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Kate Cooper

Acordo com a cabeça latejando e o meu corpo todo mole, abro os olhos e fecho imediatamente por conta dos raios de sol que vem da janela. Rolo para o outro lado cama inalado o cheiro do meu travesseiro macio que cheira a menta e canela… perai? O meu não tem esse odor, levando imediatamente e abro meus olhos, que quarto é esse? Aonde eu estou? Cadê meu celular? Observo ao redor e encontro meu celular em cima da mesinha ao lado da cama com um copo de água e uma aspirina. Meu Deus, eu devo ter feito muita merda ontem, não consigo me lembrar de absolutamente nada. Tomo um gole da água e sinto o comprimido descer goela abaixo. Um pouco tonta decido levantar da cama, me apoio em algum canto para aliar a pressão e toco minha cabeça.

- Nunca mais eu bebo na minha vida. - Repito em voz baixa e decido abrir uma das duas portas do quarto, e vejo que é um banheiro. Lavo meu rosto com água e sabão e escovo meus dentes com o dedo, nem se eu ganhasse uma boa quantia em dinheiro eu escovaria meus dentes com a escova de um desconhecido ou de uma desconhecida. Enxaguo a boca e cuspo a água fora, sem memória, mas com bom hálito penso. Pego um pente qualquer que encontrei ali e penteio meu cabelo com a finalidade de reduzir o monstro que se formou enquanto eu dormia. Olho no espelho e me agrado um pouco a imagem em minha frente, poderia estar melhor, mas é oque temos para hoje.

Sinceramente, prefiro nem saber de quem pertence essa casa e seja lá quem for o dono, tenho certeza que não vai querer lembrar de mim. Eu me odeio tanto, como eu sou burra, nunca mais saio sozinha e bebo. Olho no meu celular e vejo que tenho 15 ligações perdidas dos meus pais observo que já se passam das 10h. Droga mil vezes droga.

Abro a porta do quarto e olho ao redor, como eu vou sair daqui? Caminho pelo corredor confiando na minha intuição e por algum motivo acerto, tenho um djavu  momentâneo como se eu já estivesse aqui, mas decido ignorar, afinal não se deve confiar em uma mente cheia de álcool. Deve ser da ressaca. Desço as escadas e avisto uma porta que eu acredito ser a porta de saida. Caminho lentamente sem fazer muito barulho até que…

- Bom dia Kate. - escuto uma voz sarcástica e me congelo imediatamente, essa é a voz do Ethan?!

- Ia embora sem se despedir e me agradecer? Mas e a sua bolsa esqueceu dela também?! -. Droga essa bendita bolsa, me viro um pouco envergonhada e  assim que o encaro e vejo-o sem camisa, apenas de calça moletom, tenho certeza que me tornei um pimentão completo.

- Ah me desculpe, essa é a sua casa? - Pergunto morrendo de vergonha pela situação.

- Sim. Te trouxe pra cá antes de ser es..quer saber, você estava bêbada e vulnerável a diversas situações naquele club, deveria saber disso, você não é nenhuma adolescente. - Responde totalmente grosso, e não me surpreendo, afinal é o Ethan Puth.

- Bom obrigada, pode me devolver a minha bolsa? Prometo que vou embora e não te perturbo mais. - Digo na tentativa de ele colaborar e eu meter o pé dessa casa o mais rápido possível.

- Tudo bem, está aqui sua bolsa. - Diz e me entrega. Olho para ele com um olhar agradecido um mine sorriso e aceno um tchau para ele.

- Tchau… - Me viro e cominho em direção a porta, assim que saio apoio minhas mãos em meus joelhos e respiro bem fundo, nossa nem eu sabia que estava prendendo a respiração, mais uma coisa que Ethan Puth desperta em mim. Olho ao redor e só encontro um carro que não é o meu. Eu sou muito burra, misericórdia. Abro a porta da casa dele novamente bem mais envergonhada e vejo que ele ainda está no mesmo lugar de antes, só que com um sorriso debochado estampado em seu rosto.

