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Ethan Puth

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Ethan Puth

Acordo em desespero, droga, tive mais um pesadelo. Todos os dias desde os meus 10/11 anos aproximadamente tenho o mesmo tipo de sonho todas as noites, nem me lembro a última vez em que dormir por mais de 6h, sou diagnosticado com ansiedade, ou seja, não consigo dormir a noite, e quando durmo tenho pesadelo. Meu sonho sempre foi bem confuso, como se fossem flashbacks, o pior não é o sonho em si, mas a dor no peito que ocasiona, nele eu choro muito enquanto abraço um ser de cabelos dourado, que eu nunca consegui decifrar oque é, e de repente caio no buraco como se fosse teletransportado para o dia em que meus pais se divorciaram, ouço choros da minha mãe e do meu pai sendo expulso de casa, mas também lembro de quando ele me batia diversas vezes por tentar defender minha mãe, sempre foi assim quando ele bebia...

Passo as mãos pelo meu cabelo e decido me levantar, tomo um banho rápido e pego uma camisa social de mangas compridas branca e uma calça social, esse é o ruim de ser professor da faculdade, você tem que usar tudo limpinho, passado, e formal, o que é um saco.Só que uma coisa eu não abro mão, meu all star, pego e calço. Pronto.

Antes de descer, vou no quarto de minha mãe e deposito um beijo em seu rosto.
Pego as chaves do carro e vou dirijo para State Coffe a cafeteria mais próxima da faculdade. Entro e já me deparo com uma fila relativamente grande com aproximadamente umas 6 pessoas, ando um pouco e fico atrás de uma longa cabeleira loira.

A fila andou e chegou a vez da loira, mas a mesma está de fones de ouvido e intertida no celular.

- Moça é a sua vez. - falo e a cutuco, mas mesma nem se move então falo novamente e tiro um dos lados do fone.

- Moça se você não for fazer o pedido, não venha atrapalhar quem quer, então faça logo é a sua vez. - digo de uma forma grossa logo, afinal nunca estou de bom humor mesmo. A garota se vira para mim em um espanto, seus olhos azuis escondem um pouco da vergonha, mas a sua pele levemente corada a entrega, ela abaixa a cabeça intimidada e diz:

- Me desculpe não prestei atenção. - ela se vira novamente para frente e faz o pedido que já deveria ter feito. Chega a minha vez e olho bem para a atendente, a mesma ruiva e com decote enorme. Ótimo.

- Oi docinho, pensei que não viria aqui hoje depois daquele dia. - fala se encostando no balcão deixando seus peitos quase pra fora. "Ah deve ser por que já me satisfez além do mais não curto garota muito oferecida". Pensei, mas oque saiu da minha boca foi:

- Pois é docinho, sabe como é né, não repito figurinha repetida. Vou querer um cappuccino com nutella por favor. - digo tentando cortar logo o assunto.

- É pra já. - ela pisca seduzente, ou pelo menos tenta e sai pra pegar o meu pedido enquanto eu controlo o meu riso.

Ela volta e eu pago logo, não tô afim de papo com essa doida. Vou direto pro meu carro a caminho da faculdade ao som de the neighbourhood mais especificamente scray love. Assim que a música começa meus dedos automaticamente começam a bater no volante e por um momento me sinto livre nesse mundo.

- Mude para a cidade comigo
Não quero ficar sozinho, não quero ficar sozinho você é muito bonita para mim. - canto um pouco da música e quando percebo já cheguei no meu destino.

Saio do carro e pego a minha mala onde guardo meus materiais. Assim que passo pela porta, vejo os olhares cairem sobre mim (isso sempre acontece), confesso que amo a atenção das meninas, mas como eu disse meninas, não mulheres o suficiente para mim ainda. Então sigo direto para a sala dos professores e já me deparo com Justine, professora de interação social, pois é nem eu sabia que tinha isso.

- Bom dia Ethanzinho, preparado para lidar com a nova turma de administração esse ano? - pergunta com puro deboche, afinal depois da nossa ficada ela ficou um pouco emocionada demais ao ponto de não conseguir digerir um "Não" e agora tenta sair por cima. Boa sorte Justine.

- Sabe Ju, sempre estou preparado para qualquer tipo de coisa, você deveria saber muito bem disso não? - se ela quer jogar, que saiba pelo menos perder.

- Ethan acho que já passou da hora de você amadurecer e deixar de ser esse homem cafajeste e mulherengo não? - ah coitada diz.

- Ju se você pretende me rotular assim, vá em frente, mas você sabe muito bem que eu sou s-o-l-t-e-i-r-o e pego quem eu quiser se der na telha. - Respondo enquanto pego o resto dos materiais, dou uma piscadela pra ela e saio da sala.

No corredor como sempre cheio de alunas cheias de hormônios, passo reto e entro na sala "Adm 78". Não faço questão de olhar na cara dos alunos e como ainda faltam 10min para começar, resolvo ir adiantando o meu trabalho e começo a escrever no quadro o conteúdo.

Continua

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