casa virou hotel para ter que te oferecer banho e café da manhã não. Agora vaza. - Digo já me irritando e ela desfere um tapa na cara, uau.

- Seu babaca. - Diz, pega suas coisas e sai irritada do meu quarto.

Ah, me jogo da cama morrendo de dor de  cabeça enquanto a porta do quarto é aberta, não acredito que aquela maluca voltou aqui?!. Me levanto pronto para responder e dou de cara com a minha mãe.

- Uma menina saiu daqui furiosa meu filho. Vim ver se estava bem. - Diz

- Só estou com dor de cabeça mãe. - Digo e a mesma me entrega um copo de água e aspirina.

- Ah imaginei que teria bebido. Toma banho que estarei te esperando na mesa para almoçar. - Diz

- Almoçar? Que horas são? - Pergunto

- Já são 13:45. - Responde e fecha a porta do quarto.

Tomo o remédio e vou para o banheiro, droga porque eu tô com cheiro de erva doce? Se é do perfume da menina, que péssimo gosto hein. Passo sabão em todo corpo e shampoo no cabelo.

Saio do banho e visto uma calça moletom e um moletom, a final, hoje está muito frio. Não sei como a garota saiu daqui só com um pouco de pano, deve ter congelado. Desço as escadas e sinto um cheiro muito bom vindo da cozinha.

- Oque tem pra comer hoje velha? - Digo para minha mãe rindo e me sento na mesa.

- Velho é o teu rabo garoto. - Responde e me bate com o guardanapo rindo, ela destampa a panela e dou de cara com strogonoff.

- Ai sim hein minha rainha. - Pego em sua mão e deposito um beijo. Começo a me servir e ela também logo em seguida.

- Filho você se lembra da família que morava logo ali na frente? Você ate brincava com a filha deles quando era menor. - Diz e sinto um aperto no coração, ela era especial para mim…

- Sim eu lembro, por que pergunta?

- Eu fiquei sabendo que eles estão de volta na cidade, e eu pensei em mandar mensagem para a Elisa, oque você acha?

- Eu não acho nada mãe, se você quiser vá em frente. - Digo com um sorriso ladino.

- Você sente falta da sua amiga, não sente?

- Claro que sim né, mas já se passaram 15, ela tinha 5 quando foi embora. Com certeza não lembra de nada.

- É oque veremos. - Diz e eu decido encerrar esse assunto, não queria nutrir mais nenhum sentimento.

Continua.