- Oque foi? Você não disse que iria embora? - Pergunta tocando seu queixo de uma maneira sarcástica e sexy. Para de pensar nisso Kate, balanço a cabeça afastado meus pensamentos e digo.

- Pois é né, onde está meu carro? - Digo logo direto.

- Kate se você não sabe eu sou só um, e logicamente te trouxe no meu carro, o seu ficou no estacionamento do Lights. - Diz

- Será que tem…

- Te levar la? Imaginei que diria isso, vou me trocar e te levo. - Diz me interrompendo e lendo meus pensamentos. Concordo com a cabeça tímida e ele abre um sorriso negando com a cabeça.

- Se estiver com fome pode comer algo na cozinha. - Diz enquanto se afasta indo se trocar. Como sou o orgulho em pessoa, decido não comer nada, já estou ferrada demais por hoje.

Me sento na sala e observo alguns quadros seus, tenho que admitir, o Ethan bebê era bem fofo, vejo uma que acredito que seja sua mãe e seu pai, dou um pequeno sorriso. Olho mais algumas até que uma em especial me chama atenção, ele deve ter uns 4 a 5 anos nessa foto e está com uma bebêzinha muito fofa recém nascida.

- Vamos. - Diz interrompendo minha seção de bisbilhotar.

- Vamos. - Concordo e o sigo em direção ao seu carro.


O caminho até o bar foi super silencioso, não comentamos nada no percurso apenas o rádio que tocava algo que não estava prestando atenção, apenas encostei minha cabeça no vidro da porta e observei a paisagem. Ethan muda a estação e por coincidência (ou não) começa a tocar uma música que eu amo de paixão (marlboro nights - lonely god). E quando se trata de músicas indie é impossível de me controlar então começo a cantar que nem uma boba. Eu sei eu sei, vocês devem estar se perguntando “Você não está com vergonh?” Mano eu dormir na casa do meu professor e estava bêbada isso é vergonha demais, cantar é só um detalhe.

- Eu não quero ir para ecola amanhã, não consigo estudar pensando em você,  e você sabe que eu faço isso. - Canto e vejo Ethan franzir o cenho e virar para me encarar rindo da minha cara.

- Por acaso isso é uma indireta para mim?! - Pergunta meio confuso e eu digo.

- Você é muito convencido professor, até seria se a música fosse assim: eu não quero ir para escola amanhã, não consigo estudar porque sua alua é chata e você sabe disso. - Digo e começo a rir da expressão que formou em seu rosto.

- Ha Ha Ha, deveria trabalhar no circo senhorita Kate. - Diz com um sorriso no rosto e volta a prestar atenção na estrada.

- Eu sei que eu sou demais, você que é um velho ranzinza.

- Velho ranzinza? Ata Kate ata. - Diz

- Tem outra pessoa mal humorada além de você aqui? Kkkk - digo e percebo que já chegamos no lights.

- Bom de qualquer forma, obrigada pela carona…

- E por cuidar de você, dar remédio para você e salvar você. De nada Kate, só não beba de novo. - Diz me interrompendo com um sorriso caloroso e eu o olho perplexa.

- Tchau professor. - Digo e saio do seu carro, caminho até o meu e digo em direção a minha casinha, ou melhor, para casa dos meus pais.

Estaciono na garagem de casa e abro a porta dando de cara com a minha mãe que parece bem furiosa. E eu sei bem o motivo.

- Antes que a senhora diga algo mãe, eu posso explicar. - Digo.

- É  eu esperava mesmo que você me desse uma resposta mocinha.

- Eu e algumas amigas fomos em uma festa como lhe disse ontem né?! Só que uma delas passou mal então decidimos ir para a casa da Rachel e meu celular descarregou e  eu esqueci de avisar que dormiria por lá… - Olho para minha mãe rezando para que ela acredite, odeio ter que mentir, mas nessas circunstâncias se ela soubesse a verdade eu estava morta.

- Tudo bem, mas da próxima vez faça o possível para me comunicar. - Diz e eu lhe dou uma beijo no rosto para amenizar sua irritação.

Subo as escadas e vou para meu quarto ir tomar um banho.

Continua.

Fica Comigo [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora